Contracepção x Doenças Crônicas

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Contracepção x Doenças Crônicas

Entenda qual método escolher para esses casos

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Entenda qual método escolher para esses casos

Parte importante do planejamento familiar e da saúde reprodutiva, a escolha do método contraceptivo pode enfrentar alguns complicadores para mulheres que têm doenças crônicas. Algumas dessas condições podem influenciar a eficácia e segurança desses métodos, reduzindo as opções de escolha. No entanto, a ciência caminhou para que todas tenham acesso a métodos contraceptivos eficazes1. Entenda qual a melhor opção para cada caso.

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Diabetes2

Mulheres com diabetes, especialmente aquelas que apresentam complicações, devem ser cautelosas ao escolher um método contraceptivo.

 

  • Recomendado: DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, é considerado seguro e eficaz para mulheres diabéticas.
  • Cautela: pílulas contraceptivas combinadas (estrogênio e progesterona) podem influenciar o metabolismo da glicose e requerem monitoramento cuidadoso.

Conheça mais sobre Diabetes e suas complicações.

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Hipertensão2

Mulheres com pressão alta precisam considerar o impacto potencial dos contraceptivos em sua condição.

 

  • Recomendado: o DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, é uma excelente opção, pois não apresenta os riscos cardiovasculares associados a algumas outras formas de contracepção.
  • Cautela: contraceptivos orais combinados podem elevar a pressão arterial em algumas mulheres.

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Doenças Cardíacas2

Condições que afetam o coração demandam uma escolha contraceptiva meticulosa para evitar complicações adicionais.

 

  • Recomendado: o DIU é amplamente recomendado devido à sua natureza não sistêmica e ausência de riscos associados ao estrogênio.
  • Cautela: Pílulas combinadas (estrogênio e progesterona), adesivos e anéis vaginais, todos contendo estrogênio, podem aumentar o risco de trombose.

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Epilepsia2

A interação entre contraceptivos e antiepilépticos é uma preocupação principal.

 

  • Recomendado: DIU de cobre é uma opção segura e não é afetado por medicamentos antiepilépticos.

(v)

Lupus Eritematoso Sistêmico (LES)2

O LES é uma doença autoimune, e a contracepção pode ser um desafio, principalmente se a paciente tiver anticorpos antifosfolípides.

 

  • Recomendado: DIU, especialmente o hormonal, é frequentemente a primeira escolha para mulheres com LES que não possuem anticorpos antifosfolípides.
  • Cautela: Pílulas contendo estrogênio são geralmente evitadas, especialmente em mulheres com anticorpos antifosfolípides, devido ao risco aumentado de trombose.

(i)

Doenças da Tireoide2

Mulheres com distúrbios da tireoide devem considerar possíveis interações entre seus medicamentos e contraceptivos.

 

  • Recomendado: DIU, seja de cobre ou hormonal, é seguro e não interfere no tratamento da tireoide.

 

DIU como a melhor recomendação 

Para quem sofre com doenças crônicas, o DIU surge frequentemente como uma opção de destaque devido à sua segurança, eficácia e mínima interação com outros medicamentos ou condições.

 

No entanto, se você tem alguma doença crônica, é preciso conversar com a sua ginecologista para levar em consideração todas as nuances da sua condição de saúde e das suas necessidades específicas.3

 

Referências:

1. Curtis, K. M., Tepper, N. K., Jatlaoui, T. C., et al. (2016). U.S. Medical Eligibility Criteria for Contraceptive Use, 2016. Morbidity and Mortality Weekly Report, 65(3), 1–103.

2. Altshuler AL, Gaffield ME, Kiarie JN. The WHO's medical eligibility criteria for contraceptive use: 20 years of global guidance. Curr Opin Obstet Gynecol. 2015 Dec;27(6):451-9. doi: 10.1097/GCO.0000000000000212. PMID: 26390246; PMCID: PMC5703409.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.– Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Acesso em outubro de 2023.

 

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Amenorreia: será que eu tenho?

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Amenorreia: será que eu tenho?

A amenorreia é a ausência da menstruação que pode ser de dois tipos: a primária é caracterizada pela falta de sangramento até os 14 ou 16 anos a depender da presença ou não de outras características sexuais como pelos pubianos, broto mamário e etc.

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A amenorreia é a ausência da menstruação que pode ser de dois tipos: a primária é caracterizada pela falta de sangramento até os 14 ou 16 anos a depender da presença ou não de outras características sexuais como pelos pubianos, broto mamário e etc. A secundária ocorre quando a menstruação teve início no período normal, mas passa a se ausentar por períodos de três a seis meses.

 

Os sintomas associados à amenorreia são dores de cabeça intensas, acne, falta de lubrificação vaginal, alterações da voz, aumento do crescimento dos pelos pelo corpo, aumento dos seios e cólicas periódicas sem sangramento. Todos esses sintomas podem aparecer em mulheres completamente saudáveis, pois a doença pode se desenvolver a qualquer momento. Também existem mulheres que podem ter amenorreia de forma assintomática.

 

Nos casos de amenorreia primária, o atraso no sangramento pode ser causado por defeitos congênitos no sistema reprodutor da mulher, problemas hormonais e até mesmo pela falta de abertura na membrana presente na entrada da vagina, o hímen, que muitas vezes pode ser tão espesso a ponto de não dar vasão à menstruação. Já na amenorreia secundária, as causas podem ser perda de peso de forma drástica, transtornos alimentares, gravidez desconhecida pela paciente, estresse, ansiedade, obesidade, desequilíbrio hormonal, excesso de exercícios físicos, falha ovariana prematura e cicatrização uterina após algum processo cirúrgico.

 

Amenorreia: será que eu tenho?

O diagnóstico é realizado pelo ginecologista por meio da avaliação do histórico da paciente, exames de sangue, ultrassom pélvico e exames ginecológicos. O tratamento depende da causa da amenorreia: se o atraso for considerado normal, com a menina tendo sinais da puberdade até os 14 anos, é recomendado aguardar até a paciente completar 16 anos. Do contrário, o médico analisará caso a caso e verificará o melhor tratamento para cada causa, como mudança de estilo de vida, uma dieta específica e o uso de medicamentos adequados. Se sua menstruação for interrompida abruptamente e se mantiver ausente por mais de três meses, sem sinais de gravidez, procure seu ginecologista. É importante investigar se o motivo é a amenorreia ou outra doença que provoque a suspensão do sangramento, que podem até mesmo comprometer a fertilidade da mulher.

 

Fonte:

MEDICINANET; Amenorreia. Disponível em: . Acesso em 17 de abril de 2014.

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Mioma

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Mioma

Miomas ou fibromas são tumores benignos do útero, consistindo em um distúrbio hormonal que causa um enovelamento das fibras musculares e assim, forma nódulos nesse órgão.

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Miomas ou fibromas são tumores benignos do útero, consistindo em um distúrbio hormonal que causa um enovelamento das fibras musculares e assim, forma nódulos nesse órgão. Possuem uma coloração esbranquiçada e sua consistência é firme. Em sua maioria, os miomas são múltiplos.

 

Fibroma é uma doença que afeta cerca de 50% das mulheres, em sua maioria de pele negra. Outros fatores que elevam a propensão ao desenvolvimento de mioma são a obesidade e a nuliparidade (não ter filhos).

 

O estrogênio é o principal causador dessa doença. Por isso, a maior incidência de miomas ocorre no auge da fase reprodutiva até a chegada da menopausa.

