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Corrimentos
Corrimento ou vaginite é uma irritação ou secreção anormal expelida pela vagina, que geralmente possui um odor desagradável.
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Infecções Vaginais
Corrimentos
Corrimento ou vaginite é uma irritação ou secreção anormal expelida pela vagina, que geralmente possui um odor desagradável.
As principais causas do corrimento são:
- Infecções Vaginais;
- Vulvites e vulvovaginites;
- Infecções cervicais ou do colo do útero;
- ISTs.
Os corrimentos mais conhecidos são: a candidíase, a tricomoníase, a vaginose bacteriana e a cervicites.
Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Doenças Sexualmente Transmissiveis. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.193-210. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
Sintomas
Os sintomas da vaginite variam de acordo com o tipo de corrimento. Os sinais mais conhecidos são:
- Odor desagradável;
- Coceira;
- Corrimento espesso.
Em alguns casos, o corrimento pode apontar problemas mais sérios, como por exemplo o câncer de colo do útero. Nesse caso, o odor de sangue na secreção pode ser um sinal da doença.
Ao primeiro sintoma de corrimento, procure um médico ginecologista.
Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Diagnóstico
Para diagnosticar corretamente que tipo de vaginite está afetando a paciente, o médico ginecologista realizará um exame clínico e, eventualmente, solicitará o Papanicolau e exames de laboratórios.
É importante ressaltar que o diagnóstico clínico é indispensável para detectar a causa do corrimento, e assim realizar corretamente o seu tratamento.
Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Exames
Corrimento vaginal é o nome dado a secreções que não caracterizam a lubrificação natural do genital feminino e seu diagnóstico é feito em consulta ao ginecologista, no qual o médico fará o exame clínico para diagnosticar através dos sintomas e aspecto do corrimento qual sua possível causa e tratamento.
Caso o exame clínico não seja suficiente, o ginecologista poderá solicitar outros exames, como a medida do pH vaginal, análise microscópica do corrimento ou uma bacterioscopia vaginal para verificar as causas da secreção alterada.
O Papanicolaou é o mais popular exame ginecológico e consiste na coleta de material do colo do útero com uma espátula especial. O material coletado é colocado em uma lâmina e analisado por uma citopatologista por meio de um microscópio. O achado de micro organismos atípicos no exame de Papanicolaou nem sempre indica a presença de doenças ;porém, é mais uma ferramenta de diagnóstico, Já a Análise Microscópica do Corrimento ou Bacterioscopia é realizada por meio da coleta da secreção vaginal que será analisada microscopicamente em busca de fungos e bactérias, como por exemplo, o fungo causador da candidíase.
Para todos os exames é preciso que a paciente não use cremes vaginais, não tenha relações sexuais e não faça duchas vaginais dias antes e também não esteja menstruada.
Convivendo
O corrimento vaginal é caracterizado por uma mudança na secreção vaginal normal, seja em volume, cor, textura ou odor. Normalmente vem acompanhado de vermelhidão, ardência, coceira e dor durante as relações sexuais, sintomas que incomodam muito e levam as pacientes aos consultórios.
A causa mais comum para os corrimentos são desequilíbrios da flora vaginal provocado por diferentes microorganismos que vivem no próprio aparelho genital feminino ou que contaminaram a região. Nenhuma dessas causas pressupõe o diagnóstico de uma infecção sexualmente transmissível, já que muitos dos corrimentos são causados pela proliferação de bactérias naturais da mulher pelo desequilíbrio do pH vaginal ou até mesmo por bactérias intestinais.
Apesar de todos esses transtornos, é possível tratar o corrimento. Em primeiro lugar, é preciso procurar um ginecologista que identificará o causador da secreção excessiva para assim tratá-la. A partir disso é só seguir o tratamento e evitar comportamentos rotineiros que podem prejudicar a saúde ginecológica, como: evitar passar por situações de estresse, usar antibióticos apenas quando forem indicados pelo médico, evitar roupas apertadas e com tecidos sintéticos, manter a região genital sempre higienizada, preferir sabonetes próprios para higiene íntima e ter uma alimentação saudável.
Fontes:
MULHER.ORG.PT; Corrimento Vaginal. Disponível em: http://mulher.org.pt/corrimento-vaginal/. Acesso em 30 de dezembro de 2013. OBSERVATÓRIO DA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE; Corrimento Vaginal. Disponível em: https://www.medicina.ufmg.br/observaped/corrimento-vaginal/. Acesso em 30 de dezembro de 2013.
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SIU — Também chamado de DIU hormonal
SIU — Também chamado de DIU hormonal
O sistema intrauterino (SIU) é um pequeno dispositivo macio em forma de T, com um reservatório contendo o hormônio progestina, que é colocado em seu útero por seu médico.
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DIU Hormonal
SIU — Também chamado de DIU hormonal
Colocado em minutos, age por 5 anos
O sistema intrauterino (SIU) é um pequeno dispositivo macio em forma de T, com um reservatório contendo o hormônio progestina, que é colocado em seu útero por seu médico.
Ele libera lentamente o hormônio, que afina o revestimento do seu útero e deixa o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides. Tem uma eficácia de 99,9%; portanto, você está muito bem protegida contra a gravidez.
Tudo o que você precisa é conversar com o seu médico. Caso decidam qual o método ideal, o SIU poderá ser colocado. Ele age de maneira contínua por até cinco anos, sem a necessidade de se lembrar de qualquer rotina diária ou semanal.
Desse modo, é a melhor opção para as pessoas que estejam procurando um método contraceptivo de longa duração. Quando você decidir parar de usá-lo, o efeito contraceptivo do SIU desaparecerá rapidamente, permitindo o retorno ao seu nível normal de fertilidade.
Como avaliar
EFICÁCIA COM O USO TÍPICO
Como o DIU hormonal precisa de receita médica e é colocado por um médico, a possibilidade de erro é muito baixa e sua eficácia é alta. Caso você tenha alguma preocupação sobre a colocação do seu SIU, consulte imediatamente o seu médico.
EFICÁCIA COM USO PERFEITO
Como o DIU hormonal precisa de receita médica e é colocado por um médico, a possibilidade de erro é muito baixa e sua eficácia é alta. Caso você tenha alguma preocupação sobre a colocação do seu SIU, consulte imediatamente o seu médico.
Hormônios
Sim. O hormônio semelhante à progesterona é liberado no útero pelo SIU e age essencialmente de forma local. O seu ciclo hormonal natural geralmente não é afetado.
Facilidade de uso
O DIU hormonal deve ser colocado por um médico e, sendo corretamente colocado, é eficaz por até cinco anos. Se você desejar parar de usar o SIU, um médico poderá removê-lo em questão de minutos.
Sua menstruação
Menstruações mais intensas podem se tornar mais leves e também menos frequentes e eventualmente parar por completo é comum ocorrer sangramento de escape nos primeiros seis meses de uso.
É doloroso colocar um SIU?
A colocação de DIU hormonal é geralmente bem tolerada pela maioria das mulheres. Algumas mulheres apresentam dor e tontura após a colocação, mas isso geralmente se resolve após um curto período de tempo. O seu médico pode aconselhá-la a tomar analgésicos simples e outras formas de minimizar o desconforto.
O SIU pode sair ou ficar preso no meu útero?
O DIU hormonal deve ser colocado por um médico, que garantirá que está corretamente posicionado. Ocasionalmente, as contrações musculares, durante a menstruação, podem afastá-lo ou expulsá-lo e muito raramente, pode perfurar a parede do útero. Se sentir algum sangramento, dor ou desconforto incomum, consulte seu médico o mais rápido possível.
Meu parceiro ou eu sentiremos o SIU durante a relação sexual?
O SIU é um dispositivo pequeno, macio e flexível. Nem você nem seu parceiro devem senti-lo durante a relação sexual. Se acontecer isso, a relação sexual deve ser evitada até que você possa procurar aconselhamento de seu médico.
Posso manter o SIU por mais de cinco anos?
Um SIU pode ser deixado no local por até cinco anos, dependendo do tipo. Após esse tempo, deverá ser substituído por um novo SIU. Se este método anticoncepcional tiver funcionado bem para você após esse tempo, você pode discutir a colocação de um novo SIU com seu médico.
