Que exames devo fazer para diagnosticar endometriose?

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Que exames devo fazer para diagnosticar endometriose?

Saiba como é feito o diagnóstico da endometriose e quais exames ajudam a identificar a doença de forma precisa.

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Que exames devo fazer para diagnosticar endometriose?

O diagnóstico da endometriose é desafiador. Leva-se em média sete anos para confirmar a doença e, em alguns casos, é necessário realizar um procedimento cirúrgico para sua identificação.¹ Por isso, é importante procurar o médico aos primeiros sintomas.

A endometriose  afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o que representa algo em torno de 190 milhões de pacientes.²

São mulheres que enfrentam impactos na saúde física, mental, sexual e em outros aspectos da vida por essa doença que é caracterizada pelo desenvolvimento do tecido interno do útero em outras regiões da pelve, gerando uma inflamação crônica.¹

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O que causa a endometriose?

Não é possível definir de forma precisa quais são as causas que levam as mulheres a desenvolver endometriose, mas acredita-se que fatores genéticos, hormonais e imunológicos estejam envolvidos.¹

Outra possibilidade é quando o fluxo menstrual flui erroneamente para as tubas uterinas e a cavidade abdominal.¹

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Sintomas da endometriose: o que observar?

De 2% a 22% das mulheres com endometriose não têm sintomas e existe ainda uma variedade de sintomas que são confundidos com os de outras doenças ginecológicas.³

Os sintomas de endometriose mais comuns são:¹-3 

  • cólica menstrual intensa;
  • dor pélvica crônica;
  • dor durante as relações sexuais com penetração;
  • alterações intestinais e urinárias;
  • dificuldade para engravidar.

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Que exames são usados para diagnóstico da endometriose?

As etapas do diagnóstico da endometriose passam por uma entrevista médica detalhada e pela realização de exames de imagem não invasivos, especificamente a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética, para identificar as áreas afetadas pela doença.³ No entanto, o método mais preciso e confiável para diagnóstico da endometriose é a laparoscopia.

 

Ultrassonografia transvaginal
Entre as opções não invasivas, a ultrassonografia transvaginal é o exame de escolha para avaliar pacientes que apresentam sintomas suspeitos de endometriose. Costuma ser um procedimento acessível e de baixo custo.³

As imagens conseguem verificar útero e órgãos anexos, a fim de identificar lesões ou espessamentos gerados pelos tecidos inflamados. É possível até mesmo analisar a mobilidade uterina e ovariana em relação às demais estruturas pélvicas, com o objetivo de verificar se há aderências, ou seja, ligações anormais entre órgãos.³

 

Ressonância magnética
A ressonância magnética é um exame adicional no diagnóstico da endometriose, sendo solicitado após a ultrassonografia transvaginal, especialmente em casos mais complexos, como lesões em múltiplas regiões.³

As lesões nos ovários, por exemplo, podem ser melhor definidas por meio desse procedimento.³

 

Cirurgia videolaparoscópica 
Atualmente, o diagnóstico definitivo da endometriose é determinado apenas pela cirurgia minimamente invasiva chamada de videolaparoscopia.3,4


Além de ferramenta diagnóstica, a videolaparoscopia permite a classificação do tipo da doença e a retirada de lesões para biópsia, constituindo-se também em uma forma de tratamento.4

Entre as desvantagens do método estão o alto custo e os riscos envolvidos, por se tratar de uma cirurgia. Neste sentido, é importante iniciar o tratamento dos sintomas já a partir da presunção da doença por meio do diagnóstico clínico e exames de imagem.3
 

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Diagnóstico da endometriose: o que esperar?

A endometriose é uma doença que muitas vezes demora para ser identificada, o que resulta em sofrimento prolongado das mulheres com essa condição, com queda na qualidade de vida e maiores custos em relação aos cuidados com a saúde.5

Por isso, o atendimento às mulheres com suspeita de endometriose deve ser cuidadoso, passando pela análise clínica dos sintomas, exames de imagem adequados e boa comunicação entre paciente e profissionais de saúde para individualizar os cuidados.

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Para lembrar

  • O diagnóstico da endometriose é desafiador, com média de sete anos para a confirmação da doença.¹
  • Embora nem todas as mulheres tenham sintomas, os mais comuns são dores menstrual e pélvica e dificuldade para engravidar.1-3
  • Ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética são opções não invasivas para a identificação das lesões geradas pela endometriose.³
  • A cirurgia minimamente invasiva chamada videolaparoscopia permite o diagnóstico definitivo da doença, além da retirada de lesões.3,5
  • A endometriose afeta a qualidade de vida das pacientes e seu diagnóstico requer acolhimento profissional e individualização.5

 

Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Endometriose [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; [s.d.] [citado 2025 Oct 06]. 