 

Fonte:

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Fibromioma do útero. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.9-11. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP

 

Sintomas

 

A maioria das mulheres não apresentam sintomas da doença, mas dependendo do tamanho, da quantidade e da localização do mioma é possível apresentar os seguintes sintomas:

 

  • Sangramento uterino anormal;
  • Pressão na bexiga;
  • Dor no abdômen;
  • Dor lombar;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Dor pélvica com hemorragia.

 

Fonte:

Helito, Alfredo Salim; Kauffman, Paulo. Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia da família. In: Mioma Uterino. 2007. 1ª Edição. P.96-97. Editora Nobel. São Paulo – SP.

 

Diagnóstico

Por se tratar de uma doença assintomática, cerca de 80% das mulheres descobrem que possuem miomas em exames de rotina, tais como ultrassom e exame ginecológico.

 

Fonte:

Helito, Alfredo Salim; Kauffman, Paulo. Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia da família. In: Mioma Uterino. 2007. 1ªEdição. P.96-97. Editora Nobel. São Paulo – SP.

 

Tratamentos e Cuidados

 

Os miomas devem ser tratados independentemente de apresentar sintomas ou não. O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico e é realizado de acordo com o histórico da paciente e da quantidade e tamanho dos nódulos.

 

O tratamento medicamentoso pode ser feito com o uso de diversos medicamentos que podem ser tanto de uso oral como injetáveis. Alguns exemplos são: anti-inflamatórios não hormonais, progestágenos, drogas inibidoras hormonais, entre outros.

 

Caso a mulher tenha mais de 35 anos de idade e possua filhos, um dos tratamentos indicados é a histerectomia, que consiste na retirada do útero com os miomas, por meio da laparoscopia, videolaparoscopia ou via vaginal. Quando a mulher deseja manter o útero, pode se optar pelo tratamento medicamentoso ou retirar somente os miomas, mas com grandes possibilidades de futuramente surgirem novos miomas. Nesse caso, é indicado também o uso de medicamentos que bloqueiam a produção de hormônios.

 

Mulheres que desejam engravidar devem receber um tratamento especial, pois os miomas podem prejudicar a fertilidade, podendo levar a um aborto. Quando a mulher consegue engravidar, os fibromiomas não podem ser retirados, mas deve-se tomar cuidado, pois podem induzir ao parto prematuro devido ao seu aumento volumétrico. Após o parto, eles devem ser removidos.

 

Em último caso, quando a mulher não deseja realizar uma cirurgia, o tratamento indicado é a embolização, que consiste na obstrução das artérias do útero com partículas sólidas que reduzirão o aporte sanguineo aos miomas, diminuindo o volume uterino e a quantidade dos nódulos.

 

Fonte:

Helito, Alfredo Salim; Kauffman, Paulo. Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia da família. In: Mioma Uterino. 2007. 1ª Edição. P.96-97. Editora Nobel. São Paulo – SP. Leiomioma uterino; manual de orientação da Febrasgo/ editores Nilo Bozzini – São Paulo: Ponto, 2004 p70-74.

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Osteoporose

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Osteoporose

Osteoporose é definida como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento. Essa doença provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio.

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osteoporose

Osteoporose é definida como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento. Essa doença provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio.

 

Três em cada quatro pacientes são do sexo feminino. Afeta principalmente as mulheres que estão na fase pós-menopausa.

 

A fragilidade dos ossos nas mulheres é causada pela ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que os tornam porosos como uma esponja. É a maior causa de fraturas e quedas em idosos.

 

Os principais fatores de risco de desenvolvimento dessa doença são:

  • Pele branca;
  • Histórico familiar de osteoporose;
  • Vida sedentária;
  • Baixa ingestão de Cálcio e /ou vitamina D;
  • Fumo ou bebida em excesso;
  • Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glocorticoides e heparina;
  • Doenças de base, como artrite reumatoide, diabetes, leucemia, linfoma.

 

Os locais mais afetados por essa doença são a coluna, o punho e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso.

 

É considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Sintomas

Além das fraturas nos ossos e quedas, a perda de massa óssea pode provocar os seguintes sintomas:

 

  • Dor crônica;
  • Deformidades;
  • Perda de qualidade de vida e/ou desenvolvimento de outras doenças, como pneumonia;
  • Redução da estatura;

 

As fraturas de quadril podem levar à imobilização da paciente, e requerer cuidados de enfermagem por longo prazo.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Sintomas osteoporose
Diagnóstico

Geralmente, é diagnosticada somente após a ocorrência da primeira queda, pois os sintomas não são perceptíveis.

 

O principal método para diagnosticar a osteoporose é a densitometria óssea. Esse exame mede a densidade mineral óssea da coluna lombar e no fêmur.

 

O resultado pode ser classificado como: normal, osteopenia e osteoporose.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Diagnósticos Osteoporose
Exames

Problema comum nas mulheres após a menopausa, a osteoporose consiste na redução da massa dos ossos, com alterações em sua microestrutura. Essa doença torna mais frágil a estrutura óssea da paciente, aumentando a probabilidade de ocorrerem fraturas, que podem ter graves consequências. Entretanto, a osteoporose é uma doença silenciosa que, na maioria das vezes, evolui sem sintomas. Mantendo acompanhamento médico regular, é possível identificá-la e iniciar o tratamento o quanto antes.

 

Densitometria óssea

 

O exame de referência para o diagnóstico da osteoporose hoje é a densitometria óssea. A medida da massa óssea permite determinar o risco da paciente vir a ter fraturas, auxiliando a identificação da necessidade de tratamento. Também possibilita avaliar as mudanças na massa óssea com o tempo. O exame é realizado por técnica de DEXA – sigla em inglês para absorciometria por raio X com dupla energia.

 

O diagnóstico da osteoporose é realizado por meio da avaliação dos antecedentes pessoais da paciente, da avaliação da densidade da coluna lombar e do fêmur proximal, colo femoral e/ou fêmur total e antebraço, segundo os critérios propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

A densitometria óssea vai refletir a situação atual da paciente, sendo necessário fazer comparações com exames anteriores para identificar o ganho ou a perda de massa óssea, identificando a evolução da doença ou a eficácia do tratamento. O intervalo entre os exames é definido pelo próprio médico, que leva em conta diversos critérios, como sexo e idade do paciente, a precisão da tecnologia empregada, entre outros. Em geral, são recomendados exames com intervalo mínimo de um a dois anos.

 

As sociedades americanas National Osteoporosis Foundation (NOF) e North American Menopause Society (NAMS) recomendam a realização da densitometria óssea para:

 

– Todas as mulheres com 65 anos ou mais, e nas que tenham doenças que causam perdas ósseas;

 

– Nas mulheres na menopausa ou em transição, com 50 anos ou mais, que tiverem pelo menos os seguintes problemas:

 

  1. uma fratura após a menopausa ou após os 50 anos (exceto no crânio, face, tornozelo ou dedos);
  2. magreza ou IMC ≤ 21 kg/m2;
  3. pais com história de fratura no quadril;
  4. artrite reumatoide;
  5. fumantes atuais;
  6. ingestão excessiva de álcool (≥ três doses por dia)

 

Existem também outras indicações para a solicitação de exames para pesquisar de osteoporose, se você está próxima ou já entrou na menopausa procure seu médico.

 

Fontes:

PINTO NETO, Aarão et al. Consenso brasileiro de osteoporose 2002. Revista Brasileira de Reumatologia. Vol. 42, n. 6, nov./dez. 2002.

WENDER, Maria Celeste O. et al. Climatério. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158.