Quando o SIU começa a funcionar?
Se colocado em sete dias do início da sua menstruação, o SIU oferece mais de 99% de eficácia. No entanto, é aconselhável esperar 24 horas após a colocação antes de ter relação sexual.
E se eu decidir ter um bebê?
O SIU pode ser removido a qualquer momento e, assim que retirado, você pode engravidar tão rapidamente quanto uma mulher que nunca utilizou SIU. Lembre-se que a fertilidade diminui com a idade e outros fatores não relacionados ao SIU.
O SIU interrompe a menstruação?
Pode tornar sua menstruação mais leve, mais curta ou parar completamente. Por esta razão, pode ajudar mulheres que têm menstruação intensa. Além disso, nos primeiros seis meses após a inserção, pode ocorrer sangramento irregular.
Você pode usar absorvente interno com um DIU hormonal?
Pode. Mas tenha cuidado ao remover o absorvente interno para não puxar acidentalmente os fios de remoção do seu SIU.
Os SIUs causam ganho de peso?
Não. Diversos estudos, inclusive realizados com mulheres brasileiras, que comparam mulheres que usam SIU com DIU de cobre (que não contém nenhum hormônio) não demonstram diferenças no ganho de peso ao longo dos 5 anos de uso.
Quanto tempo duram as cólicas do SIU?
Para muitas mulheres, as cólicas desaparecem relativamente rápido. Mas para outras, podem durar mais tempo. As cólicas devem diminuir gradualmente em gravidade, mas podem continuar, intermitentes, durante as primeiras semanas após a colocação.
Eu não consigo sentir os fios do SIU. Eu devo sentir?
Cerca de 18% das mulheres não conseguem sentir os fios do SIU. Eles podem estar mais acima na sua vagina ou enrolados no colo do útero, o que geralmente não causa preocupação. Se estiver preocupada, fale com o seu médico.
Qual é o risco provável de engravidar com um SIU?
Os SIUs têm eficácia maior que 99%. Isso significa que aproximadamente 1 em 100 mulheres que os usam engravidarão em algum momento.
Quanto custa um SIU/DIU?
Tanto o SIU quanto o DIU são cobertos pelos planos de saúde, além disso o DIU de cobre também é coberto pelo SUS. Alguns médicos podem ter cobranças diferenciadas.
O que devo esperar após a remoção do SIU?
Você pode sentir algumas cólicas, alterações na menstruação ou sangramento moderado. Se você estiver preocupada com efeitos colaterais após a remoção, entre em contato com seu médico.
Qual é o risco de gravidez ectópica quando você usa SIU?
Embora se pensasse anteriormente que o SIU pudesse aumentar o risco de gravidez ectópica, foi demonstrado que este risco não é maior.
Existe um SIU sem hormônios?
O DIU é um dispositivo de cobre que libera cobre dentro do seu útero, prevenindo uma gravidez - não contém hormônios. Por sua vez, o SIU libera o hormônio progestogênio em seu corpo.
O que você precisa saber
5 anos
Funciona continuamente após colocado
< 1 ano
Tempo que a maioria das mulheres leva para engravidar após a remoção.
6 semanas
Tempo em que o SIU geralmente pode ser colocado, após o parto.
- Fica no lugar por até cinco anos, mas pode ser removido a qualquer momento.
- Permite a espontaneidade e não interrompe a relação sexual.
- Proporciona alternativa para mulheres que sofrem efeitos negativos com o hormônio estrogênio.
- Algumas mulheres apresentam menstruação mais curta, mais leve ou menos frequente.
- Algumas param de menstruar por completo.
- Pode ser usado durante a amamentação.
- A fertilidade pode retornar imediatamente aos seus níveis normais assim que o SIU for removido.
- A colocação e remoção devem ser realizadas por médico.
- Algumas mulheres apresentam sangramento irregular, cólicas e sangramento de escape nos primeiros seis meses. Algumas mulheres apresentam dores de cabeça, sensibilidade e acne após o SIU ser colocado, mas isso é menos comum do que com a pílula.
- Não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
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Sangramento Uterino Anormal
Sangramento Uterino Anormal
O Sangramento Uterino Anormal (SUA) por ser um sangramento com características diferentes da menstruação atualmente é definido como a perda excessiva de sangue menstrual, que interfere na qualidade de vida física, social, emocional e/ou material da mulher (ref: HMB.
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Outras doenças
Sangramento uterino anormal
O Sangramento Uterino Anormal (SUA), por ser um sangramento com características diferentes da menstruação, atualmente é definido como a perda excessiva de sangue menstrual, que interfere na qualidade de vida física, social, emocional e/ou material da mulher (ref: HMB. Nice Clinical Guidelines 44).
Ocorre em 30% mulheres anualmente e são responsáveis por cerca de 20% das consultas ginecológicas.
No entanto, apesar de tão frequente, muitas mulheres que sofrem com o SUA não consideram suas menstruações anormais, 59% das mulheres diagnosticadas com SUA consideravam suas menstruações normais e 41% delas acham que não existe tratamento disponível. (Bitzer J, Serrani M, Lahav A. Women’s attitudes towards heavy menstrual bleeding, and their impact on quality of life. Open Access J Contracep. 2013;4:21-28.).
O referido sangramento pode ocorrer em qualquer idade entre a menarca (primeira menstruação) e menopausa (última menstruação), sendo mais frequentes próximos a estes extremos da vida reprodutiva da mulher, logo após a menarca e na perimenopausa.
O SUA interfere na qualidade de vida e bem-estar físico, emocional ou social da mulher E ainda pode vir acompanhado de outros sintomas. Um estudo realizado com mais de 6.000 mulheres demonstrou que:
• 83% consideram que o sangramento excessivo impacta em suas atividades diárias
• 75% disseram que sua menstruação era um grande inconveniente para suas vidas
• 68% evitam atividades sociais quando a menstruação é intensa
• 91% se consideram limitadas em sua capacidade de realizar atividades esportivas
• 80% acham que o sangramento atrapalha seu trabalho
• 82% consideram que o sangramento atrapalha seu relacionamento amoroso
Vale lembrar que as mulheres com problemas de obesidade ou as que tem histórico familiar de sangramento excessivo, fazem parte do grupo de risco para a SUA.
Existem diversos tratamentos para o sangramento uterino anormal, que podem ser medicamentosos ou cirúrgicos, a depender da intensidade do sangramento, da característica aguda ou crônica e da condição individual de cada mulher. Algumas opções terapêuticas para interromper a hemorragia menstrual são os anticoncepcionais orais, uso de DIU hormonal ou DIU Hormonal, medicações que ajudam na coagulação do sangue, além do ferro e ácido fólico associados.
A fim de investigar a presença de sangramento menstrual abundante, 12 médicos especialistas em sangramento uterino anormal do mundo todo (grupo HELP) se reuniram e criaram perguntas que dão sinais indicativos da condição:
• Você precisa trocar seu absorvente durante a noite ou acordar durante a noite para trocar a proteção?
• Durante os dias mais intensos, já teve sangramento que extravasou um tampão ou absorvente em menos de 2 horas?
• Você expele grandes coágulos sanguíneos durante o período menstrual?
• Você já sentiu sensação de desmaio ou falta de ar durante o período menstrual?
• Você tem de organizar suas atividades sociais em torno do seu sangramento menstrual?
• Você está preocupada em ter acidentes relacionados ao seu sangramento?
Caso responda “SIM” para alguma das perguntas acima ou suspeite que sua qualidade de vida esteja sendo afetada pelo excesso de sangramento uterino, procure seu ginecologista, pois somente ele poderá avaliar o caso e orientar quanto ao melhor tratamento.
Fontes:
Silva Filho AL, Rocha ALL, Ferreira MCF, et al. Sangramento uterino anormal: proposta de abordagem do Grupo Heavy Menstrual Bleeding: Evidence-Based Learning for Best Practice (HELP)*. Femina. 2015; ago 43(4):161-166.
