Cuidados e pontos de atenção durante a época de festas
Para muitas, as festas de final de ano muitas vezes vêm acompanhadas de celebrações e momentos de descontração, quando o consumo de álcool pode se tornar mais frequente. A interação das bebidas alcoólicas com algumas medicações já é conhecida e não recomendada. Será que isso se confirma para o uso de métodos contraceptivos também?
Álcool e pílula anticoncepcional: uma combinação a ser evitada
A interação entre o consumo de álcool e a pílula anticoncepcional é uma preocupação frequente. Estudos indicam que o álcool pode afetar a metabolização dos hormônios presentes na pílula. Isso significa que o fígado, que processa tanto os hormônios contraceptivos quanto o álcool, pode priorizar a quebra do álcool, reduzindo a eficácia da pílula.1
É importante destacar que o impacto do álcool na pílula anticoncepcional pode variar de pessoa para pessoa e depender de fatores individuais, como a quantidade de álcool consumida e a frequência do consumo.
Implante e injeção hormonal: considerações
Quanto ao implante subcutâneo e a injeção hormonal, não há evidências científicas sólidas que indiquem uma interação direta entre o álcool e a eficácia desses métodos. Entretanto, é crucial lembrar que o álcool pode comprometer o julgamento e a memória, o que pode influenciar a consistência na administração desses métodos.2
DIU: uma opção contraceptiva segura em relação ao álcool
Ao contrário de alguns métodos hormonais, o DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, é uma opção contraceptiva que não é afetada pelo consumo de álcool.2
O DIU é inserido diretamente no útero, atuando localmente para prevenir a gravidez. Como sua eficácia não está vinculada a processos metabólicos no fígado, o consumo de álcool não impacta a capacidade do DIU em evitar gestações não planejadas.3
Considerações para todas as datas do ano
Ao fazer escolhas conscientes e considerar as particularidades de cada método contraceptivo, é sempre importante levar em consideração o seu estilo de vida. Consulte sempre um profissional de saúde para orientações personalizadas.
Referências:
1. Ingersoll KS, Ceperich SD, Nettleman MD, Johnson BA. Risk drinking and contraception effectiveness among college women. Psychol Health. 2008;23(8):965-81. doi: 10.1080/08870440701596569. PMID: 25160922; PMCID: PMC4148693.
2. Newman SD. Association Between Hormonal Birth Control, Substance Use, and Depression. Front Psychiatry. 2022 Feb 8;13:772412. doi: 10.3389/fpsyt.2022.772412. PMID: 35211041; PMCID: PMC8861494.
3. Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16.
PP-KYL-BR-1596-1
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