Prevenção

A prevenção da osteoporose é feita adotando-se hábitos saudáveis ao longo da vida. É preciso redobrar a atenção após a menopausa, já que a queda dos níveis do hormônio estrógeno acelera o processo de perda de densidade óssea, demandando maiores cuidados para prevenir a doença.

 

Acredita-se que cerca de um terço das mulheres brasileiras na pós-menopausa desenvolvem a osteoporose. Apesar disso, 80% das mulheres em idade adulta no nosso país desconhecem a relação entre a menopausa e o aumento dos índices dessa doença, que pode causar fraturas e diminuir muito a qualidade de vida da paciente. Dessa forma, é preciso estar informada para os desafios que envolvem a chegada dessa fase: cuidar da saúde ao longo da vida, e ajustar os hábitos nos momentos em que o corpo pedir maiores cautelas.

 

Um dos elementos fundamentais para garantir a saúde dos ossos é a prática regular de atividade física desde cedo, o que permite alcançar o pico de massa óssea. Exercícios como caminhada, atividades aeróbicas e também com carga contribuem para aumentar um pouco esse índice, que se mantém com a continuidade das atividades.

 

Por outro lado, cuidar da alimentação também pode fazer a diferença na prevenção da osteoporose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é importante ingerir alimentos ricos em cálcio diariamente, numa quantidade de 1.000 a 1.300 mg por dia – o equivalente a cerca de três porções de leite e derivados. Por exemplo: um copo de leite (250mg de cálcio), um copo de iogurte (300mg) e uma fatia de queijo (300mg).

 

Tomar sol é parte importante no processo de prevenção da doença. Os raios solares são necessários para a produção de vitamina D, substância fundamental na manutenção de um esqueleto saudável. A exposição à luz solar nos horários adequados – pela manhã e ao final da tarde – pode fazer a diferença na produção da vitamina, que também pode ser encontrada em alguns alimentos e suplementos vitamínicos. Num país tropical como o Brasil, tomar sol não é problema – ao sair às ruas para realizar as tarefas diárias, já estamos proporcionando à nossa pele as condições necessárias para produzir vitamina D. Dessa forma, é importante que as pessoas da terceira idade mantenham-se ativas, caminhando ao ar livre e repondo o cálcio através da alimentação e suplementos, quando indicado pelo médico.

 

Fontes:

DISSAT, Cristina. Prevenção da osteoporose: a dose ideal. Disponível em: http://www.endocrino.org.br/prevencao-da-osteoporose-dose-ideal/. Acesso em 13/03/2018.

PINTO NETO, Aarão et al. Consenso brasileiro de osteoporose 2002. Revista Brasileira de Reumatologia. Vol. 42, n. 6, nov./dez. 2002.

VEJA. 90% das brasileiras não ingerem quantidade adequada de cálcio. 17 out. 2012. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/90-das-brasileiras-nao-ingerem-quantidade-adequada-de-calcio. Acesso em 13/03/2018.

WANNMACHER, Lenita. Manejo racional da osteoporose: onde está o real benefício? In: Uso racional de medicamentos: temas selecionados. Vol. 1, n. 7, Brasília, Jun. 2004.

Tratamentos e cuidados

Os tratamentos atuais para a osteoporose não revertem a perda óssea completamente. Como a osteoporose é frequentemente diagnosticada somente após a instalação da doença, considera-se que uma das melhores estratégias sejam as medidas preventivas que retardam ou evitam o desenvolvimento da doença.

 

Para isso, durante a juventude deve-se melhorar o pico de massa óssea, reduzir as perdas ao longo da vida e evitar as quedas. As principais indicações são:

 

  • Alimentação balanceada, com atenção para o cálcio dietético (leite e derivados);
  • Uso de medicamentos com cálcio e vitamina D;
  • Exposição moderada ao sol, para que ocorra a síntese da vitamina D;
  • Prática regular de exercícios físicos, como caminhada – que estimula a formação óssea e previne a reabsorção;
  • Terapia hormonal (para mulheres).

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Tratamentos atuais para a osteoporose
Convivendo

Para amenizar os efeitos da osteoporose é necessária a ingestão de grande quantidade de cálcio. Para isso, são indicados os seguintes alimentos:

 

Produtos lácteos

Leite

1 xícara

292 mg

Iogurte

1 xícara

415 mg

Queijo cottage

1 xícara

138 mg

Queijo em geral

28 grs

174 mg

Vegetais

Espinafre (cozido)

1 xícara

245 mg

Brócolis (cozido)

1 xícara

78 mg

Peixe

Sardinha (enlatada)

100 g

379 mg

Salmão (enlatado)

100 g

237 mg

Tofu

Firme

1 xícara

516 mg

Regular

1 xícara

260 mg

 

Fonte:

Harvard Men’s Health Watch (tradução do autor)
Volume 13 — Number 5 — December 2008

Convivendo com a osteoporose

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HPV

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HPV

O Human Papiloma Virus, ou HPV, é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. É uma infecções sexualmente transmissíveis (IST).  A ausência de camisinha no ato sexual é a principal causa da transmissão.

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Human Papiloma Virus, ou HPV, é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. É uma infecções sexualmente transmissíveis (IST). A ausência de camisinha no ato sexual é a principal causa da transmissão.

Também é possível a transmissão do HPV de mãe para filho no momento do parto, quando o trato genital materno estiver infectado. Entretanto, somente um pequeno número de crianças desenvolverá a papilomatose respiratória juvenil.

O HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Quando não é tratado, torna-se a principal causa de câncer do colo do útero e da garganta. 99% das mulheres com câncer de colo do útero foram infectadas por esse vírus.

Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

O que é HPV?

Sintomas

O HPV pode ser sintomático clínico e subclínico. Quando sintomático clínico, o principal sinal da doença é o aparecimento de verrugas genitais na vagina, pênis e ânus.

É possível também o aparecimento de prurido, queimação, dor e sangramento. Espalham-se rapidamente, podendo se estender ao clitóris, ao monte de Vênus e aos canais perineal, perianal e anal.

Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta do homem e da mulher.

Nos homens, a maioria das lesões se encontra no prepúcio, na glande e no escroto. As verrugas apresentam um aspecto de uma couve-flor.

Já os sintomas do HPV subclínico (não visível a olho nu) podem aparecer como lesões no colo do útero, na região perianal, pubiana e ânus.

Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Diagnóstico

O HPV pode ser diagnosticado através do exame ginecológico e de exames laboratoriais, como Papanicolau, colposcopia, peniscopia e anuscopia.

Deve-se realizar diagnóstico diferencial com outras lesões papilomatosas, incluindo variações anatômicas (glândulas sebáceas, pápulas perláceas do pênis), outras doenças infecciosas e neoplasias.

Lesões Benignas Comuns na Pele

  • Querastoses seborréticas – lesões hipertróficas de superfície rugosa.
  • Nevos-lesões tipicamente elevadas, porém tipos pedunculados podem ocorrer.
  • Pápulas perláceas do pênis – pápulas circunscritas, com 1 a 2mm de diâmetro, usualmente sobre a porção proximal de glande.

Neoplasias (se houver suspeita, a biópsia se faz necessária)

  • Papulose boewnóide – carcinoma in situ, pápulas rugosas únicas ou múltiplas, de 2 a 4mm de diâmetro, variando de cor da pele a vermelhos-acastanhado, recalcitrante às terapias habituais para verrugas.
  • Melanona maligno – tipicamente único, pode ser plano ou elevado com variação na cor e formato.
  • Condiloma gigante ou tumor de Buschke-Lowenstein – lesão maligna de baixo grau, localmente invasiva que pode surgir como condiloma pedunculado.  