Nice Clinical guideline 44. Heavy menstrual Bleeding. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg44/resources/heavy-menstrual-bleeding-assessment-and-management-975447024325, acessado em 09/01/17
Bitzer J, Serrani M, Lahav A. Women’s attitudes towards heavy menstrual bleeding, and their impact on quality of life. Open Access J Contraception. 2013;4:21–28.
Guia Prático de Condutas – Tratamento do Sangramento Uterino Anormal (Menorragia) – FEBRASGO 2014
Sangramento uterino anormal – FEBRASGO
Site Tua Saúde – Dra. Sheila Sedicias – https://www.tuasaude.com/como-tratar-a-hemorragia-menstrual/
Site CCM (sangramento menstrual excessivo) – http://saude.ccm.net/faq/3234-causas-do-sangramento-menstrual-excessivo
*O HELP é um grupo formado por 12 médicos independentes que conta com o apoio da Bayer. São eles: Agnaldo Lopes da Silva Filho (Brasil), Alessandro Gambera (Itália), Benjamin Rösing (Alemanha), Jelena Andrejeva (Rússia), Joaquin Calaf (Espanha), Juan Acuna (Colômbia), Marc-Yvon Arsenault (Canadá), Qinjie Tian (China), Sarah Gray (Reino Unido), Silvia Ciarmatori (Argentina), SiHyun Cho (Coreia do Sul), Suresh Kumarasamy (Malásia).
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Endometriose
Endometriose
É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
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Endometriose
Endometriose
É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na menstruação. Uma das teorias para explicar o aparecimento de endometriose é que um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã sofrem com a doença.
É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente tem em torno dos 30 anos.
A doença afeta hoje cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e há 30% de chance de que fiquem estéreis.
Fonte: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
{`}
Sintomas
Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade, e 20% apenas infertilidade.
Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação;
- Dor pré-menstrual;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dor difusa ou crônica na região pélvica;
- Fadiga crônica e exaustão;
- Sangramento menstrual intenso ou irregular;
- Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;
- Dificuldade para engravidar e infertilidade.
A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.
Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Endometriose. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.165-173. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
(())
Diagnóstico
O diagnóstico em casos de suspeita da endometriose é feito por meio de exame físico, ultrassom (ultrassonografia) endovaginal especializado, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório.
Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda. Em alguns casos, o médico ginecologista solicitará uma ressonância nuclear magnética e a colonoscopia.
Fonte: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
({*})
Exames
A endometriose ainda é uma doença difícil de diagnosticar por meio do exame físico, ou seja, realizado durante a consulta ginecológica de rotina. Dessa forma, os exames de imagem são mais adequados para indicar a possível existência do problema, que será confirmado posteriormente por meio de exames laboratoriais específicos.
Entre os exames de imagem que podem sinalizar a endometriose destacam-se:
Ultrassonografia transvaginal – Procedimento de menor custo, que permite a identificação de endometriomas, aderências pélvicas e endometriose profunda.
Ressonância magnética – Exame mais caro, a ressonância magnética apresenta melhores taxas de sensibilidade e especificidade na avaliação de pacientes com endometrioma e endometriose profunda.
Para identificar a existência da endometriose, outros exames complementares ainda podem ser solicitados pelo médico, como a ultrassonografia transretal, a ecoendoscopia retal e a tomografia computadorizada. Após a identificação de alguma alteração, o médico poderá optar por realizar uma biópsia da lesão encontrada, de modo a confirmar o diagnóstico. Essa avaliação será realizada por meio de exames chamados laparoscopia e laparopotomia.
Laparoscopia – Permite tanto o diagnóstico como o tratamento da paciente. O procedimento é realizado através de pequenas incisões na barriga, e a introdução de instrumentos telescópicos para a visualização, e se for o caso, para a retirada das lesões. A laparoscopia também permite a coleta de material para avaliação histológica e o tratamento cirúrgico das lesões. O ideal é que seja realizado após o término da fase de avaliação por meio dos métodos de imagem, permitindo que o diagnóstico e o tratamento possam ser feitos de maneira integrada – e evitando, assim, múltiplos procedimentos. A Laparoscopia é mais vantajosa que a Laparotomia, porque envolve um menor tempo de hospitalização, anestesia e recuperação, além de permitir uma melhor visualização dos focos da doença.
Laparotomia – É o procedimento tradicional e considerado mais invasivo em comparação à Laparoscopia. Envolve uma incisão abdominal maior para acessar os órgãos internos, e pode ser indicada pelo médico dependendo das necessidades da paciente.
Hoje em dia, no entanto, existem diversos tipos de tratamentos não invasivos, que podem reduzir o número total de procedimentos a que a paciente é submetida. Vale ressaltar que a endometriose é uma doença crônica, e por isso o acompanhamento médico contínuo é fundamental.
Fontes:
PASSOS, Eduardo Pandolfi. et al. Videolaparoscopia. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 302-322.
SOUZA, Carlos Augusto B. et al. Endometriose. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158.
UENO, Jogi. Laparoscopia x Laparotomia. Disponível em: http://laparoscopiaginecologica.net.br/2019/05/laparoscopia-x-laparotomia/. Acesso em Novembro/20.
({!})
Prevenção
A endometriose é uma doença benigna, que se caracteriza pela proliferação do tecido chamado endométrio para fora da cavidade uterina, local em que ele normalmente se desenvolve. O crescimento do endométrio faz parte do ciclo reprodutivo da mulher. Ao longo desse período, o tecido cresce, e quando não ocorre gravidez ele é eliminado em forma de menstruação. Entretanto, em algumas mulheres algumas células desse tecido migram no sentido oposto, podendo subir pelas tubas e chegar à cavidade abdominal, multiplicando-se e provocando a endometriose.
Não há consenso médico sobre as causas que levam ao desenvolvimento da endometriose, de modo que ainda é difícil falar diretamente em prevenção. Entretanto, diversos estudos sobre as características das mulheres que têm a doença ajudam a medicina a se aproximar de maiores respostas.
Enquanto alguns fatores de risco para a endometriose são bem conhecidos, ainda não é claro como determinados comportamentos, tais como o uso de determinados medicamentos, compostos químicos, entre outros fatores, poderiam aumentar ou diminuir as chances de desenvolver a doença.
Alguns estudos associam o padrão menstrual à ocorrência de endometriose: pacientes com fluxo mais intenso e mais frequente teriam mais risco de apresentar a doença.
A relação entre o uso de pílula anticoncepcional e a endometriose ainda é polêmica: há pesquisadores que encontraram aumento de risco, e outros que indicaram a redução ou ausência de efeito. Como alguns anticoncepcionais orais são utilizados por mulheres que apresentam cólicas menstruais (dismenorreia primária), e a endometriose causa dor pélvica (dismenorreia e dispareunia), a pílula é muitas vezes prescrita para mulheres que têm a doença, sem que se tenha descoberto alguma relação de causa e efeito entre elas.
Filhas e irmãs de pacientes com endometriose têm maior risco de também desenvolver o problema. A identificação genética poderia ajudar a entender melhor a doença, mas é ainda difícil saber o quanto os genes realmente são relevantes em relação a outros fatores, como etnia e fatores ambientais.
Consumir muito álcool e cafeína são hábitos que têm sido associados ao aumento do risco de endometriose, enquanto fazer atividades físicas parece diminuir as chances da doença.
Com um debate científico ainda bastante acalorado sobre as causas da endometriose, o melhor que as pacientes podem fazer para manter a saúde em dia é consultar regularmente o ginecologista. Observar os sintomas e conhecer seu corpo também são atitudes que ajudam a perceber alterações, indicando a necessidade de voltar mais cedo ao consultório.
Fontes:
SOUZA, Carlos Augusto B. et al. Endometriose. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158.
VARELLA, Drauzio. Endometriose: entrevista. Disponível em:
http://drauziovarella.com.br/mulher-2/endometriose-3/. Acesso em 19 jul. 2013.
(i)
Tratamentos e Cuidados
Existem dois tipos principais de tratamento para combater as dores da endometriose: medicamentos ou cirurgia. Cada um deles tem suas especificidades, e cabe ao ginecologista avaliar a gravidade da doença em cada caso e recomendar o melhor tratamento. Vale lembrar que, dependendo da situação, ambos os procedimentos são feitos de maneira integrada.