2. World Health Organization. Endometriosis [internet]. Geneva: World Health Organization; 2023 mar 24 [citado 2025 Oct 06].

3. Rosa e Silva JC, Valerio FP, Herren H, et al. Endometriose – aspectos clínicos do diagnóstico ao tratamento [internet]. Femina. 2021;49(3):134-41 [citado 2025 Oct 06].

4. Nácul AP, Spritzer PM. Aspectos atuais do diagnóstico e tratamento da endometriose [internet]. Rev Bras Ginecol Obstet(RBGO). 2010;32(6):298-307 [citado 2025 Oct 06].

5. Dantkale KS, Agrawal M. A comprehensive review of the diagnostic landscape of endometriosis: assessing tools, uncovering strengths, and acknowledging limitations [internet]. Cureus. 2024;16(3):e56978 [citado 2025 Oct 06].

 

Material informativo destinado ao público geral. Em caso de dúvidas, converse com seu médico.

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Quem tem endometriose pode engravidar?

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Quem tem endometriose pode engravidar?

Endometriose e gravidez: saiba os impactos da doença na fertilidade e quais opções de tratamento podem ajudar a realizar o sonho da maternidade.

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Quem tem endometriose pode engravidar?

Quando o assunto é endometriose, logo se pensa em infertilidade, pois são condições associadas. Estudos mostram que cerca de 25% a 50% das mulheres inférteis lidam com a doença.¹ Mas será que mulheres com endometriose conseguem engravidar?

A endometriose  é uma enfermidade ginecológica caracterizada por uma reação inflamatória crônica, em que o tecido que reveste internamente o útero (também chamado de “estroma” ou “glândulas endometriais”) cresce em outras áreas fora do órgão.²

Existem diferentes níveis de gravidade, como a endometriose peritoneal superficial, a ovariana (endometrioma) e a infiltrativa profunda, definidas de acordo com a localização e a profundidade das células uterinas implantadas fora do útero.²

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva sofrem com a endometriose em todo o mundo.³  Estima-se que de 20% a 25% das pacientes sejam assintomáticas, ou seja, não apresentem os sinais típicos da doença.4

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Sintomas da endometriose além da infertilidade

Mais do que a dificuldade para engravidar, a endometriose ainda provoca outros sintomas. São eles:² 

  • cólica menstrual intensa (dismenorreia);
  • dor pélvica crônica;
  • dor durante as relações sexuais com penetração (dispareunia);
  • alterações intestinais e urinárias.

O diagnóstico é realizado por meio da análise clínica dos sintomas e exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética, a fim de verificar a localização e a profundidade das lesões. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de cirurgia por laparoscopia.²

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Como a endometriose afeta a fertilidade

A capacidade de engravidar naturalmente é afetada por diversos fatores relacionados à endometriose:4,5

  • inflamação crônica, que diminui a qualidade dos óvulos e do ambiente uterino;
  • aderências, que podem prender o óvulo e impedir que ele desça pela trompa de Falópio para ser fecundado;
  • desregulação da resposta imunológica, dificultando a fixação do embrião no útero.

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É possível engravidar naturalmente com endometriose?

Sim, mulheres com endometriose podem engravidar naturalmente. Contudo, nos casos em que a doença for considerada moderada ou grave as chances de gravidez sem intervenção médica são menores.5

Quando não há sucesso nas tentativas naturais para engravidar com endometriose, é necessário recorrer ao tratamento da infertilidade .5 Neste sentido, a medicina de reprodução assistida dispõe de diversos tipos de procedimentos. 

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Indução da ovulação

Tem o objetivo de regular o ciclo menstrual, estimulando os ovários a produzirem óvulos. É mais indicada para pacientes jovens com endometriose leve ou mínima.5

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Inseminação artificial

Neste método, são selecionados, em laboratório, os espermatozoides mais saudáveis do homem que, através de um procedimento médico, são inseridos no útero da mulher no momento da ovulação.5

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Fertilização in vitro

A fertilização in vitro ou FIV é indicada para pacientes com endometriose moderada ou severa e para mulheres com endometriose leve ou mínima quando há uma quantidade limitada de espermatozoides.5 Após a estimulação ovariana, os óvulos são coletados em laboratório e fecundados pelos espermatozoides. Em seguida, espera-se que os embriões atinjam um estágio ideal para serem inseridos no útero da paciente.6