Fonte: 
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Exames

O HPV pode ser identificado por meio de lesões que aparecem ao longo do trato genital, podendo chegar até o colo do útero. Ao perceber essas alterações nos exames ginecológicos comuns, o médico poderá solicitar mais exames para confirmar o diagnóstico. Conheça os principais:

Papanicolau: exame preventivo mais comum, detecta as alterações que o HPV pode causar nas células e um possível câncer, mas não é capaz de diagnosticar a presença do vírus. Recomenda-se que as mulheres realizem anualmente a partir dos 25 anos de idade. Com dois resultados negativos, a periodicidade do exame passa a ser a cada três anos, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.

Colposcopia: feito com um aparelho chamado colposcópio, que aumenta a visão do médico de 10 a 40 vezes, o exame permite a identificação de lesões na vulva, na vagina e no colo do útero. A colposcopia é indicada nos casos de resultados anormais do exame de Papanicolau para saber a localização precisa das lesões precursoras do câncer de colo do útero. Após a identificação das regiões com suspeita de doença, remove-se um fragmento de tecido (biópsia) para confirmação diagnóstica.

Detecção molecular do HPV

Captura Híbrida: é um teste qualitativo de biologia molecular. A técnica investiga a presença de um conjunto de HPV de alto risco, mesmo antes da manifestação de qualquer sintoma, por meio da detecção de seu DNA, confirmando ou descartando a existência da infecção pelo vírus. Para realizá-la, o médico deve obter material da região genital ou anal por meio de uma escovinha especial, que é enviada para análise laboratorial.

PCR (reação em cadeia de polimerase): por meio de métodos de biologia molecular com alta sensibilidade, esse teste detecta a presença do genoma dos HPV em células, tecidos e fluidos corporais. É capaz de identificar a presença de praticamente todos os tipos de HPV existentes.

Fonte:
Ministério da Saúde. Guia Prático Sobre HPV. Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-repostas-MS-HPV-profissionais-saude2.pdf   Acesso em 13/03/2018.
Varella, D. HPV (Papilomavírus Humano). Disponível em: http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hpv-papilomavirus-humano/. Acesso em 13/03/2018.
Ministério da Saúde. Condiloma acuminado (HPV). Departamento de IST, Aids e Hepatite.  Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/236_condiloma.html. Acessado em 13/03/2018.

Prevenção

Para evitar a contaminação pelo HPV recomendam-se os seguintes cuidados:

  • Uso de camisinha masculina, para todos os tipos de relações sexuais (oral, anal, genital);
  • Uso de camisinha feminina;
  • Vacina quadrivalente (previne contra o HPV 6,11,16 e 18) ou bivalente (previne contra o HPV 16 e 18);
  • Rotina do exame preventivo (Papanicolau);
  • Evitar fumar, beber em excesso e usar drogas, pois essas atividades debilitam o sistema de defesa do organismo, tornando a pessoa mais susceptível ao HPV.

Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM 17.178 – SP

Prevenção HPV

Tratamentos e cuidados

Na maioria dos casos, o HPV não causa sintomas e é eliminado espontaneamente pelo corpo. Entretanto, de 30 a 40% dos tipos existentes de HPV podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando lesões como as verrugas genitais e as alterações pré-cancerígenas no colo do útero. A forma de tratamento deverá ser escolhida levando-se em conta a idade da paciente, o tipo de HPV, a extensão e a localização das lesões.

Verrugas genitais

O tratamento para as verrugas genitais é bastante trabalhoso, já que elas podem voltar a aparecer várias vezes em até 50% dos casos, exigindo muitas aplicações, ao longo de semanas ou meses. É importante ter disciplina e paciência. Pode ser feito por laser, crioterapia (congelamento) ou cirurgia com uso de anestésicos locais. Podem ser utilizadas substâncias químicas diretamente nas verrugas, como a podofilina e seus derivados, e o ácido tricloroacético. Além disso, existem compostos que estimulam o sistema imune quando aplicados topicamente.

Câncer de colo de útero

O tratamento depende do estágio do câncer. Em alguns casos em que o câncer está restrito ao revestimento do colo do útero, o médico pode conseguir removê-lo completamente, por meio de bisturi ou excisão eletrocirúrgica.

Como o câncer pode recidivar, os médicos aconselham as mulheres a retornarem ao controle e à realização do exame de Papanicolau e da colposcopia a cada seis meses. Após dois resultados negativos, o seguimento passa a ser a cada três anos.

Quando o câncer se encontra em um estágio mais avançado, a histerectomia radical (cirurgia para a retirada do útero e das estruturas adjacentes) e a remoção dos linfonodos são necessárias. A radioterapia é altamente eficaz no tratamento do câncer de colo do útero avançado que não se disseminou além da região pélvica. Apesar de a radioterapia geralmente não provocar muitos problemas imediatos, pode afetar o reto e a vagina. Uma lesão tardia da bexiga ou do reto pode ocorrer e, geralmente, os ovários deixam de funcionar. Quando há disseminação do câncer além da pelve, a quimioterapia é algumas vezes recomendada.

Fonte:  
Ministério da Saúde. Guia Prático Sobre HPV. Disponível em:  
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-repostas-MS-HPV-profissionais-saude2.pdf  Acesso em 13/03/2018.  
Varella, D. HPV (Papilomavírus Humano). Disponível em: http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hpv-papilomavirus-humano/. Acesso em 13/03/2018.

Cuidados

Usar camisinha em todas as relações sexuais é importantíssimo para prevenir a transmissão do HPV e outras doenças. No caso do HPV, existe ainda a possibilidade de contaminação por meio do contato de pele com pele, e pele com mucosa. Isso significa que qualquer contato sexual – incluindo sexo oral e masturbação – pode transmitir o vírus. O contágio também pode ocorrer por meio de roupas e objetos, o que torna a vacina um elemento relevante da prevenção, bem como a prevenção e tratamento em conjunto do casal.

A vacina contra o HPV pode prevenir diversas doenças causadas pelo vírus. Conheça as indicações aprovadas pela Anvisa no Brasil, segundo o Guia do HPV:

 Vacina BivalenteVacina Quadrivalente
Indicação

Contra HPV 16 e 18 Para mulheres de 10 a 25 anos

 

Três doses (hoje, 1 mês e 6 meses)

Contra HPV 6, 11, 16 e 18 Para mulheres e homens de 9 a 26 anos

 

Três doses (hoje, 2 meses e 6 meses)

Cânceres e lesões pré-cancerosasColo do útero: previne até 70% dos casos

Colo do útero: previne até 70% dos casos vulva: previne até 50% dos casos

 

Vagina: previne até 60% dos casos

 

Ânus: previne até 90% dos casos

Verrugas genitais Previne até 90% dos casos

Conviver com qualquer doença exige responsabilidade. Muitas vezes, receber um diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível tem um impacto emocional muito negativo. Por isso, é importante fazer o acompanhamento ginecológico recomendado e seguir o tratamento conforme orientação médica. Além disso, busque maneiras de falar sobre isso com amigos, familiares e profissionais de saúde de sua confiança. Para manter uma vida sexual saudável e prazerosa, é preciso cuidar de si mesmo e do parceiro, encarando as situações difíceis com responsabilidade.

Essas e outras recomendações você pode buscar em sites especializados, mas é importante sempre confirmá-las com seu médico de confiança, que avaliará seu caso individual.

Fonte:  
Ministério da Saúde. Guia Prático Sobre HPV. Disponível em: 
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-repostas-MS-HPV-profissionais-saude2.pdf   Acesso em Novembro/20.