- Tratamento cirúrgico:
Nesse procedimento, a endometriose é removida por meio de uma cirurgia chamada laparoscopia. Em alguns casos, é possível eliminar apenas os focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por exemplo. No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os órgãos pélvicos afetados pela enfermidade. Dependendo das condições da doença, é possível recorrer a tratamento por laparoscopia, com laser.
Também é possível a realização da videolaparoscopia, que diagnosticará o número de lesões, aderências, a obstrução tubária permitirá tratar a doença.
- Tratamento com medicamentos:
Existem diversos medicamentos disponíveis no mercado para a endometriose, como: analgésicos, anti-inflamatórios, análogos de GNRh, danazol e dienogeste.
Antes de começar o tratamento, caso a paciente deseje engravidar, poderá ser indicado o encaminhamento para um Centro de Reprodução Humana, pois a melhor alternativa para a mulher que possui endometriose e deseja ter filhos é a fertilização in vitro. Isso porque a presença da endometriose não afeta as taxas de gravidez quando escolhido esse método.
É importante compreender que não existe cura permanente para a endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, como favorecer a possibilidade de gravidez e diminuir as lesões endometrióticas.
Fonte: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
({})
Convivendo
Se a doença for detectada logo no início, o tratamento poderá ser instituído precocemente, aumentando a efetividade de alívio dos sintomas. Para isso, a mulher deverá relatar ao médico as situações atípicas e quaisquer outros problemas que possam ser sintoma da endometriose.
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Os métodos contraceptivos estão cada vez mais modernos. Ao longo das décadas, essa evolução vem refletindo avanços tecnológicos que visam não apenas a eficácia, mas também a conveniência e o bem-estar das mulheres.1
Temos falado por aqui sobre os diversos métodos contraceptivos disponíveis atualmente, com destaque para os LARCs (métodos de longa duração), que é uma das opções mais inovadoras, pois combina segurança, eficácia prolongada e praticidade. 1
Entenda por que eles são uma boa opção e conheça também mais sobre as outras opções igualmente inovadoras.
({;})
DIU: um método inovador, seguro e eficaz
O DIU é um pequeno dispositivo em forma de "T" inserido no útero por um profissional de saúde. Existem dois tipos: o DIU hormonal e o DIU de cobre, ambos com características que os tornam métodos extremamente eficazes e seguros.3
- DIU hormonal: este tipo de DIU libera pequenas quantidades de levonorgestrel, um hormônio que espessa o muco cervical, impedindo a passagem dos espermatozoides e, em alguns casos, suprimindo a ovulação. A eficácia do DIU hormonal é superior a 99%, com uma duração de proteção que pode durar até 5 anos. Já existe o DIU de menor dosagem hormonal.4
- DIU de cobre: não contém hormônios. Sua estrutura revestida de cobre libera íons tóxicos para os espermatozoides, impedindo a fertilização. Este tipo de DIU pode durar até 10 anos, sendo uma das opções mais duradouras disponíveis.4
A inovação do DIU não se restringe à sua eficácia contraceptiva. Por ser um método de longa duração e de baixa manutenção, ele proporciona mais tranquilidade para as mulheres, que não precisam se preocupar com a ingestão diária de pílulas ou a troca frequente de dispositivos. Isso faz com que o DIU se encaixe perfeitamente no estilo de
vida de mulheres que buscam métodos contraceptivos práticos e de alta eficácia.3
{|}
Outros métodos
- Implantes subdérmicos: são pequenos bastonetes inseridos sob a pele do braço que liberam hormônios de forma contínua para prevenir a ovulação. Sua eficácia pode durar até três anos.2
- Anel vaginal: dispositivo flexível inserido na vagina que libera hormônios gradualmente. O anel precisa ser trocado mensalmente, oferecendo uma opção discreta e eficaz.2
- Pílulas de liberação prolongada: recentemente, surgiram pílulas que utilizam tecnologia de liberação controlada, garantindo níveis hormonais estáveis e reduzindo a necessidade de ingestão diária.2
Referências:
- McNicholas, C., & Madden, T. (2019). Contraceptive efficacy of long-acting reversible contraception. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 220(2), 184-190.
- Trussell, J. (2021). *Contraceptive technology.* 21st ed. New York: Ardent Media.
- Watkins ES. The Comeback of the IUD in Twenty-First Century USA. J Hist Med Allied Sci. 2021 Apr 8;76(2):191-216. doi: 10.1093/jhmas/jrab004. PMID: 33585903.
- Ortiz, M.E. and Croxatto, H.B. (2007) Copper-T intrauterine Device and Levonorgestrel Intrauterine System: Biological Bases of Their Mechanism of Action. Contraception, 75, S16-S30.
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Explore os benefícios dos métodos contraceptivos de longa ação para atletas. Descubra opções, como o DIU e implantes, e veja como podem te oferecer conveniência e segurança, permitindo que se concentre totalmente no seu desempenho no esporte.
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Longa ação
Método contraceptivo para atletas
Conheça os métodos que podem auxiliar no desempenho esportivo
Para mulheres atletas, a escolha de um método contraceptivo é uma decisão que pode impactar diretamente no seu desempenho e o bem-estar. Com as Olimpíadas de Paris 2024, as atenções se voltam para essa mulheres, levantando uma série de questões sobre a saúde reprodutiva de quem tem o esporte como profissão.
Se você pratica esportes intensamente e já se sentiu afetada pelas fases dos seus ciclos, recomendamos entender como os métodos contraceptivos de longa duração, como alguns tipos de DIU, podem impactar no desempenho da sua prática esportiva.1
({;})
O que levar em conta na hora de escolher
Ao escolher um método contraceptivo, as atletas devem considerar vários fatores que podem afetar seu desempenho esportivo:
Estabilidade hormonal: métodos que proporcionam uma liberação hormonal constante podem ajudar a evitar as flutuações que afetam o humor e a energia.2
Conveniência: métodos que requerem pouca manutenção são ideais para atletas com rotinas de treinamento intensivas.2
Impacto no ciclo menstrual: a regularidade e intensidade do ciclo menstrual podem ser influenciadas por diferentes métodos, o que pode afetar o desempenho e o conforto durante os treinos e competições.2
Efeitos colaterais: é importante considerar os possíveis efeitos colaterais, como ganho de peso, alterações de humor e impacto na densidade óssea.2
{|}
LARCs e a prática esportiva
Os Métodos Contraceptivos de Longa Ação (LARCs), como o DIU (Dispositivo Intrauterino) e o implante subdérmico, são frequentemente recomendados para atletas devido à sua eficácia, conveniência e menor impacto no ciclo menstrual.1
Entenda os diferentes tipos de contraceptivos e como eles agem para saber qual o melhor método para a sua prática esportiva.
(i)
DIU Hormonal3
Como age
O DIU hormonal libera uma forma do hormônio progestina, que se concentra no útero e tem pouca absorção pelo organismo. Esse método não aumenta o risco de trombose3. Há disponível também o DIU de menor dosagem hormonal disponível no mercado.
Diferenciais
- Impacto no peso: muitas pesquisas indicam que o DIU hormonal tem pouco ou nenhum impacto no peso.3
- Libido: por não bloquear a ovulação, não há uma redução significativa na libido.3
- Padrão de sangramento: muitas mulheres relatam períodos menstruais mais leves e menos dolorosos.3
- Eficácia e duração: mais de 99% de eficácia com duração de 5 anos.
- Risco: por ter não conter estrogênio na composição, os DIUs hormonais não aumentam o risco de trombose e não são contraindicados para quem tem o histórico da condição. 3
(Y)
DIU de Cobre4
Como age
Atua como espermicida, tornando o ambiente uterino hostil para os espermatozoides.
Diferenciais
- Impacto no peso: nenhum, já que é não-hormonal.
- Libido: não afeta.
- Padrão de Sangramento: pode intensificar a menstruação e as cólicas em algumas mulheres.
- Eficácia e duração: mais de 99% de eficácia e pode durar até 10 anos.
(())
Implante Hormonal5
Como age
Um pequeno bastão é implantado sob a pele, liberando hormônios que impedem a ovulação.
