Nutrição Gestacional

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Nutrição gestacional

A perda ou o excesso de peso nesta fase pode trazer prejuízos tanto para a saúde da criança quanto da mãe – como o desenvolvimento do diabetes gestacional.

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A perda ou o excesso de peso nesta fase pode trazer prejuízos tanto para a saúde da criança quanto da mãe – como o desenvolvimento do diabetes gestacional.

 

Para uma gestação saudável, é importante que se adote uma alimentação equilibrada, pois isso pode evitar problemas sérios, como o diabetes gestacional.

 

A pirâmide abaixo representa como deve ser a alimentação adequada para a gestante e até a amamentação.

A gestação é um momento para fazer escolhas saudáveis, a fim de ganhar somente o peso necessário para o aumento dos tecidos maternos e o desenvolvimento do bebê.

 

Tratamentos e cuidados

 

A gestação não é época para fazer dietas restritivas e nem perder peso. Por outro lado, também não significa comer em excesso, ou “comer por dois”.

 

O ganho de peso adequado no primeiro trimestre da gravidez é de 1,5 a 2,0Kg. A partir desta fase, é recomendado um ganho adicional de 1,5 a 2,0Kg por mês para chegar ao final da gravidez com 7,0 a 15,0Kg a mais, no máximo.

 

Uma forma simples de saber qual deve ser o seu ganho de peso é aplicar a fórmula do Índice de Massa Corporal (IMC) . O IMC leva em conta o peso antes da gravidez:

 

IMC= Peso habitual antes da gestação (kg) / Altura²(m)

 

Convivendo

 

Os nove meses de gestação exigem uma alimentação equilibrada, com todos os grupos alimentares, o que não significa comer exageradamente. Mas, em determinados períodos, o consumo de certos nutrientes deve ser reforçado.

 

Aquela velha história de que se deve comer por dois durante a gestação está ultrapassada. O segredo está na escolha dos nutrientes, que precisam ser consumidos adequadamente em cada fase da gravidez, para garantir a saúde do bebê e da futura mãe.

 

É nesse período, portanto, que a alimentação precisa ser selecionada e muito mais balanceada. É claro que nada substitui o acompanhamento médico e os exames que que devem ser feitos durante o pré-natal.

 

Confira os principais nutrientes a serem consumidos em todas as fases da gestação.

 

Primeiro trimestre

 

Ácido fólico — ou vitamina B9, é o nutriente mais utilizado pelas grávidas e indicado pelos médicos E não é à toa. Sua ingestão previne defeitos na formação do tubo neural do feto (estrutura que dará origem ao cérebro e à medula espinhal). Boa parte dos ginecologistas e obstetras recomenda que a mulher que deseja engravidar já comece a tomar a vitamina B9 pelo menos três meses antes da concepção e continue a sua ingestão no primeiro trimestre de gestação. Os médicos fazem esta recomendação porque níveis adequados de ácido fólico nem sempre são obtidos apenas por meio da alimentação.

 

Segundo trimestre

 

Vitamina C — age na formação do colágeno, que compõe pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem, aumenta a absorção do ferro e fortalece o sistema imunológico.

 

Magnésio — o mineral que favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo.

 

Vitamina B6 — importante para o crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da depressão pós-parto.

 

Ferro — é essencial na produção de hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio pelo sangue. Evita que a mãe ou o bebê tenham anemia.

 

Terceiro trimestre

 

Cálcio — por conta de seu papel na formação óssea do bebê, o mineral é obrigatório na dieta da futura mãe. Sua deficiência pode provocar cáries, cãibras e unhas quebradiças. O cálcio tem outra nobre função: a de auxiliar a produção de leite após o parto. Ele ajuda ainda no processo de coagulação do sangue e na manutenção da pressão sanguínea, dos batimentos cardíacos e das contrações musculares. Mas vale uma dica: evite consumir fontes de ferro e cálcio juntas, como carne e leite, pois um nutriente atrapalha a absorção do outro.