Convivendo

A infecção genital por HPV por si só não contraindica uma gravidez. Se existirem lesões induzidas pelo HPV (tanto verrugas genitais como lesões em vagina e colo), o ideal é tratar primeiro e depois engravidar.

Se ocorrer a gravidez na presença dessas lesões, não existem grandes problemas; porém, as verrugas podem se tornar maiores em tamanho e quantidade devido ao estímulo hormonal característico da gestação. Nessa situação, podem existir maiores dificuldades no tratamento, e o médico avaliará se é possível a realização de parto normal ou não.

Existe a possibilidade de o HPV ser transmitido para o feto ou recém-nascido e causar verrugas na laringe do recém-nascido e/ou verrugas na genitália. O risco parece ser maior nos casos de lesões como as verrugas genitais. Mesmo nesses casos, o risco de ocorrer esse tipo de transmissão é baixo.

É muito importante que a gestante informe ao seu médico, durante o pré-natal, se ela ou seu parceiro sexual já tiveram ou têm HPV.

Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Convivendo com HPV

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Câncer do Colo do Útero

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Câncer do Colo do Útero

O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o...

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O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar através de verrugas na mucosa da vagina, do pênis, do ânus, da laringe e do esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames complementares. É uma doença que costuma progredir de forma lenta, podendo levar mais de 10 anos para se desenvolver.

 

Alguns fatores favorecem o aparecimento dessa doença:

 

  • Sexo desprotegido com múltiplos parceiros;
  • Histórico de ISTs (HPV);
  • Tabagismo;
  • Idade precoce da primeira relação sexual;
  • Multiparidade (Várias gestações).

 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.

 

Ao contrário do que se acredita, a endometriose e a genética não possuem relação com o surgimento desse câncer. Mas o Câncer de Colo de Útero, não tratado, pode evoluir para uma doença mais severa, o Carcinoma invasivo do colo uterino (tumor maligno).

 

Afeta em sua maioria mulheres entre 40 e 60 anos de idade.

Uterus – Útero

Cervix – colo do útero

Cervical Cancer – Câncer de colo do útero

 

Fontes:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Papilomavírus humano e o Câncer de colo uterino. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.213 – 218. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.

Sintomas

Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já se encontra em estágio avançado.

 

Os principais sintomas são:

 

  • Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;
  • Sangramento após o ato sexual;
  • Dor pélvica;
  • Sangramento de causa não explicada.

 

Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.

 

Fontes:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Carcinoma invasor do colo uterino. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.255-262. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.

Diagnóstico

Para detectar o Câncer do colo de útero é necessária a realização do exame Papanicolau que pode ser complementado com colposcopia e biópsia para se confirmar o diagnóstico. Eventualmente pode ser necessário realizar a pesquisa do HPV também.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Exames

O câncer de colo de útero, considerado um problema de saúde pública, é associado ao vírus do HPV, transmitido comumente pelo contato sexual. Ao atingir o colo uterino a partir da vagina, o HPV altera a estrutura e a reprodução das células do colo e dá origem ao câncer.

 

O exame ginecológico preventivo, o Papanicolau – trata-se do nome próprio do inventor do exame – é a principal ferramenta para diagnosticar as lesões precursoras do câncer. Este exame é indolor e rápido. A mulher pode sentir um pequeno desconforto caso esteja tensa ou se o profissional que realizar o procedimento não tiver a delicadeza necessária. Para garantir o resultado, 48 horas antes do exame a mulher não deve ter relações sexuais mesmo com camisinha, fazer duchas vaginais, ou aplicar produtos ginecológicos (cremes, óvulos).

 

Para a realização desse procedimento é inserido na vagina um instrumento chamado espéculo. O médico examina visualmente o interior da vagina e o colo do útero e com uma espátula de madeira e uma pequena escova especial é realizada a descamação do colo do útero a fim de recolher as células para a análise em laboratório.

 

Toda mulher que já teve ou tem relações sexuais e que esteja entre os 25 e 64 anos devem fazer o exame. O ideal é fazer dois exames com intervalo de um ano entre eles, se estiverem normais dá para espaçar mais e fazer exames a cada 3 anos.

 

FONTE:

INCA; “Câncer de colo de útero: detecção precoce”. Disponível em:

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero. Disponível em Novembro/20.

ZAMITH, Roberto, LIMA, Geraldo Rodrigues de, GIRÃO, Manoel J.B. “Doenças sexualmente transmissíveis” in: Ginecologia de Consultório. São Paulo: Editora de Projetos Médicos, 2003.

Prevenção

O câncer de colo de útero já é considerado um problema de saúde pública. Atualmente, existem diversas campanhas de conscientização sobre a importância de se prevenir dessa doença que mata tantas mulheres pelo mundo todos os anos.

 

A enfermidade é causada principalmente por meio da infecção pelo vírus HPV, o papiloma vírus humano, que de acordo com pesquisas, está presente em mais de 90% dos casos de câncer cervical. A principal forma de transmissão do vírus é via contato sexual, seja vaginal, oral ou anal.

 

Para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo (camisinha), masculino ou feminino. A camisinha deve ser usada em todas as relações sexuais para garantir a proteção de ambos os parceiros.

 

Também é importante realizar anualmente o exame ginecológico preventivo, o popular Papanicolau. Esse procedimento é capaz de identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero possibilitando o diagnóstico no início da doença, aumentando assim as chances de sucesso no tratamento.

 

Está disponível a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra 4 tipos muito frequentes de HPV, são eles os tipos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

 

Não deixe de usar preservativo em todas as suas relações sexuais e de visitar seu ginecologista periodicamente para a realização dos exames de rotina. Simples atitudes como estas podem lhe proteger contra o câncer de colo de útero.

 

Fonte:

INCA; “Câncer de colo de útero: como prevenir”. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero. Disponível em 11 de abril de 2014.

ZAMITH, Roberto, LIMA, Geraldo Rodrigues de, GIRÃO, Manoel J.B. “Doenças sexualmente transmissíveis” in: Ginecologia de Consultório. São Paulo: Editora de Projetos Médicos, 2003.

Tratamentos e cuidados

O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

 

Se descoberta de forma precoce o tratamento pode ser feito com a retirada somente da lesão sem a necessidade de anestesia geral ou ambiente hospitalar.

 

A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação.

 

Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local, para depois realizar a radioterapia interna.

 

A quimioterapia é indicada para tumores em estágios avançados da doença.

 

Fonte:

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero.

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Câncer de Mama

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Câncer de mama

Câncer de mama é um tumor maligno, formado pelo crescimento de células de maneira desordenada, e desenvolvimento de um ou mais nódulos na mama.

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Câncer de mama é um tumor maligno, formado pelo crescimento de células de maneira desordenada, e desenvolvimento de um ou mais nódulos na mama.

 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, é o câncer que mais causa mortes e o mais comum nas mulheres brasileiras, que o consideram a doença mais temida, já que afeta a percepção da sexualidade e a imagem pessoal.

 

Por não existir uma causa específica para essa doença, os especialistas apontam alguns fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento desse tipo de câncer. Os principais são:

 

  • Ser mulher;
  • Idade – mulheres acima dos 50 anos correm mais risco;
  • Histórico familiar (parentes que já tiveram a doença);
  • Não ter filhos ou ter depois dos 30 anos;
  • Elevado consumo de álcool ;
  • Excesso de peso (gordura na região abdominal);
  • Falta de exercícios físicos;
  • Ciclo menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama;
  • Tratamento com dietilestilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando más-formações) e carcinogênicos.