Diferenciais
- Impacto no peso: estudos mostram que o impacto é mínimo
- Libido: alguns relatos de diminuição.6
- Padrão de sangramento: pode variar, indo desde ausência total de menstruação até padrões irregulares.6
- Eficácia e Duração: mais de 99% de eficácia e pode durar até 3 anos.
Lembre-se: consulte um profissional de saúde para discutir as opções e considerar as necessidades individuais é fundamental para tomar a melhor decisão.
Referências:
1. ACOG Practice Bulletin No. 186: Long-Acting Reversible Contraception: Implants and Intrauterine Devices. Obstet Gynecol. 2017 Nov;130(5):e251-e269.
2. Sims ST, Heather AK. Myths and Methodologies: Reducing scientific design ambiguity in studies comparing sexes and/or menstrual cycle phases. Exp Physiol. 2018 Oct;103(10):1309-1317. doi: 10.1113/EP086797. Epub 2018 Aug 15. PMID: 30051938.
3. Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16.
4. Baker, Courtney C. MD, MPH; Creinin, Mitchell D. MD. Long-Acting Reversible Contraception. Obstetrics & Gynecology 140(5):p 883-897, November 2022. | DOI: 10.1097/AOG.0000000000004967
5. Moore, Laura L., et al. "A comparative study of one-year weight gain among users of medroxyprogesterone acetate, levonorgestrel implants, and oral contraceptives." Contraception 52.4 (1995): 215-219.
6.Espey, Eve MD, MPH; Ogburn, Tony MD. Long-Acting Reversible Contraceptives: Intrauterine Devices and the Contraceptive Implant. Obstetrics & Gynecology 117(3):p 705-719, March 2011. | DOI: 10.1097/AOG.0b013e31820ce2f0
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Dizem por aí que a amamentação é um método contraceptivo natural, mas não é bem assim
Se você está amamentando e o seu objetivo é esperar um pouco para ter o próximo bebê, ou apenas não tem planos de aumentar a família, é importante pensar em métodos contraceptivos eficientes para este momento.1
({;})
DIU e o pós-parto
Os DIUs, tanto o hormonal quanto o de baixa dosagem, e o de cobre, surgem como uma opção altamente eficaz e conveniente para mulheres que desejam evitar uma nova gravidez.2
No caso de pós-parto, o ideal é acompanhar a recuperação do útero, que acontece, na maioria dos casos, em até 12 semanas após a chegada do bebê. Em alguns casos, o DIU pode ser colocado na sala de parto.3
Eficiência: o DIU é um dos métodos contraceptivos mais eficazes disponíveis, com uma taxa de falha muito baixa. Isso significa que oferece uma proteção confiável contra a gravidez, mesmo em um momento em que a mulher está focada em cuidar do bebê.2
Longa duração: o DIU hormonal e de baixa dosagem oferecem proteção contraceptiva por até 5 anos após a inserção; já o de cobre até 10 anos. Isso significa que as mães não precisam se preocupar com a contracepção diária ou mensal.2
Compatibilidade com a amamentação: tanto o DIU hormonal quanto o de cobre são considerados seguros para mulheres que estão amamentando. Eles não interferem na produção de leite materno nem representam riscos adicionais para o bebê.2
Praticidade: uma vez inserido, o DIU requer pouca ou nenhuma manutenção e pode ser facilmente reversível quando a mulher decidir que está pronta para conceber novamente.3
Está planejando ter um bebê ou está grávida e quer saber mais sobre contracepção no pós-parto? Converse com quem cuida da sua saúde reprodutiva sobre a melhor opção para o seu caso. Informação e diálogo são fundamentais para a tomada de qualquer decisão.
Referências:
1.Pieh Holder KL. Contraception and Breastfeeding. Clin Obstet Gynecol. 2015 Dec;58(4):928-35. doi: 10.1097/GRF.0000000000000157. PMID: 26457854.
2. American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). (2011). Long-Acting Reversible Contraception: Implants and Intrauterine Devices. Practice Bulletin, (121).
3. World Health Organization (WHO). (2016). Medical eligibility criteria for contraceptive use. 5th edition;
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Curta Ação
Pílula do dia seguinte: método contraceptivo regular ou de emergência?
Entenda a diferença entre os dois e os impactos na sua saúde
Camisinha, pílula anticoncepcional, DIU, implante hormonal, tabelinha ou coito interrompido.1 Estes são apenas alguns dos métodos contraceptivos que você já deve ter ouvido falar. E você também pode estar se perguntando porque a pílula do dia seguinte não está listada na primeira frase. Pois bem, como já anunciamos no título, há motivos para isso. E o principal é a sua saúde.
(Y)
Para que serve a pílula do dia seguinte?
O principal propósito desta pílula de dose única é prevenir a gravidez após uma relação sexual desprotegida ou quando o método contraceptivo falhou. Por isso, é considerada uma contracepção de emergência.2
(())
Por que não pode ser utilizada como método contraceptivo regular?
A pílula do dia seguinte contém altas doses de hormônios (1,5 mg hormônio levonorgestrel). Imagine que essa dose única equivale a meia cartela da pílula anticoncepcional padrão. Por isso, o uso indiscriminado causa efeitos colaterais consideráveis no organismo, como náuseas, sangramentos fora do período menstrual, dores abdominais, cansaço excessivo, dores de cabeça, sensibilidade nas mamas e vertigens.2
(i)
Então, quando usar a pílula do dia seguinte?
Essa pílula deve ser considerada em situações de emergência, como falhas no método contraceptivo que você usa regularmente, esquecimento da pílula anticoncepcional, rompimento de preservativos ou em casos de violência
sexual, idealmente dentro das primeiras 72 horas após a relação desprotegida, para garantir maior eficácia.3
Se estiver procurando esse método com frequência, talvez seja hora de repensar o seu contraceptivo atual. Converse quem cuida da sua saúde reprodutiva e avalie o que se adapta melhor ao seu estilo de vida.
Referências:
1.WHO. Family planning. Disponível em: https://www.who.int/news-room/factsheets/detail/family-planning-contraception. Acesso em maio de 2024.
2. Pesquisa Bayer e IPEC, Dr. Eli Lakryc. Disponível em: https://www.bayer.com.br/pt/midia/mescontracepcao-pesquisa-inedita-desinformacao-barreira-planejamento-familiar-brasil. Acesso em maio de 2024.
3. Anticoncepção de Emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005
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Principais dúvidas e mitos sobre esse tema
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DIU impacta mesmo na vida sexual?
Principais dúvidas e mitos sobre esse tema
A sexualidade é um tema complexo que pode ser abordado por diversos pontos de vista. O que nos interessa aqui é abordar o assunto a partir da saúde reprodutiva e métodos contraceptivos, tirando dúvidas que possam surgir. Um questionamento bastante comum é se o DIU impacta libido e atrapalha as relações sexuais.2 Reunimos informações que desmistificam essa ideia.
O DIU atrapalha o momento da relação sexual?
Um dos mitos mais comuns sobre o DIU é que ele pode interferir ou causar desconforto durante o sexo. No entanto, estudos e relatos de profissionais de saúde e mulheres que usam DIU mostram que a presença do dispositivo não afeta a
experiência sexual. O DIU é colocado dentro do útero, longe da vagina e do colo do útero, portanto, não há motivo para que ele interfira no ato sexual. Além disso, ele não é visível ou palpável durante o sexo e sua presença não deve ser percebida. 2
É necessário um longo período sem ter relações após a inserção do DIU?
Outra preocupação comum é a ideia de que é necessário um período de abstinência sexual após a inserção do DIU. No entanto, não há evidências ou recomendações médicas que respaldam essa crença. Na maioria dos casos, é seguro retomar a atividade sexual logo após a inserção do DIU. O médico que realiza o procedimento geralmente fornecerá orientações específicas com base na condição individual da paciente.1
O DIU pode aumentar o risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)?
É importante esclarecer que o DIU não oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). No entanto, seu uso não aumenta o risco de contrair ISTs. É essencial continuar usando preservativos ou outras formas de proteção para reduzir o risco de infecções durante a atividade sexual. 1
Está com dúvidas ainda? Fale com quem cuida da sua saúde reprodutiva.