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Cirurgia

Outra possibilidade para auxiliar a fertilidade de mulheres com endometriose é a cirurgia para a retirada das lesões, com o objetivo de restabelecer uma anatomia normal da região pélvica.5,7

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Abordagem acolhedora para pacientes com endometriose

A endometriose é uma condição complexa, que afeta não apenas a saúde física, mas também o bem-estar mental e social da paciente. Portanto, é recomendado que a abordagem dos profissionais de saúde seja acolhedora e multidisciplinar.8

O ideal é que a mulher seja acompanhada por um time formado por ginecologista, cirurgião, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo, com o objetivo de receber cuidados individualizados, de acordo com suas condições clínicas e desejos reprodutivos.8

(i)

Para lembrar

  • A endometriose é uma doença inflamatória crônica que impacta negativamente a fertilidade feminina.1,2
  • De 25% a 50% das mulheres inférteis têm endometriose.4
  • Inflamação, alterações anatômicas e resposta imunológica exagerada são alguns dos mecanismos da endometriose que afetam a fertilidade feminina.4,5
  • A mulher com endometriose pode engravidar naturalmente, mas isso se torna mais difícil de acordo com a severidade da doença.5
  • Quando a gravidez não ocorre de forma natural, é possível utilizar métodos de reprodução assistida, como inseminação artificial e fertilização in vitro.5,7
  • A abordagem multidisciplinar e acolhedora é essencial para o bem-estar físico, mental e social das pacientes com endometriose.8

 

Referências:
1. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Endometriose [Iinternet]. São Paulo: FEBRASGO; 2021 [citado 2025 Oct 02]. (Protocolos FEBRASGO-Ginecologia, n. 78/Comissão Nacional Especializada em Endometriose). 

2. Brasil. Ministério da Saúde. Endometriose. [citado 2025 Oct 02].

3. World Health Organization. Endometriosis [internet]. Geneva: World Health Organization; 2023 mar 24 [citado 2025 Oct 02].

4. Bulletti C, Coccia ME, Battistoni S, Borini A. Endometriosis and infertility. J Assist Reprod Genet. 2010;27(8):441–7.

5. Endometriosis UK. Endometriosis, fertility and pregnancy [internet]. London: Endometriosis UK; 2023 Feb [citado 2025 Oct 02].

6. In vitro fertilizarion (IVF) [internet]. Mayo Clinic. [cited 2025 Oct 02].

7. Navarro PAAS, Barcelos IDS, Rosa e Silva JC. Tratamento da endometriose. Rev Bras Ginecol Obstet. 2006;28(10):612-23.

8. Nunes BCM, Pinheiro MCM, Andrade MCA, et al. Abordagem multidisciplinar no manejo da endometriose: desafios no diagnóstico e tratamento. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences. 2025;7(2):213-22.

 

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Endometriose e atividade física: impactos na dor e qualidade de vida

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Endometriose e atividade física: impactos na dor e qualidade de vida

Descubra como a atividade física pode contribuir para o manejo da endometriose, reduzindo a dor e melhorando a qualidade de vida de forma complementar.

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Endometriose e atividade física: impactos na dor e qualidade de vida

A endometriose é uma doença crônica que pode gerar dor pélvica intensa e reduzir a qualidade de vida. Estudos sugerem que a atividade física pode atuar como estratégia não farmacológica complementar, trazendo benefícios físicos e emocionais para mulheres com esta condição.1-3

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O que é endometriose e por que ela causa tanto impacto

A endometriose  é caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, levando à inflamação crônica, dor pélvica, dismenorreia e até infertilidade.1-3 Essa condição afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e pode comprometer significativamente a qualidade de vida.2,3

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Atividade física promove qualidade de vida

A prática regular de atividade física tem sido investigada como uma estratégia sem medicamentos que auxilia no manejo da endometriose. As evidências sugerem que o exercício pode reduzir a dor pélvica, melhorar a função física e a qualidade de vida, embora os resultados ainda sejam diferentes entre si e sem padronização de método.1-3

Além do efeito anti-inflamatório, a prática regular de atividade física parece atuar em múltiplos mecanismos da doença:2,3

  • libera endorfina, hormônio natural que promove sensação de bem-estar e alívio de dores;
  • melhora a circulação sanguínea;
  • reduz níveis de estrogênio biodisponível, podendo ter um efeito anti-inflamatório.