 

Os essenciais

 

Durante os nove meses, além de uma dieta balanceada, os especialistas indicam nutrientes que não podem ficar de fora do cardápio diário para uma gravidez saudável:

 

CARBOIDRATOS – Fornecem energia para o organismo da mulher e o desenvolvimento do bebê. A gestante deve priorizar os carboidratos complexos, encontrados, por exemplo, nos pães e cereais integrais, que são absorvidos mais lentamente.

 

FÓSFORO – Participa, como o cálcio, da formação dos brotos dentários e do esqueleto fetal. Fontes: carnes magras e laticínios;

 

PROTEÍNAS – Responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos da mãe e do bebê. Encontradas nas carnes, nos feijões, leite e derivados;

 

VITAMINA D – Aliada a banhos de sol periódicos, é essencial para a fixação do cálcio nos ossos. Encontrada no leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado;

 

lipídios (GORDURAS) – Promovem a absorção das vitaminas (vitamina A, D E e K) e contêm ácidos graxos essenciais para a formação do sistema nervoso central do feto. Fontes: carnes, leite e derivados, abacate, azeite e salmão, entre outros;

 

NIACINA (VITAMINA B3) – Estimula o desenvolvimento cerebral do feto e transforma glicose em energia. Fontes: verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite e derivados;

 

PIRIDOXINA (VITAMINA B6) – Importante para o crescimento e ganho de peso do feto, principalmente a partir do segundo trimestre da gestação. Ajuda na prevenção da depressão pós-parto. Principais fontes: trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados;

 

TIAMINA (VITAMINA B1) – Favorece, como a niacina, o metabolismo energético materno e fetal, transformando glicose em energia. Fontes: carnes, cereais integrais, frutas, ovos e legumes;

 

VITAMINA A – Auxilia o desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto dentário do feto. Fontes: leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais amarelos.

 

Evite

 

Durante a gestação, o consumo de cafeína (café e chá) deve ser moderado e de preferência feito junto com leite.

 

É recomendável também evitar frituras, gorduras, alimentos com cheiro forte e desagradável, bem como condimentos (ketchup, pimenta, mostarda e picles). Também não se devem beber líquidos durante as refeições, a fim de evitar a distensão do estômago e uma digestão mais lenta.

 

Outros alimentos proibidos são: queijo fresco de leite não pasteurizado (devido ao risco de se contrair brucelose); álcool, pois afeta o desenvolvimento do bebê; comidas que aumentam a formação de gases, como grãos, feijão, repolho, couve-flor e bebidas gaseificadas; carne mal passada (por causa do risco de toxoplasmose); e mariscos e maioneses (devido ao perigo de salmonela).

 

Fontes:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

COLDITZ, Graham A. et al. Weight gain as a risk factor for clinical diabetes mellitus in women. Annals of internal medicine, v. 122, n. 7, p. 481-486, 1995.

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FARAH, Ghaus et al. Niveles de Calcio en los Maxilares de Fetos Humanos.International Journal of Morphology, v. 29, n. 1, p. 268-271, 2011.

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SCHUSTER, Karen; BAILEY, Lynn B.; MAHAN, Charles S. Effect of maternal pyridoxine X HCl supplementation on the vitamin B-6 status of mother and infant and on pregnancy outcome. The Journal of nutrition, v. 114, n. 5, p. 977-988, 1984.

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Pirâmide de como deve ser a alimentação

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Pirâmide de como deve ser a alimentação

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Pirâmide de como deve ser a alimentação

Pirâmide de como deve ser a alimentação

 

Fonte:
Instituto Americano de Medicina e Conselho Nacional Americano de Pesquisa

 

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Fecundação

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Fecundação

Fecundação é a quando o espermatozoide se une ao óvulo e forma o zigoto. Essa formação ocorre no interior das trompas, e o óvulo fecundado em seguida se encaminha na direção do útero.

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fecundação

Fecundação é a quando o espermatozoide se une ao óvulo e forma o zigoto. Essa formação ocorre no interior das trompas, e o óvulo fecundado em seguida se encaminha na direção do útero.

 

O Zigoto se divide em duas células, depois em quatro células, e assim por diante, até formar o blastocisto, que vai se implantar na parede do útero e em algumas semanas dará origem ao embrião, formando um ninho.