 

Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Procedimentos diagnósticos nas lesões não palpáveis da mama. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.311-325. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Câncer de mama: Fatores de risco, de prognóstico e preditivos. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.311-325. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.

Sintomas

No câncer de mama, o sintoma mais comum é o aparecimento de um caroço na mama.

 

Os outros sinais da doença são:

 

  • Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;
  • Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
  • Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
  • Saída de secreção (que não seja leite) pelo mamilo;
  • Caroço nas axilas.

 

Fonte: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Diagnóstico

Para a detecção precoce do câncer de mama é necessário visitar anualmente o médico ginecologista, e realizar alguns exames: o exame clínico das mamas e a mamografia, principalmente para mulheres acima de 40 anos.

 

As mulheres precisam ter auto conhecimento a respeito de suas mamas, tornar-se consciente de seu corpo e suas mamas e poder identificar quaisquer mudanças ou novos sintomas que surgirem. E no primeiro sinal de mudança procure seu médico.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Exames

Quando é encontrado um nódulo na região mamária através do exame clínico ou autoexame, o médico ginecologista poderá solicitar os seguintes exames:

 

Mamografia – para confirmar a presença do nódulo nas mamas;

Biópsia – para analisar se o nódulo é benigno ou maligno;

Ultrassonografia de mama – quando não é possível distinguir o cisto do nódulo na mamografia, a ultrassonografia é requerida;

Ressonância Magnética (RM) – utiliza ondas de rádio e fortes ímãs, além de computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de RM podem ser usados para analisar melhor os cânceres encontrados por mamografias, ou para casos de alto risco.

 

Para rastreio do câncer de mama a recomendação atual é de que seja feita uma mamografia anual dos 50 aos 69 anos de idade. Antes disso somente em casos específicos.

 

Referência:

http://www.inca.gov.br/outubro-rosa/cancer-mama.asp.

Prevenção

Para diminuir a chance do desenvolvimento do câncer de mama, as mulheres devem tomar alguns cuidados, ao longo da vida.

 

Ações que ajudam a prevenir o câncer de mama:

 

  • Boa alimentação: evitar gordura animal e privilegiar verduras que contenham princípios antiproliferativos, como brócolis e repolho;
  • Realizar exercícios físicos de modo continuado (correr, andar, nadar);
  • Amamente: a amamentação exclusiva até os 6 meses e depois mantida até os dois anos de idade do filho, protege contra o câncer de mama;
  • - Mantenha o peso adequado
    - Não fume
    - Evite bebidas alcoólicas

 

Algumas pessoas podem ter fatores hereditários ou genéticos que favorecem o surgimento de câncer de mama. O câncer de mama de caráter hereditário corresponde somente a 5-10% de todos os casos de câncer de mama.

 

Ter dois ou mais fatores abaixo indicam um aumento do risco:
- Histórico familiar de câncer de ovário
- Câncer de mama na família antes dos 50 anos.
- História familiar de câncer de mama em homens.
Alteração genética dos genes BRCA1 e 2

 

Fonte:

http://www.inca.gov.br/outubro-rosa/cancer-mama.asp.

Tratamentos e cuidados

O tratamento do câncer de mama varia e depende do tipo e local do tumor, grau de estadiamento (fase que a doença está) e idade e condições gerais da paciente. Atualmente temos diversas opções terapêuticas e podem ser cirurgias, quimioterapia, radioterapia, hormônio terapia e terapia biológica.

 

Fonte:

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama.

Convivendo

Alguns mitos sobre o câncer de mama assustam muitas mulheres sobre o possível desenvolvimento da doença. Confira abaixo as dúvidas mais comuns sobre os riscos.

 

  • Agrotóxicos nos alimentos – não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama;
  • Fumo – Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc.), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro;
  • Uso de antitranspirantes e uso de sutiãs com suporte metálico – correntes disparadas pela internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama;
  • Aborto – ativistas contrários ao aborto disseminaram a ideia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama;
  • Implantes de silicone – implantes de silicone formam cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.

 

Fonte: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Convivendo com câncer de mama

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Cólica

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Cólica

A cólica, também conhecida por dismenorreia, é o sintoma mais natural e comum que acompanha a menstruação. Juntamente com a tensão pré-menstrual, é uma das principais queixas das mulheres.

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A cólica, também conhecida por dismenorreia, é o sintoma mais natural e comum que acompanha a menstruação. Juntamente com a tensão pré-menstrual, é uma das principais queixas das mulheres.

 

Há dois tipos de cólica: a primária, que existe desde a menarca (nome dado à primeira menstruação) juntamente com o início dos ciclos ovulatórios; e a secundária, que surge após um período sem dor.

 

A cólica primária é de natureza desconhecida e inata ao organismo feminino. Já a cólica secundária pode ser provocada por doenças como inflamações pélvicas, endometriose e fibromiomas.

 

Não há como prever a duração da cólica, mas geralmente a dismenorreia precede a menstruação por alguns dias e se intensifica com a chegada do fluxo menstrual.

 

Fonte:

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Dismenorréia. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.63. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.

Colica
Sintomas

Os principais sintomas que acompanham a cólica são:

 

  • Enjoos;
  • Diarreia;
  • Vômitos;
  • Cansaço;
  • Dor de cabeça;
  • Nervosismo;
  • Vertigem e desmaios.

 

Nas cólicas secundárias, os sintomas aparecem após algum tempo de uma doença orgânica ou de algum fato específico. As causas mais comuns da dismenorreia secundária são: endometriose, alteração nos ovários e/ou útero, uso de DIU, miomas, doença inflamatória pélvica, má formações uterinas e hímen não perfurado (que não permite a saída do fluxo menstrual).

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Diagnóstico

Para as sortudas ela nem dá as caras, para outras se trata apenas de um pequeno incômodo, já para algumas ela é uma verdadeira tortura. A cólica menstrual ou dismenorreia é uma dor na região pélvica que aparece um pouco antes ou junto com a menstruação e pode variar de intensidade. Em alguns casos ela pode ser tão forte que incapacita as mulheres de seguir com suas rotinas, podendo causar até mesmo transtornos gastrointestinais e cefaleia.

 

Nesses casos mais severos é preciso procurar um ginecologista para que, através de exames clínicos e laboratoriais, possa realizar um diagnóstico correto sobre o motivo das fortes dores. Cólicas sem causa patológica, ou seja, que são exclusivamente provocadas pelas contrações uterinas normais do período menstrual, têm início de 6 a 12 meses após a primeira menstruação e ocorrem de 8 a 72 horas do início do fluxo sanguíneo e são diagnosticadas através do exame clínico em consultório e conversa com a paciente. Quando a dor é muito intensa e foge dos padrões de duração anteriormente mencionados é preciso realizar alguns exames como ultrassonografia pélvica ou transvaginal, tomografia computadorizada ou bacterioscopia da secreção vaginal para investigar possíveis patologias como inflamações do colo do útero, miomas, endometriose, entre outras.

 

Procurar ajuda médica quando as cólicas menstruais passam de um simples incômodo para um problema que afeta sua rotina é o primeiro passo para obter um diagnóstico. As dores muitas vezes escondem problemas que podem até mesmo afetar a fertilidade feminina, mas que quando diagnosticados precocemente são resolvidos com o uso de medicamentos ou intervenções cirúrgicas simples.

 

Fonte:

FEBRASGO; Endometriose. Disponível em: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13162/material/Manual%20Endometriose%202015.pdf. Acesso em Novembro/20.