(i)

Tipos de exercícios mais estudados para endometriose

Estudos destacam os benefícios de atividades aeróbicas, como caminhada e corrida leve, associadas à redução da dor pélvica. Exercícios de alongamento, yoga e modalidades anaeróbicas também apresentaram efeitos positivos em alguns casos. No entanto, ainda não há consenso sobre intensidade e duração ideais.2

({*})

Limitações da evidência

Mesmo com resultados animadores, o número de estudos e evidências ainda é pequeno. Por isso, não se pode afirmar quais protocolos de exercício são mais eficazes. A prática deve ser orientada por profissional de saúde e integrada ao tratamento médico.1-3

({!})

Para lembrar

  • A endometriose é uma doença crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade fértil.2,3
  • A atividade física pode ajudar a reduzir a dor pélvica e melhorar a qualidade de vida das mulheres com endometriose.1-3
  • Os benefícios dos exercícios incluem liberação de endorfinas, melhora da circulação e redução de processos inflamatórios.2,3
  • Exercícios aeróbicos, yoga e alongamento mostram benefícios para pacientes com endometriose, mas não há consenso sobre protocolos ideais.2
  • As evidências ainda são limitadas, por isso a prática de exercícios deve apenas complementar o tratamento médico.1-3

 

Referências:
1. Gomes FBF, Reis SKB, Mattos MFDC, et al. The effects of physical activity on endometriosis: a literature review. Braz J Health Rev. 2024;7(3):01-13.

2. Brito RS, Coldebella CR, Oliveira ACC, Amaral LP. Endometriosis and physical exercises: a systematic review. Archives of Health. 2024;5(3):01-08.

3. Bonocher CM, Montenegro ML, Rosa e Silva JC, et al. Endometriosis and physical exercises: a systematic review. Reprod Biol Endocrinol. 2014;12:4.

 

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Endometriose e alimentação: o que ajuda ou deve ser evitado

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Endometriose e alimentação: o que ajuda ou deve ser evitado

Como a alimentação pode ajudar a aliviar os sintomas de endometriose? Veja quais alimentos incluir ou reduzir na dieta para diminuir a inflamação e a dor.

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A endometriose é uma doença inflamatória crônica que causa dor e pode afetar a fertilidade.1-4 Neste artigo, saiba o que é endometriose, como a alimentação pode aliviar os sintomas e como utilizar os alimentos para controlar a inflamação.4

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O que é endometriose?

A endometriose  ocorre quando um tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, provocando inflamação crônica e dor pélvica, o que pode impactar a fertilidade.1-3 Estima-se que a doença afete de 5% a 15% das mulheres.¹ O diagnóstico e o tratamento devem ser individualizados e definidos por meio do acompanhamento médico ginecológico.

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Alimentação e inflamação: o que se sabe

Não existe uma “dieta para endometriose” única, mas evidências sugerem que padrões alimentares anti-inflamatórios podem reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida.4                                                                        

Pesquisas apontam que a dieta pode influenciar o risco do desenvolvimento da doença. Comer verduras, frutas, peixes e laticínios com pouca gordura pode ajudar na prevenção, enquanto o consumo excessivo de carne vermelha e frituras pode aumentar o risco. No entanto, os estudos sobre a relação entre alimentação e endometriose não são conclusivos e mais pesquisas precisam ser feitas.5

Lembre-se de que manter hábitos saudáveis de alimentação traz benefícios para a saúde como um todo.

(i)

O que você deve incluir no prato

  • Dieta mediterrânea (vegetais, frutas, leguminosas, nozes/sementes, azeite, peixes): está associada à redução de marcadores inflamatórios e de dor em algumas pacientes.6
  • Ômega 3 (peixes gordos como sardinha e salmão; linhaça/chia): estudo sugere que mulheres que consomem mais ômega 3 têm menos probabilidade de serem diagnosticadas com endometriose.7
  • Fibras (grãos integrais, frutas/verduras): seu consumo pode ter efeitos úteis para a prevenção e o tratamento da endometriose.7
  • Laticínios (com pouca gordura): podem se associar a menor risco de endometriose e de ocorrência de sintomas em parte dos estudos.4

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O que reduzir ou evitar na sua alimentação

  • Carnes vermelhas e processadas: o maior consumo desses alimentos associou-se a risco aumentado de endometriose em coorte prospectiva.8
  • Cafeína: estudos indicam risco aumentado de endometriose em mulheres que relataram consumo de café em qualquer ocasião em comparação com o consumo inexistente ou infrequente.5

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Suplementos: usar com cautela