Referências:
1.Bürger Z, Bucher AM, Comasco E, Henes M, Hübner S, Kogler L, Derntl B. Association of levonorgestrel intrauterine devices with stress reactivity, mental health, quality of life and sexual functioning: A systematic review. Front Neuroendocrinol. 2021 Oct;63:100943. doi: 10.1016/j.yfrne.2021.100943. Epub 2021 Aug 20. PMID: 34425187.
2. Enzlin P, Weyers S, Janssens D, Poppe W, Eelen C, Pazmany E, Elaut E, Amy JJ. Sexual functioning in women using levonorgestrel-releasing intrauterine systems as compared to copper intrauterine devices. J Sex Med. 2012;9(4):1065-73.
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Conheça as principais diferenças entre o progestágeno e o estrógeno
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Conheça as principais diferenças entre o progestágeno e o estrógeno
Você já deve ter ouvido alguém dizer que tem medo de hormônios, certo? Talvez você seja uma dessas pessoas. Mas saiba que os hormônios são naturais no nosso corpo, no entanto, quando falamos de métodos contraceptivos, podem surgir dúvidas sobre seus riscos e efeitos.
Por isso, é importante entender que cada método possui um hormônio diferente e entender as diferenças de cada um deles.
Conheça a diferença entre progestágeno e estrógeno, presentes nos DIUs (hormonais e de baixa dosagem), nas pílulas anticoncepcionais e implantes.1
Você já deve ter ouvido alguém dizer que tem medo de hormônios, certo? Talvez você seja uma dessas pessoas. Mas saiba que os hormônios são naturais no nosso corpo, no entanto, quando falamos de métodos contraceptivos, podem surgir dúvidas sobre seus riscos e efeitos.
Por isso, é importante entender que cada método possui um hormônio diferente e entender as diferenças de cada um deles.
Conheça a diferença entre progestágeno e estrógeno, presentes nos DIUs (hormonais e de baixa dosagem), nas pílulas anticoncepcionais e implantes.1
(Y)
Estrógeno vs. Progestágeno: entendendo as diferenças
São dois tipos de hormônios sexuais femininos que desempenham papéis distintos no corpo e têm diferentes implicações na contracepção.
{|}
Estrógeno
Os estrogênios, como o etinilestradiol, são responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos reprodutivos femininos, pela regulação do ciclo menstrual e pela promoção de características sexuais secundárias, como o crescimento dos seios. As pílulas anticoncepcionais podem conter tanto estrógeno quanto progestágeno.1
Indicação1
As pílulas anticoncepcionais combinadas são indicadas para prevenção de gravidez, porém sua eficácia depende de uma utilização correta todos os dias. Existe uma contra indicação para este hormônio, principalmente para pessoas que têm histórico familiar de trombose e/ou problemas cardio-metabólicos.
- O estrogênio ajuda a regular o ciclo menstrual, reduzindo a chance de sangramento irregular e oferecendo uma menstruação mais previsível e controlada.
- Além da contracepção, podem oferecer benefícios adicionais, como redução dos sintomas pré-menstruais, menos cólicas e melhora da acne.
({!})
Progestágeno
Os progestágenos, como o levonorgestrel, são hormônios sintéticos que desempenham um papel crucial na contracepção. Eles funcionam principalmente inibindo a ovulação, tornando o muco cervical mais espesso para dificultar a passagem dos espermatozoides e afinando o revestimento do útero, o que pode impedir a implantação de um óvulo fertilizado. Os métodos contraceptivos que contêm apenas progestágeno, como os DIUs hormonais e os implantes contraceptivos, são altamente eficazes na prevenção da gravidez.2
Indicação3
O progestágeno está indicado para mulheres que têm contraindicação ao uso de estrogênio devido a condições de saúde como história de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar, entre outros.
- Os implantes contraceptivos e DIUs hormonais oferecem uma contracepção altamente eficaz de longo prazo, com menos necessidade de manutenção em comparação com as pílulas combinadas.
Alguns efeitos colaterais associados ao estrogênio, como náuseas, dores de cabeça ou aumento da pressão arterial, podem ser evitados ao optar por contraceptivos de progestina apenas.
(())
Duas preocupações comuns: trombose e ganho de peso
Diversos estudos e revisões têm demonstrado que os DIUs hormonais não aumentam o risco de trombose venosa profunda (TVP) ou embolia pulmonar (EP), condições sérias associadas a alguns métodos contraceptivos hormonais com estrogênio , como as pílulas combinadas. Além disso, os DIUs, tanto hormonais quanto não hormonais, não têm sido associados a um aumento de peso significativo em mulheres que os utilizam.1,3
É fundamental entender que nem todos os hormônios são iguais e que cada método contraceptivo tem seus próprios benefícios e considerações. Os DIUs, tanto hormonais quanto não hormonais, são opções seguras e eficazes para muitas mulheres. Com informação adequada é possível fazer a melhor escolha na hora de escolher o método contraceptivo. Fale com quem cuida da sua saúde reprodutiva.
Referências:
1. Teal S, Edelman A. Contraception Selection, Effectiveness, and Adverse Effects: A Review. JAMA. 2021 Dec 28;326(24):2507-2518. doi: 10.1001/jama.2021.21392. PMID: 34962522.
2. Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16.
3. Tepper NK, Whiteman MK, Marchbanks PA, James AH, Curtis KM. Progestin-only contraception and thromboembolism: A systematic review. Contraception. 2016 Dec;94(6):678-700. doi: 10.1016/j.contraception.2016.04.014. Epub 2016 May 3.
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Fizemos um guia com tudo que há disponível hoje quando o assunto é contracepção
Uma vida sexualmente ativa requer cuidados para se evitar uma gravidez não planejada. Com uma variedade de métodos contraceptivos disponíveis, escolher o mais adequado pode ser uma tarefa desafiadora.
Elaboramos este guia que aborda os principais métodos, explicando o que são, como agem, benefícios, eficácia e duração. Também acrescentamos uma estimativa de até 5 anos sobre o uso dos métodos apresentados para que você também possa avaliar os aspectos sustentáveis de cada um.
Com informação e conhecimento você pode escolher qual método se adequa melhor ao seu planejamento familiar.
( ! ) DIU hormonal 1,2,3
O que é: um dispositivo em forma de "T" que libera de forma lenta e gradual um hormônio do tipo progesterona, com ação localizada no útero. A dose dos DIUs hormonais é a mais baixa quando comparada a todos os outros métodos hormonais disponíveis.
Como age: afina o revestimento do útero e engrossa o muco cervical.
Benefícios:
• Longa duração
• Baixa manutenção
• Pode diminuir cólicas e tornar períodos menstruais mais leves
• Não interfere na libido
• É reversível
• Não aumenta o risco de trombose
• Pode ser usado como tratamento de sangramento uterino anormal (SUA), como proteção endometrial e para minimizar os efeitos da perimenopausa
• Mantém o ciclo natural
Eficácia: mais de 99%
Duração: 5 anos
Em 5 anos: 1 DIU hormonal
( ! ) DIU hormonal de baixa dosagem 1,3
O que é: assim como o DIU hormonal, é um pequeno dispositivo em forma de T inserido no útero, que libera hormônio de forma constante, porém em quantidades mais baixas. A dose dos DIUs hormonais é a mais baixa quando comparada a todos os outros métodos hormonais disponíveis, além de ter a liberação somente no útero e com baixa absorção pelo corpo todo.
Como age: afina o revestimento do útero e engrossa o muco cervical.
Benefícios:
• Longa duração
• Baixa manutenção
• Pode diminuir cólicas e tornar períodos menstruais mais leves
• Não interfere na libido
• É reversível
• Não aumenta o risco de trombose
• É mais confortável no momento da inserção, por ser o menor dispositivo hormonal do mercado
• Mantém o ciclo natural
Eficácia: mais de 99%
Duração: 5 anos
Em 5 anos: 1 DIU hormonal de baixa dosagem
( ! ) DIU de Cobre 4
O que é: trata-se de um dispositivo intrauterino em forma de T que é inserido no útero e revestido com fio de cobre.