UNASUS/UNIFESP-SP; Dismenorreia. Disponível em: http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Amelia/Complexo_05_Amelia_Dismenorreia.pdf. Acesso em Novembro/20.

Exames

A cólica menstrual é um dos motivos mais frequentes de visitas aos consultórios ginecológicos. Conhecida também como dismenorreia, ela consiste na dor pélvica antes ou durante a menstruação que atinge cerca de 90% das mulheres em idade reprodutiva, sendo que 10% dessas sentem dores incapacitantes.

 

A cólica pode coincidir apenas com o ciclo menstrual ou estar associada a alguma enfermidade orgânica. Doenças como adenomiose, inflamação pélvica e endometriose podem estar diretamente relacionadas às fortes dores que podem até mesmo causar náuseas, vômitos, cefaleia e vertigens.

 

Para detectar a causa desse incômodo é possível que o ginecologista realize o exame físico geral e ginecológico buscando identificar uma possível causa orgânica da dor por meio da avaliação do colo, presença de hérnia, sinais de herpes, corrimentos, inflamação do colo uterino, vaginite ou uretrite (inflamação da uretra).

 

Caso haja suspeita de alguma causa orgânica o médico poderá solicitar exames complementares que podem variar de exames de sangue e urina até exames de imagem, podendo, inclusive ser necessária a realização de laparoscopia, procedimento cirúrgico que serve para entre outras coisas pesquisar e tratar a endometriose.

 

Fonte:

UNASUS/UNIFESP-SP; Desmenorreia. Disponível em: 
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Amelia/Complexo_05_Amelia_Dismenorreia.pdf. Acesso em 13/03/2018.

Prevenção

As tão indesejadas cólicas menstruais que insistem em visitar todos os meses grande parte das mulheres em idade fértil não precisam ser um transtorno eterno. Caso as fortes dores não tenham nenhuma causa orgânica ou patológica, algumas atitudes e mudanças de hábitos podem te ajudar a passar pelo período menstrual sem sofrimento.

 

É possível prevenir ou amenizar as cólicas menstruais ao longo de todo o mês. Manter uma alimentação saudável e equilibrada, ingerindo todos os nutrientes necessários e sem pular refeições auxilia a saúde como um todo. Praticar exercícios físicos com frequência também colabora para a redução do fluxo menstrual e de possíveis processos inflamatórios graças à liberação da endorfina, o hormônio que gera a sensação de satisfação.

 

Uma técnica antiga, simples e eficiente é colocar uma bolsa de água quente na região pélvica quando a cólica começar a dar sinais de que está vindo, pois o calor dilata os vasos sanguíneos, relaxando e diminuindo a dor.

 

Procure estar atenta aos sinais do seu corpo, ele é a sua casa e conhecer onde você vive e o que pode provocar alguma dor é essencial para evitar tais comportamentos e viver melhor. Se as cólicas menstruais persistirem e se mostrarem severas procure seu ginecologista, apenas um especialista pode diagnosticar a causa dor e receitar o melhor tratamento.

 

Fonte:

UNASUS/UNIFESP-SP; Dismenorreia. Disponível em: 
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Amelia/Complexo_05_Amelia_Dismenorreia.pdf. Acesso em 13/03/2018.

Tratamentos e cuidados

Por ser um mal que atinge grande parte das mulheres em idade fértil, a cólica menstrual é uma dor na região pélvica que é provocada pela liberação da prostaglandina, substância que faz com que o útero se contraia para a eliminação da sua camada interna em forma de sangramento. As fortes dores podem ter como causa o ciclo menstrual ou patologias do aparelho reprodutivo, como miomas, tumores ou endometriose.

 

Quando as dores severas passam a ser rotina na vida de uma mulher, é preciso procurar um ginecologista para investigar o motivo desse incômodo, estabelecendo o diagnóstico correto por meio de exames clínicos e laboratoriais para iniciar o tratamento.

 

Se o motivo da dor é apenas reflexo dos hormônios do período menstrual, o melhor tratamento consiste em praticar exercícios físicos para a liberação de endorfina e relaxamento do corpo, ingestão e alimentos ricos em fibra e a aplicação de bolsas de água quente já são suficientes para aliviar as dores. Mas, se a for causada por alguma patologia, é necessário tomar a ingestão de medicamentos de acordo com orientação médica.

 

Para saber o tratamento ideal para a cólica menstrual procure um médico ginecologista para que ele possa fazer o diagnóstico correto e iniciar o melhor tratamento para você.

 

Fonte:

UNASUS/UNIFESP-SP; Desmenorreia. Disponível em: 
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Amelia/Complexo_05_Amelia_Dismenorreia.pdf. Acesso em 13/03/2018.

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Síndrome da tensão pré-menstrual – TPM

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Síndrome da tensão pré-menstrual – TPM

A TPM é o período que precede a menstruação. Durante esse período, podem aparecer sintomas psicológicos e físicos, que podem desaparecer no primeiro dia do fluxo menstrual e, em algumas mulheres, somente com o fim do fluxo.

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A TPM é o período que precede a menstruação. Durante esse período, podem aparecer sintomas psicológicos e físicos, que podem desaparecer no primeiro dia do fluxo menstrual e, em algumas mulheres, somente com o fim do fluxo. Continue a leitura para saber quais são e como tratar.

 

A principal causa da TPM é a alteração hormonal durante o período menstrual, que interfere no sistema nervoso central. Parece existir uma conexão entre os hormônios sexuais femininos, as endorfinas (substâncias naturais ligadas à sensação de prazer) e os neurotransmissores, tais como a serotonina.

SINTOMAS DA TPM

Os sintomas da TPM podem ser físicos ou emocionais. Os principais sintomas da TPM incluem:

 

Sintomas Emocionais:

 

  • Depressão;
  • Tristeza e vontade de chorar;
  • Irritabilidade;
  • Ansiedade;
  • Insônia;
  • Fome em excesso ou falta de apetite;
  • Sonolência;
  • Dificuldade de concentração;
  • Cansaço.

 

Sintomas Físicos:

 

  • Dor de cabeça;
  • Fome em excesso ou falta de apetite;
  • Sonolência;
  • Acne;
  • Aumento de peso;
  • Inchaço nas mamas;
  • Dores osteomusculares;
  • Distensão abdominal.

 

Para caracterizar a TPM não é necessária a ocorrência de todos esses sintomas, que devem desaparecer com o fluxo.

DIAGNÓSTICO DA TPM

Todos os meses, a tensão pré-menstrual atrapalha a vida pessoal e profissional de diversas mulheres em todo o mundo. Em geral, os sinais da TPM aparecem na metade do ciclo menstrual e desaparecem em até dois dias após o início da menstruação.

 

Tempo de diagnóstico – costuma ser demorado, principalmente pela falta de exames que comprovem a existência da tensão pré-menstrual. As mulheres que têm sintomas mais severos passam por diversos médicos e demoram anos para serem diagnosticadas com a TPM.

 

Ajuda médica – outra questão é que a maioria das mulheres que têm sintomas intensos de tensão pré-menstrual não procuram ajuda médica por acreditarem que eles são normais ou que o médico não dará importância para a queixa.

 

Apesar de não ter diagnóstico e tratamento específicos, a TPM pode ser caracterizada por um quadro de sintomas que podem ser amenizados por meio do tratamento correto. Se você passa por esse sofrimento todos os meses, não espere pela sua próxima menstruação, procure o quanto antes um ginecologista e explique seu problema para iniciar o melhor tratamento para o seu caso. A TPM tem tratamento!