  • Vitamina D e antioxidantes (vitaminas C e E): quando em níveis baixos, estão relacionados a maior risco de endometriose; a suplementação pode reduzir sintomas como a dor pélvica.7

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Sintomas intestinais: considerar dieta low FODMAP

Muitas pacientes com endometriose têm sintomas gastrointestinais e síndrome do intestino irritável (SII). Em mulheres com endometriose e queixas intestinais, um estudo mostrou melhora de dor e distensão abdominal, além de qualidade de vida com a adoção de uma dieta low FODMAP (que restringe o consumo de carboidratos de difícil digestão) supervisionada. A dieta deve ser usada por tempo determinado e acompanhada pelo nutricionista.8

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Alimentação saudável não substitui o tratamento

A nutrição pode ser uma forte aliada no controle dos sintomas da endometriose. Contudo, o acompanhamento clínico e/ou cirúrgico segue diretrizes estabelecidas e deve ser definido pelo ginecologista, de acordo com cada caso.2,3

(i)

Para lembrar

  • A endometriose é uma doença inflamatória que pode causar dor pélvica e infertilidade.1-4
  • Alimentação com padrão mediterrâneo e mais fibras/ômega 3 pode reduzir inflamação e sintomas.4,6,7
  • Reduzir carnes vermelhas e cafeína pode ajudar.5,8
  • A alimentação não substitui as terapias recomendadas por diretrizes médicas. Procure sempre acompanhamento médico.2,3

 

Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Endometriose. Acesso em 15 de setembro de 2025.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose. 12 de julho de 2016. Acesso em 15 de setembro de 2025.

3. Becker CM, Bokor A, Heikinheimo O, et al; ESHRE Endometriosis Guideline Group. ESHRE guideline: endometriosis. Hum Reprod Open. 2022; 2022(2):hoac009.

4. Neri LCL, Quintiero F, Fiorini S, et al. Diet and      endometriosis:      an      umbrella review. Foods. 2025;14(12):2087.

5. Parazzini F, Viganò P, Candiani M, Fedele L. Diet and endometriosis risk: a literature review. Reprod Biomed Online. 2013;26(4):323-36.

6. Cirillo M, Argento FR, Becatti M, et al. Mediterranean diet and oxidative stress: a relationship with pain perception in endometriosis. Int J Mol Sci. 2023;24(19):14601.

7. Barnard ND, Holtz DN, Schmidt N, et al. Nutrition in the prevention and treatment of endometriosis: a review. Front Nutr. 2023;10:1089891.

8. Varney JE, So D, Gibson PR, et al. Clinical trial: effect of a 28‐day low FODMAP diet on gastrointestinal symptoms associated with endometriosis (EndoFOD)—a randomised, controlled crossover feeding study. Aliment Pharmacol Ther. 2025;61(12):1889–1903.

 

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Endometriose

É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.

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É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.

 

Todos os meses, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na menstruação. Uma das teorias para explicar o aparecimento de endometriose é que um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã sofrem com a doença.

 

É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente tem em torno dos 30 anos.

 

A doença afeta hoje cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e há 30% de chance de que fiquem estéreis.

 

Fonte: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

 

Comportamento sexual

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Sintomas

Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade, e 20% apenas infertilidade.

 

Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. Entre os sintomas mais comuns estão:

 

  • Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação;
  • Dor pré-menstrual;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Dor difusa ou crônica na região pélvica;
  • Fadiga crônica e exaustão;
  • Sangramento menstrual intenso ou irregular;
  • Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;
  • Dificuldade para engravidar e infertilidade.

 

A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.

 

Fontes:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Endometriose. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.165-173. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.

 

Comportamento sexual

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Diagnóstico

O diagnóstico em casos de suspeita da endometriose é feito por meio de exame físico, ultrassom (ultrassonografia) endovaginal especializado, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório.

 

Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda. Em alguns casos, o médico ginecologista solicitará uma ressonância nuclear magnética e a colonoscopia.

 

Fonte: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Comportamento sexual

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Exames

A endometriose ainda é uma doença difícil de diagnosticar por meio do exame físico, ou seja, realizado durante a consulta ginecológica de rotina. Dessa forma, os exames de imagem são mais adequados para indicar a possível existência do problema, que será confirmado posteriormente por meio de exames laboratoriais específicos.

 

Entre os exames de imagem que podem sinalizar a endometriose destacam-se:

 

Ultrassonografia transvaginal – Procedimento de menor custo, que permite a identificação de endometriomas, aderências pélvicas e endometriose profunda.