Como age: libera íons de cobre que criam um ambiente hostil para espermatozoides, impedindo a fertilização. Também causa inflamação no endométrio, o que dificulta a implantação de um óvulo fertilizado, e pode acarretar um aumento no fluxo menstrual.
Benefícios:
• Longa duração
• Baixa manutenção
• Não hormonal, ideal para quem não pode usar contraceptivos hormonais
Eficácia: mais de 99%
Duração: até 10 anos
Em 5 anos: 1 DIU de cobre
( ! ) Implante contraceptivo 5
O que é: é um implante de silicone colocado sob a pele para proteção de longa duração.
Como age: por meio da liberação de um hormônio semelhante à progesterona pelo corpo todo.
Benefícios:
• Longa duração
• Baixa manutenção
Eficácia: mais de 99%
Duração: até 3 anos
Em 5 anos: pelo menos 2 implantes contraceptivos
( ! ) Camisinha 5
O que é: uma barreira física que impede a passagem de espermatozoides.
Como age: impede que o espermatozoide alcance o óvulo.
Benefícios:
• Protege contra DSTs
• Sem efeitos colaterais
Eficácia: 98% quando usada corretamente
Duração: uso único
Em 5 anos: aproximadamente 1.825 unidades (considerando uma camisinha por dia)
( ! ) Pílula anticoncepcional 5
O que é: comprimidos orais que contêm hormônios sintéticos.
Como age: inibe a ovulação por ter uma ação hormonal em todo o corpo e espessa o muco cervical.
Benefícios:
• Regula o ciclo menstrual
• Pode melhorar a acne
Eficácia: 91-99%
Duração: uso diário
Em 5 anos: 1.825 comprimidos (considerando uma pílula por dia)
( ! ) Contracepção injetável 5
O que é: injeção de hormônios
Como age: inibe a ovulação por ter uma ação hormonal em todo o corpo.
Benefícios:
• Não requer administração diária
Eficácia: 94%
Duração: 1 injeção mensal ou 1 injeção trimestral
Em 5 anos: 60 injeções (mensal) ou 20 injeções (trimestral)
Sobre a contracepção de emergência ("pílula do dia seguinte")6
A pílula do dia seguinte não é um contraceptivo e deve ser utilizada apenas em casos de emergência. Por ser uma pílula de alta dosagem hormonal, impede ou retarda a ovulação e pode causar reações adversas no corpo. A eficácia é de 75 a 89% e depende do momento em que for utilizada - quanto mais rápido, mais eficaz. Importante: não é recomendada como um método regular para contracepção.
Informação é poder: poder escolher e conhecer o que melhor se adequa aos seus projetos
Antes de tomar qualquer decisão, você pode conversar com uma médica para avaliar qual método contraceptivo é o mais apropriado considerando fatores como o seu estilo de vida, histórico médico e suas necessidades individuais.7 Este guia é apenas informativo e não substitui aconselhamento médico profissional.
Observação: as taxas de eficácia mencionadas podem variar de acordo com o uso adequado e outros fatores individuais.
Referências:
1.Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16.
2. Reinecke I, Hofman B, Mesic E, Drenth HJ, Garmann D. An Integrated Population Pharmacokinetic Analysis to Characterize Levonorgestrel Pharmacokinetics After Different Administration Routes. J Clin Pharmacol. 2018;58(12):1639-1654.
3. Gemzell-Danielsson K, Apter D, Dermout S, et al. Evaluation of a new, low-dose levonorgestrel intrauterine contraceptive system over 5 years of use. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2017;210:22–28.
4. Mansour D. Copper IUD and LNG IUS compared with tubal occlusion, Contraception. 2007;75:S144-15.5 Site: meuanticoncepcional.com.br/metodos-contraceptivos, acesso em setembro 2023.
5. Trussell, J., & Raymond, E. G. (2019). Emergency Contraception: A Last Chance to Prevent Unintended Pregnancy.
6. www.plannedparenthood.org/, acesso em outubro 2023.
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Contracepção na adolescência e a prevenção de uma gravidez não-planejada
Contracepção na adolescência e a prevenção de uma gravidez não-planejada
Contracepção na adolescência e a prevenção de uma gravidez não-planejada
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Gravidez na adolescência
Contracepção na adolescência e a prevenção de uma gravidez não-planejada
Para cada adolescente há um método disponível, conheça as opções
A adolescência é uma fase de descobertas e experimentações, e a sexualidade é uma parte natural desse processo. Com isso, surge a necessidade de métodos contraceptivos eficazes e adequados à realidade dos jovens, capazes de evitar uma gestação não planejada durante a adolescência.
Diversidade de opções e dados sobre eficácia
Existe uma variedade de métodos contraceptivos disponíveis para adolescentes, cada um com suas vantagens e desvantagens. É importante conhecer as opções para escolher a que melhor se encaixa no estilo de vida e nas necessidades individuais.
( ! ) DIU hormonal 1,2,3
O que é: um dispositivo em forma de "T" que libera de forma lenta e gradual um hormônio do tipo progesterona, com ação localizada no útero.
Como age: afina o revestimento do útero e engrossa o muco cervical.
Benefícios:
• Longa duração
• Baixa manutenção
• É reversível
• Pode diminuir cólicas e tornar períodos menstruais mais leves
• Mantém o ciclo natural
Eficácia: mais de 99%
Duração: 5 anos
DIU de Cobre 4
O que é: trata-se de um dispositivo intrauterino em forma de T que é inserido no útero e é revestido com fio de cobre.
Como age: libera íons de cobre que criam um ambiente hostil para espermatozóides, impedindo a fertilização. Também causa inflamação no endométrio, o que dificulta a implantação de um óvulo fertilizado, e pode acarretar um aumento no fluxo menstrual.
Benefícios:
• Longa duração
• Baixa manutenção
• É reversível
• Não hormonal, ideal para quem não pode usar contraceptivos hormonais
Eficácia: mais de 99%
Duração: até 10 anos
Implante contraceptivo 5
O que é: é um implante de silicone colocado sob a pele para proteção de longa duração.
Como age: por meio da liberação de um hormônio semelhante à progesterona pelo corpo todo.
Benefícios:
• Longa duração
• É reversível
• Baixa manutenção
Eficácia: mais de 99%
Duração: até 3 anos
Camisinha 5
O que é: uma barreira física que impede a passagem de espermatozóides.
Como age: impede que o espermatozóide alcance o óvulo.
Benefícios:
• Protege contra ISTs
• Sem efeitos colaterais
Eficácia: 98% quando usada corretamente
Duração: uso único
Pílula anticoncepcional 5
O que é: comprimidos orais que contêm hormônios sintéticos.
Como age: inibe a ovulação por ter uma ação hormonal em todo o corpo e espessa o muco cervical.
Benefícios:
• Regula o ciclo menstrual
• Pode melhorar a acne
Eficácia: 91-99%
Duração: uso diário
Contracepção injetável 5
O que é: injeção de hormônios
Como age: inibe a ovulação por ter uma ação hormonal em todo o corpo.
Benefícios:
• Não requer administração diária
Eficácia: 94%
Duração: 1 injeção mensal ou 1 injeção trimestral
Depois de conhecer os métodos contraceptivos disponíveis, leve em consideração…
Eficácia: capacidade do método em prevenir gravidez.
Facilidade de uso: praticidade e simplicidade do método.
Efeitos colaterais: possíveis efeitos adversos que o método pode causar.
Custo: preço do método e sua acessibilidade.
Preferência pessoal: a escolha deve considerar o que a adolescente se sente mais confortável em usar.
É fundamental consultar uma ginecologista ou profissional de saúde especializado para obter informações precisas sobre os diferentes métodos contraceptivos e escolher o mais adequado.
Referências:
1.Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16.
2. Reinecke I, Hofman B, Mesic E, Drenth HJ, Garmann D. An Integrated Population Pharmacokinetic Analysis to Characterize Levonorgestrel Pharmacokinetics After Different Administration Routes. J Clin Pharmacol. 2018;58(12):1639-1654.
3. Gemzell-Danielsson K, Apter D, Dermout S, et al. Evaluation of a new, low-dose levonorgestrel intrauterine contraceptive system over 5 years of use. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2017;210:22–28.