TRATAMENTOS E CUIDADOS DA TPM

Pílula anticoncepcional – como a TPM está ligada à ovulação, muitas mulheres podem se beneficiar do uso da pílula anticoncepcional, que suspende a menstruação.

 

Antidepressivos – em casos graves de síndrome disfórica pré-menstrual, é necessária uma medicação mais específica. Atualmente, os medicamentos com melhores resultados são os antidepressivos. Eles têm melhorado muito a qualidade de vida das mulheres com a disfunção.

 

Vitaminas, minerais e ácidos – embora não haja comprovação científica, resultados de tratamentos com a vitamina B6 (piridoxina), a vitamina E, o cálcio e o magnésio mostram que essas substâncias podem melhorar os sintomas. O mesmo acontece com o ácido gama linoleico, que é um ácido graxo essencial presente no óleo de prímula.

 

Nunca se automedique, isso pode causar outros problemas e até agravar ou mascarar sinais e sintomas. Somente o médico pode indicar o melhor tratamento para o seu caso.

CONVIVENDO COM A TPM

Para muitas mulheres, a TPM pode atrapalhar as tarefas diárias, sejam profissionais ou pessoais. Veja algumas dicas para amenizar os sintomas da TPM:

 

  • Realize atividades que proporcionem bem-estar – como passear no parque ou ter um hobbie;
  • Faça exercícios físicos – uma caminhada, andar de bicicleta, nadar ou jogar tênis são alguns exemplos que podem ajudar a reduzir a tensão e a melhorar a autoestima;
  • Controle sua agenda – evite agendar compromissos importantes nos dias que antecedem a sua menstruação;
  • Cuide de seu corpo – faça isso mesmo que você não vá sair de casa, pois ajuda a elevar a autoestima;
  • Afaste os pensamentos negativos – seja otimista e mentalize coisas boas;
  • Tenha uma alimentação balanceada – coma verduras, frutas e legumes e evite alimentos muito industrializados e fritos;
  • Diminua o sal – ele ajuda a desencadear os inchaços, pois contribui para a retenção de líquidos;
  • Redobre os cuidados com a pele – o aumento de oleosidade da pele e surgimento de acne está relacionado com esse período;
  • Evite o consumo excessivo de carboidratos e açúcares – como doces, chocolates e amendoim.

 

Referências

 

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Sangramento Uterino Anormal

O Sangramento Uterino Anormal (SUA) por ser um sangramento com características diferentes da menstruação atualmente é definido como a perda excessiva de sangue menstrual, que interfere na qualidade de vida física, social, emocional e/ou material da mulher (ref: HMB.

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Sangramento Uterino Anormal

O Sangramento Uterino Anormal (SUA), por ser um sangramento com características diferentes da menstruação, atualmente é definido como a perda excessiva de sangue menstrual, que interfere na qualidade de vida física, social, emocional e/ou material da mulher (ref: HMB. Nice Clinical Guidelines 44).

 

Ocorre em 30% mulheres anualmente e são responsáveis por cerca de 20% das consultas ginecológicas.

 

No entanto, apesar de tão frequente, muitas mulheres que sofrem com o SUA não consideram suas menstruações anormais, 59% das mulheres diagnosticadas com SUA consideravam suas menstruações normais e 41% delas acham que não existe tratamento disponível. (Bitzer J, Serrani M, Lahav A. Women’s attitudes towards heavy menstrual bleeding, and their impact on quality of life. Open Access J Contracep. 2013;4:21-28.).

 

O referido sangramento pode ocorrer em qualquer idade entre a menarca (primeira menstruação) e menopausa (última menstruação), sendo mais frequentes próximos a estes extremos da vida reprodutiva da mulher, logo após a menarca e na perimenopausa.

 

O SUA interfere na qualidade de vida e bem-estar físico, emocional ou social da mulher E ainda pode vir acompanhado de outros sintomas. Um estudo realizado com mais de 6.000 mulheres demonstrou que:

 

• 83% consideram que o sangramento excessivo impacta em suas atividades diárias
• 75% disseram que sua menstruação era um grande inconveniente para suas vidas
• 68% evitam atividades sociais quando a menstruação é intensa
• 91% se consideram limitadas em sua capacidade de realizar atividades esportivas
• 80% acham que o sangramento atrapalha seu trabalho
• 82% consideram que o sangramento atrapalha seu relacionamento amoroso

 

Vale lembrar que as mulheres com problemas de obesidade ou as que tem histórico familiar de sangramento excessivo, fazem parte do grupo de risco para a SUA.

 

Existem diversos tratamentos para o sangramento uterino anormal, que podem ser medicamentosos ou cirúrgicos, a depender da intensidade do sangramento, da característica aguda ou crônica e da condição individual de cada mulher. Algumas opções terapêuticas para interromper a hemorragia menstrual são os anticoncepcionais orais, uso de DIU hormonal ou DIU Hormonal, medicações que ajudam na coagulação do sangue, além do ferro e ácido fólico associados.
A fim de investigar a presença de sangramento menstrual abundante, 12 médicos especialistas em sangramento uterino anormal do mundo todo (grupo HELP) se reuniram e criaram perguntas que dão sinais indicativos da condição:

 

• Você precisa trocar seu absorvente durante a noite ou acordar durante a noite para trocar a proteção?
• Durante os dias mais intensos, já teve sangramento que extravasou um tampão ou absorvente em menos de 2 horas?
• Você expele grandes coágulos sanguíneos durante o período menstrual?
• Você já sentiu sensação de desmaio ou falta de ar durante o período menstrual?
• Você tem de organizar suas atividades sociais em torno do seu sangramento menstrual?
• Você está preocupada em ter acidentes relacionados ao seu sangramento?

Caso responda “SIM” para alguma das perguntas acima ou suspeite que sua qualidade de vida esteja sendo afetada pelo excesso de sangramento uterino, procure seu ginecologista, pois somente ele poderá avaliar o caso e orientar quanto ao melhor tratamento.

 

Fontes:
Silva Filho AL, Rocha ALL, Ferreira MCF, et al. Sangramento uterino anormal: proposta de abordagem do Grupo Heavy Menstrual Bleeding: Evidence-Based Learning for Best Practice (HELP)*. Femina. 2015; ago 43(4):161-166.

Nice Clinical guideline 44. Heavy menstrual Bleeding. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg44/resources/heavy-menstrual-bleeding-assessment-and-management-975447024325, acessado em 09/01/17

Bitzer J, Serrani M, Lahav A. Women’s attitudes towards heavy menstrual bleeding, and their impact on quality of life. Open Access J Contraception. 2013;4:21–28.

Guia Prático de Condutas – Tratamento do Sangramento Uterino Anormal (Menorragia) – FEBRASGO 2014

Sangramento uterino anormal – FEBRASGO

Site Tua Saúde – Dra. Sheila Sedicias – https://www.tuasaude.com/como-tratar-a-hemorragia-menstrual/

Site CCM (sangramento menstrual excessivo) – http://saude.ccm.net/faq/3234-causas-do-sangramento-menstrual-excessivo

*O HELP é um grupo formado por 12 médicos independentes que conta com o apoio da Bayer. São eles: Agnaldo Lopes da Silva Filho (Brasil), Alessandro Gambera (Itália), Benjamin Rösing (Alemanha), Jelena Andrejeva (Rússia), Joaquin Calaf (Espanha), Juan Acuna (Colômbia), Marc-Yvon Arsenault (Canadá), Qinjie Tian (China), Sarah Gray (Reino Unido), Silvia Ciarmatori (Argentina), SiHyun Cho (Coreia do Sul), Suresh Kumarasamy (Malásia).

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