 

Ressonância magnética – Exame mais caro, a ressonância magnética apresenta melhores taxas de sensibilidade e especificidade na avaliação de pacientes com endometrioma e endometriose profunda.

 

Para identificar a existência da endometriose, outros exames complementares ainda podem ser solicitados pelo médico, como a ultrassonografia transretal, a ecoendoscopia retal e a tomografia computadorizada. Após a identificação de alguma alteração, o médico poderá optar por realizar uma biópsia da lesão encontrada, de modo a confirmar o diagnóstico. Essa avaliação será realizada por meio de exames chamados laparoscopia e laparopotomia.

 

Laparoscopia – Permite tanto o diagnóstico como o tratamento da paciente. O procedimento é realizado através de pequenas incisões na barriga, e a introdução de instrumentos telescópicos para a visualização, e se for o caso, para a retirada das lesões. A laparoscopia também permite a coleta de material para avaliação histológica e o tratamento cirúrgico das lesões. O ideal é que seja realizado após o término da fase de avaliação por meio dos métodos de imagem, permitindo que o diagnóstico e o tratamento possam ser feitos de maneira integrada – e evitando, assim, múltiplos procedimentos. A Laparoscopia é mais vantajosa que a Laparotomia, porque envolve um menor tempo de hospitalização, anestesia e recuperação, além de permitir uma melhor visualização dos focos da doença.

 

Laparotomia – É o procedimento tradicional e considerado mais invasivo em comparação à Laparoscopia.  Envolve uma incisão abdominal maior para acessar os órgãos internos, e pode ser indicada pelo médico dependendo das necessidades da paciente.

 

Hoje em dia, no entanto, existem diversos tipos de tratamentos não invasivos, que podem reduzir o número total de procedimentos a que a paciente é submetida. Vale ressaltar que a endometriose é uma doença crônica, e por isso o acompanhamento médico contínuo é fundamental.

 

Fontes:

PASSOS, Eduardo Pandolfi. et al. Videolaparoscopia. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 302-322.

SOUZA, Carlos Augusto B. et al. Endometriose. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158.

UENO, Jogi. Laparoscopia x Laparotomia. Disponível em: http://laparoscopiaginecologica.net.br/2019/05/laparoscopia-x-laparotomia/. Acesso em Novembro/20.

({!})

Prevenção

A endometriose é uma doença benigna, que se caracteriza pela proliferação do tecido chamado endométrio para fora da cavidade uterina, local em que ele normalmente se desenvolve. O crescimento do endométrio faz parte do ciclo reprodutivo da mulher. Ao longo desse período, o tecido cresce, e quando não ocorre gravidez ele é eliminado em forma de menstruação. Entretanto, em algumas mulheres algumas células desse tecido migram no sentido oposto, podendo subir pelas tubas e chegar à cavidade abdominal, multiplicando-se e provocando a endometriose.

 

Não há consenso médico sobre as causas que levam ao desenvolvimento da endometriose, de modo que ainda é difícil falar diretamente em prevenção. Entretanto, diversos estudos sobre as características das mulheres que têm a doença ajudam a medicina a se aproximar de maiores respostas.

 

Enquanto alguns fatores de risco para a endometriose são bem conhecidos, ainda não é claro como determinados comportamentos, tais como o uso de determinados medicamentos, compostos químicos, entre outros fatores, poderiam aumentar ou diminuir as chances de desenvolver a doença.

 

Alguns estudos associam o padrão menstrual à ocorrência de endometriose: pacientes com fluxo mais intenso e mais frequente teriam mais risco de apresentar a doença.

 

A relação entre o uso de pílula anticoncepcional e a endometriose ainda é polêmica: há pesquisadores que encontraram aumento de risco, e outros que indicaram a redução ou ausência de efeito. Como alguns anticoncepcionais orais são utilizados por mulheres que apresentam cólicas menstruais (dismenorreia primária), e a endometriose causa dor pélvica (dismenorreia e dispareunia), a pílula é muitas vezes prescrita para mulheres que têm a doença, sem que se tenha descoberto alguma relação de causa e efeito entre elas.

 

Filhas e irmãs de pacientes com endometriose têm maior risco de também desenvolver o problema. A identificação genética poderia ajudar a entender melhor a doença, mas é ainda difícil saber o quanto os genes realmente são relevantes em relação a outros fatores, como etnia e fatores ambientais.

 

Consumir muito álcool e cafeína são hábitos que têm sido associados ao aumento do risco de endometriose, enquanto fazer atividades físicas parece diminuir as chances da doença.