4. Mansour D. Copper IUD and LNG IUS compared with tubal occlusion, Contraception. 2007;75:S144-15.5 Site: meuanticoncepcional.com.br/metodos-contraceptivos, acesso em fevereiro 2024.
5. Trussell, J., & Raymond, E. G. (2019). Emergency Contraception: A Last Chance to Prevent Unintended Pregnancy.
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Gravidez na adolescência e o que queremos para nossas mulheres
Gravidez na adolescência e o que queremos para nossas mulheres
Gravidez na adolescência e o que queremos para nossas mulheres
- PP-PF-WHC-BR-0062-1
Gravidez na adolescência
Gravidez na adolescência e o que queremos para nossas mulheres
Impactos negativos da gestação não planejada podem ser evitados
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)1, a gravidez na adolescência é uma importante questão de saúde global. Em 2019, 21 milhões de gravidezes aconteceram em jovens entre 15 e 19 anos em países de baixa e média renda.
Quais os impactos da gravidez na adolescência na vida dessas jovens?
Por que precisamos falar sobre isso?
A adolescência é uma fase de descobertas, sonhos e planos para o futuro. É tempo de estudar, se divertir com amigos, explorar o mundo e construir a própria identidade. No entanto, a gravidez não planejada pode surgir como um obstáculo inesperado, capaz de interromper abruptamente essa jornada e trazer consigo diversos desafios e impactos negativos na vida do jovem.
Efeitos na saúde física e mental
Do ponto de vista físico, a gravidez na adolescência traz consigo maiores riscos de complicações, como anemia, pré-eclâmpsia e parto prematuro. Além disso, as adolescentes grávidas são mais propensas a sofrer de depressão, ansiedade e baixa autoestima.3
Impactos na educação e carreira
A gravidez na adolescência frequentemente leva ao abandono dos estudos, comprometendo o desenvolvimento educacional e as oportunidades de carreira. A necessidade de cuidar de um bebê limita o tempo disponível para estudos e trabalho, dificultando a conquista de sonhos e objetivos profissionais.3
Desafios socioeconômicos
A responsabilidade de criar um filho gera um grande impacto financeiro na vida do adolescente e de sua família. A falta de recursos pode levar à pobreza e à exclusão social, dificultando o acesso a bens e serviços básicos.3
( ! ) Prevenção: a importância da educação sexual e do acesso a métodos contraceptivos
A educação sexual abrangente e de qualidade é fundamental para prevenir a gravidez na adolescência. É importante que as jovens tenham acesso a informações precisas sobre sexualidade, reprodução e métodos contraceptivos para que possam tomar decisões conscientes sobre sua vida sexual.2
LARCs como aliados na prevenção
Conhecidos também como contraceptivos de longa duração, eles oferecem contracepção de alta eficácia de 3 a 10 anos, dependendo do método escolhido, e são completamente reversíveis. Os LARCs mais populares disponíveis no mercado são: o DIU hormonal, o DIU de cobre e o implante hormonal, e todos têm taxas de falha menores que 1%4.
LARCs populares e disponíveis atualmente no Brasil
DIU Hormonal5
Libera uma forma do hormônio progestina, que se concentra no útero e tem pouca absorção pelo organismo. Esse método não aumenta o risco de trombose e, além de ser indicado para contracepção, também oferece proteção endometrial pós-menopausa e tratamento de sangramento menstrual excessivo3 . Hoje, também está disponível o DIU de baixa dosagem hormonal, que tem eficácia de mais de 99% e duração de 5 anos.
DIU de Cobre6
Atua como espermicida, tornando o ambiente uterino hostil para os espermatozoides. Pode intensificar a menstruação e as cólicas em algumas mulheres, possui eficácia de mais de 99% de eficácia e pode durar até 10 anos.
Implante Hormonal7
Trata-se de um pequeno bastão implantado sob a pele, liberando hormônios que impedem a ovulação. O padrão de sangramento pode variar, indo desde ausência total de menstruação até padrões irregulares. Tem eficácia de mais de 99% e pode durar até 3 anos.
Referências:
1.Organização Mundial da Saúde, Gravidez na adolescência. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/adolescent-pregnancy. Acesso em fevereiro 2024.
2. Ministério da Saúde. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/gravidez-na-adolescencia-saiba-os-riscos-para-maes-e-bebes-e-os-metodos-contraceptivos-disponiveis-no-sus. Acesso em fevereiro 202
3. Chung, W.H, Kim, ME., Lee, J. Comprehensive understanding of risk and protective factors related to adolescent pregnancy in low- and middle-income countries: A systematic review. Journal of Adolescence. 2018; 69: 180-188.
4. Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) - Efetividade dos métodos contraceptivos
5. Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16.
6. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/03-CONTRACEPCAO_REVERSIVEL_DE_LONGA_ACAO.pdf
7. Contraception Journal - Implante hormonal e peso
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O DIU é reversível?
O DIU é reversível?
Desmistificando uma dúvida de muitas mulheres
- PP-KYL-BR-1596-1
Longa Ação
O DIU é reversível?
Desmistificando uma dúvida de muitas mulheres
O dispositivo intrauterino (DIU) é um método contraceptivo de longa duração, que pode durar de 5 a 10 anos1, dependendo do tipo. Apesar de ser um método contraceptivo eficaz, o DIU ainda é cercado por mitos e dúvidas. Um dos mitos mais comuns é que o DIU pode dificultar uma gravidez natural quando a mulher decide engravidar e opta por retirá-lo.
Mas essa afirmação é falsa2. Entenda.
Como funcionam os DIUs?
- O DIU hormonal libera progesterona no útero, que engrossa o muco cervical, dificulta a passagem dos espermatozoides e impede a fecundação.3
- O DIU de cobre libera íons de cobre no útero, que alteram o muco cervical e dificultam a passagem dos espermatozoides. Além disso, o cobre também pode impedir a fertilização do óvulo.4
Mas esse método é reversível?
Sim, o DIU é reversível. Pode ser retirado a qualquer momento, sem afetar a fertilidade da mulher. A retirada do DIU é um procedimento simples, que pode ser realizado pelo médico ou enfermeiro em consultório.2
Desafios na compreensão da reversibilidade do DIU
Muitas mulheres ainda não entendem completamente essa característica do DIU, o que pode resultar em receios infundados e na escolha de métodos contraceptivos menos eficazes. Um estudo recente publicado no Journal of Family Planning and Reproductive Health Care5 revelou que apenas 40% das mulheres entrevistadas compreendiam completamente a reversibilidade do DIU.
Mitos e informações equivocadas que chegam por aí
Várias razões contribuem para a perpetuação do mito da irreversibilidade do DIU. Algumas mulheres podem ter recebido informações imprecisas de fontes não confiáveis, enquanto outras podem ter confundido o DIU com métodos permanentes de esterilização. É fundamental abordar esses mitos, proporcionando informações claras e baseadas em evidências.
Na dúvida, converse com quem entende sobre o assunto
Além de desmistificar a reversibilidade do DIU, é crucial destacar a importância da orientação profissional ao escolher ou modificar métodos contraceptivos. A decisão de remover o DIU deve ser feita em consulta com um profissional de saúde, que pode discutir opções alternativas e avaliar o momento mais adequado para a remoção, considerando o seu planejamento familiar.
Referências:
1. Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) - Efetividade dos métodos contraceptivos
2. Machado RB, Monteiro IM, Magalhães J, Guazzelli CA, Brito MB, Lubianca JN, et al. Aspectos atuais dos contraceptivos reversíveis de longa ação. In: Contracepção reversível de longa ação. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO): 2022. [Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 1/Comissão Nacional de Anticoncepção].https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/SerieZ1-2022-Contracepcao.pdf
3. Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16.
4. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/03-CONTRACEPCAO_REVERSIVEL_DE_LONGA_ACAO.pdf. Acesso em Dez/2023.
5. Linton E, Mawson R, Hodges V, et alUnderstanding barriers to using long-acting reversible contraceptives (LARCs) in primary care: a qualitative evidence synthesisBMJ Sexual & Reproductive Health 2023;49:282-292.
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Gineco - Assuntos Relacionados (Métodos Contraceptivos))
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