Mitos e verdades sobre este método contraceptivo

 

Aqui e lá fora, vira e mexe aparecem nas redes sociais fotos de bebês que nasceram segurando o DIU (Dispositivo Intrauterino) na mão. Sempre que aparecem, esss imagens renovam o debate sobre a eficácia do DIU como método contraceptivo. Para não deixar dúvidas, apresentamos um guia sobre como o DIU, um importante aliado no planejamento familiar, atua no organismo. Spoiler: ele continua tendo eficácia superior a 99%. 4

 

Como o DIU Funciona?

 

O DIU é um pequeno dispositivo, geralmente em forma de T, que é inserido no útero para prevenir a gravidez1. Existem dois tipos de DIU:

 

DIU de cobre, que libera íons de cobre que são tóxicos para espermatozoides e ovócitos, impedindo a fertilização2. Ele também provoca uma inflamação no endométrio, impedindo a implantação do óvulo fertilizado2.

 

DIU hormonal, que libera gradualmente um hormônio que afina a parede do útero e engrossa o muco cervical, bloqueando a passagem de espermatozoides, e alterando o revestimento do útero para prevenir a implantação de um óvulo fertilizado3

 

Sangramento Uterino Anormal
Eficácia do DIU

 

O DIU é um dos métodos contraceptivos mais eficazes disponíveis, com uma taxa de sucesso superior a 99%4. A possibilidade de falha é extremamente rara, mas pode ocorrer, especialmente se o DIU se mover ou for expulso do útero sem que a pessoa perceba4.

 

Contextualizando as exceções

 

Ao contextualizar as imagens que viralizaram de bebês com DIUs na mão é importante destacar que essas situações são muito raras, mesmo porque engravidar usando o DIU é também exceção. O DIU mantém uma taxa de sucesso elevada e é uma opção segura e confiável de contracepção para a grande maioria das mulheres4, superior até mesmo a laqueadura.

 

Por isso, é aconselhável sempre buscar orientação médica e informação de qualidade, principalmente no que se refere a prevenção da gravidez e ao planejamento familiar.

 

Cuidados com o que viraliza nas redes

 

Os buzz recorrentes nas redes sociais sobre o DIU propiciam uma oportunidade valiosa para disseminar informações corretas e dissipar mitos sobre este método contraceptivo. É importante considerar a eficácia comprovada do DIU, ao invés de focar em casos raros e atípicos. Cabe a cada mulher, em consulta com quem cuida da sua saúde reprodutiva, avaliar quais entre os métodos contraceptivos disponíveis mais se adequam ao seu perfil, necessidades e projetos de vida.

 

De qualquer forma, não existe a possibilidade de um bebê nascer segurando o DIU, uma vez que existe a bolsa que se forma durante a gestação. Sobre as fotos que eventualmente aparecem nas redes sociais, embora tanto o DIU quanto o feto estejam dentro do útero materno, o bebê está envolvo no saco amniótico, o que o impede de ter qualquer contato com o dispositivo.

 

Fontes:

1. World Health Organization. "Intrauterine devices (IUDs)," WHO, 2019.

2. American College of Obstetricians and Gynecologists. "Long-Acting Reversible Contraception: Implants and Intrauterine Devices," ACOG, 2018.

3. Apter D, Gemzell-Danielsson K, Hauck B, et al. Pharmacokinetics of two low dose levonorgestrel-releasing intrauterine systems and effects on ovulation rate and cervical function: pooled analyses of a phase II and III studies. Fertil Steril. 2014;101(6):16.

4. Centers for Disease Control and Prevention. "Effectiveness of Family Planning Methods," CDC, 2011.

 

PP-KYL-BR-1557-1

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