 

Com um debate científico ainda bastante acalorado sobre as causas da endometriose, o melhor que as pacientes podem fazer para manter a saúde em dia é consultar regularmente o ginecologista. Observar os sintomas e conhecer seu corpo também são atitudes que ajudam a perceber alterações, indicando a necessidade de voltar mais cedo ao consultório.

 

Fontes:

SOUZA, Carlos Augusto B. et al. Endometriose. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158.

VARELLA, Drauzio. Endometriose: entrevista. Disponível em:

http://drauziovarella.com.br/mulher-2/endometriose-3/. Acesso em 19 jul. 2013.

(i)

Tratamentos e Cuidados

Existem dois tipos principais de tratamento para combater as dores da endometriose: medicamentos ou cirurgia. Cada um deles tem suas especificidades, e cabe ao ginecologista avaliar a gravidade da doença em cada caso e recomendar o melhor tratamento. Vale lembrar que, dependendo da situação, ambos os procedimentos são feitos de maneira integrada.

 

  • Tratamento cirúrgico:

 

Nesse procedimento, a endometriose é removida por meio de uma cirurgia chamada laparoscopia. Em alguns casos, é possível eliminar apenas os focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por exemplo. No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os órgãos pélvicos afetados pela enfermidade. Dependendo das condições da doença, é possível recorrer a tratamento por laparoscopia, com laser.

 

Também é possível a realização da videolaparoscopia, que diagnosticará o número de lesões, aderências, a obstrução tubária permitirá tratar a doença.

 

  • Tratamento com medicamentos:

 

Existem diversos medicamentos disponíveis no mercado para a endometriose, como: analgésicos, anti-inflamatórios, análogos de GNRh, danazol e dienogeste.

 

Antes de começar o tratamento, caso a paciente deseje engravidar, poderá ser indicado o encaminhamento para um Centro de Reprodução Humana, pois a melhor alternativa para a mulher que possui endometriose e deseja ter filhos é a fertilização in vitro. Isso porque a presença da endometriose não afeta as taxas de gravidez quando escolhido esse método.

 

É importante compreender que não existe cura permanente para a endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, como favorecer a possibilidade de gravidez e diminuir as lesões endometrióticas.

 

Fonte: Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

({})

Convivendo

Se a doença for detectada logo no início, o tratamento poderá ser instituído precocemente, aumentando a efetividade de alívio dos sintomas. Para isso, a mulher deverá  relatar  ao médico as situações atípicas e quaisquer outros problemas que possam ser sintoma da endometriose.

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Endometriose na adolescência

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Endometriose na adolescência

A endometriose, uma doença ainda desconhecida por muitas mulheres e que pode levar à infertilidade, acomete o aparelho reprodutivo feminino antes mesmo da idade adulta, causando sofrimento desde a adolescência.

  • PP-ANG-BRA-0005-1- 05/11/2018
Endometriose na adolescência

A endometriose, uma doença ainda desconhecida por muitas mulheres e que pode levar à infertilidade, acomete o aparelho reprodutivo feminino antes mesmo da idade adulta, causando sofrimento desde a adolescência. A doença se caracteriza pela presença de tecido do endométrio, camada que reveste o útero e que é expelido durante a menstruação, fora da cavidade uterina. Esse tecido se aloja nos ovários, trompas, peritônio (tecido que reveste o abdômen), podendo atingir até mesmo o intestino, causando fortes dores abdominais.

 

Quando surge na adolescência, a doença é de difícil diagnóstico pois muitos dos sintomas, como as cólicas frequentes, podem ser confundidos com problemas intestinais ou serem considerados normais da fase de vida da adolescente. Muitas meninas que têm endometriose ainda não entraram na idade reprodutiva e não iniciaram sua vida sexual, portanto, não apresentam sintomas da doença que se manisfestam nessa fase como dor durante as relações sexuais e dificuldade para engravidar, o que pode dificultar ainda mais o diagnóstico.

 

Diversos estudos sobre o tema revelam que de 50% a 70% das meninas que sofrem com fortes cólicas e que não apresentam melhoras dos sintomas após uso de anti-inflamatórios ou contraceptivos orais (pílulas), ao fazer o exame de laparoscopia, são diagnosticadas com endometriose.

 

Endometriose na adolescência

Os sintomas mais comuns da endometriose em adolescentes são dores abdominais periódicas ou constantes, dor na relação sexual, fortes cólicas menstruais, problemas intestinais e até mesmo desconforto ao urinar. Segundo dados da Endometriosis Association, cerca de 66% das pacientes adultas com a doença, começaram a sentir os sintomas antes dos 20 anos. Estudos comprovam que é importante realizar uma investigação adequada, já que entre o início dos sintomas e a confirmação da doença em adolescentes pode decorrer até 12 anos, tempo suficiente para comprometer a fertilidade da paciente.

 

O tratamento para a endometriose é feito por métodos cirúrgicos ou medicamentosos. para adolescentes o melhor tratamento deve ser avaliado caso a caso pelo ginecologista. Atualmente, tratamentos inovadores têm sido desenvolvidos visando garantir a qualidade de vida das mulheres e preservar sua fertilidade.

 

Fonte:

SEPULCRI, Rodrigo de Pinho; AMARAL, Vivian Ferreira do. Endometriose pélvica em adolescentes: novas perspectivas. Disponível em: . Acesso em 17 de março de 2014.

CORRÊA, Frederico José Silva. Endometriose na Adolescência. Disponível em: . Acesso em 17 de março de 2014.

CARDOSO, Érica de Souza; ANSELMO, Neriane Magalhães; MIGUEL, Katia Jacqueline; SILVA, Alessandra Bonacini Cheraim Silva. Disponível em . Acesso em 17 de março de 2014.

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A recuperação após a cirurgia de videolaparoscopia

A videolaparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva e pode ser indicada para mulheres que sofrem de endometriose, doença caracterizada pela presença do endométrio - camada que reveste o útero e é eliminada na menstruação -fora da cavidade uterina, prejudicando o funcionamento do sistema reprodutor feminino e de outros órgãos.

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A recuperação após a cirurgia de videolaparoscopia

A videolaparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva e pode ser indicada para mulheres que sofrem de endometriose, doença caracterizada pela presença do endométrio – camada que reveste o útero e é eliminada na menstruação -fora da cavidade uterina, prejudicando o funcionamento do sistema reprodutor feminino e de outros órgãos. Essa intervenção cirúrgica pode ser realizada em pacientes nas quais o tratamento hormonal convencional não promoveu melhora de sintomas de maneira efetiva. Ela também pode ser realizada para identificar e eliminar os focos de endometriose, reduzindo sintomas e aumentando a chance de engravidar, além de preservar orgãos que podem ser danificados com a progressão da doença.

 

O procedimento é realizado por meio de pequenas incisões na região abdominal, onde é inserido o aparelho com uma câmera que guiará o médico durante a cirurgia, que consiste em cauterizar os tecidos danificados e retirar as aderências do endométrio ocasionadas pela endometriose. Em casos mais graves, quando a vida da paciente corre risco, é preciso retirar órgãos que tenham sido danificados pelas aderências, como ovários, útero, bexiga e partes do intestino.

 

Embora seja um procedimento minimamente invasivo e geralmente com menor duração que a cirurgia convencional, deve ser realizado em ambiente hospitalar sob anestesia geral. A alta costuma ser dada após 24 horas.

 

videolaparoscopia

A recuperação da videolaparoscopia pode variar de 1 semana a 30 dias. Durante esse período, a mulher deve evitar esforços físicos como: exercícios físicos, atividades domésticas, ter relações sexuais, dirigir e trabalhar. É permitido somente alternar o repouso com caminhadas curtas e leves, que podem ser benéficas para a eliminação de gases que se acumulam na região abdominal após esse tipo de cirurgia e que também auxiliam na circulação sanguínea, fundamental para a recuperação e bom funcionamento dos tecidos afetados pelo procedimento.

 

Mesmo se tratando de uma cirurgia minimamente invasiva, sem a necessidade de grandes incisões, ela extrai tecidos e aderências em órgãos e, por esse motivo, o repouso para cicatrização correta dos tecidos é essencial para que os resultados esperados sejam atingidos e que a saúde da paciente seja preservada. Grande parte das complicações decorrentes desse tipo de operação é provocada pela falta de repouso, que pode prejudicar a recuperação da paciente.

 

Ao realizar esse procedimento, converse com seu médico sobre todos as detalhes da cicatrização e a necessidade de repouso. O sucesso da sua cirurgia também depende de você.

 

Fontes:

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; Cartilha sobre Endometriose. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manuais_Novos/Manual_Endometriose_Bayer.pdf. Acesso em 30 de janeiro de 2015.

PROJETI DIRETRIZES – FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; Endometriose: Tratamento Cirúrgico. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/128-endometriose-profunda-e-infertilidade. Acesso em 30 de janeiro de 2015.

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