 

 

Quando o embrião atinge o útero, é produzido um hormônio chamado Hormônio Coriônico Gonadotrófico (HCG). É esse hormônio que induz o ovário a produzir estrogênio e a progesterona.

 

O estrogênio e progesterona chegam à hipófise “avisando” que a mulher está grávida. Assim, a hipófise para de produzir os hormônios (FSH e LH) que iriam estimular o ovário parar a ovulação, suspendendo o ciclo menstrual. Quando uma mulher está grávida, é o exame desse hormônio que dá certeza da gravidez. Esse exame costumam dar positivo no primeiro dia de falha da menstruação.

 

Fontes:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Magalhães, Ângela Maria. Gravidez. In: Sexo sem medo: um manual de auo-ajuda para mulheres e homens. P43-46. 2003. 1ª Edição. Brasport Livros. Rio de Janeiro – RJ. 

JOHNSTONE, Adam. Biology: facts & practice for A level. Oxford University Press. p. 95, 2001. 

SILVA, Willianne Kaline Alves da. Dissecting the pluripotent state of embryonic stem cells. 2013. 

WEBSTER, William S. et al. Interference with gastrulation during the third week of pregnancy as a cause of some facial abnormalities and CNS defects.American journal of medical genetics, v. 31, n. 3, p. 505-512, 1988. 

TODD, T. Wingate. The pubic symphysis of the guinea‐pig in relation to pregnancy and parturition. American journal of Anatomy, v. 31, n. 4, p. 345-357, 1923. 

MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. The developing human: clinically oriented embryology. 7ª ed. Elsevier. USA, 2003. 

GIDLEY-BAIRD, A. A. et al. Failure of implantation in human in vitro fertilization and embryo transfer patients: the effects of altered progesterone/estrogen ratios in humans and mice. Fertility and sterility, v. 45, n. 1, p. 69-74, 1986. 

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Exames na Gravidez

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Exames na gravidez

Durante a gestação, a mulher deve realizar alguns exames para acompanhar o desenvolvimento do bebê e a sua saúde.

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Exames na gravidez

Durante a gestação, a mulher deve realizar alguns exames para acompanhar o desenvolvimento do bebê e a sua saúde.

 

O pré-natal é indicado para todas as mulheres grávidas, pois é ele que detectará problemas como diabetes e hipertensão.

 

O principal exame durante a gravidez é o ultrassom. Esse exame mostra o sexo do bebê e também informa como sua saúde funcional e anatomia.

 

Quem determina a quantidade e a frequência com que devem ser feitos os exames é o seu médico obstetra.

 

Prevenção

 

Uma lista dos exames mais adequados para cada trimestre de gestações de baixo e alto risco.

Veja quais são os exames na gravidez

 

Essas indicações foram sugeridas a partir de recomendações do Ministério da Saúde e de entrevistas com três médicos: Alexandre Trajano, professor titular de Obstetrícia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), coordenador do Núcleo Perinatal da mesma instituição e professor da Universidade do Grande Rio (Unigranrio); Rafael Bruns, professor do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFPR; e Zilma Reis, professora do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG.

 

Essas orientações se aplicam a gestações consideradas saudáveis – isto é, sem fatores de risco como hipertensão ou diabetes.

 

Exames para uma gravidez de baixo risco

 

1º trimestre

 

  • Determinação de grupo sanguíneo e do fator Rh: prevê e evita a eritroblastose fetal (incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto). Quando a mãe tem o fator Rh negativo e o feto positivo, os anticorpos dela atacam o sangue do bebê. Pode ser tratado, se diagnosticado precocemente. O exame é feito por meio de coleta sanguínea;
  • Hemograma: verifica proporções, quantidade e aspectos morfológicos do sangue. É importante para o diagnóstico de anemia;
  • Glicemia de jejum: detecta se há tendência de diabetes gestacional. Coleta de sangue em jejum para determinar a concentração de glicose no sangue;
  • Coleta de sangue para pesquisar hepatite B, toxoplasmose, HIV (o vírus que causa AIDS), rubéola e sífilis;
  • Exame de urina: avalia presença de infecção urinária;
  • Ultrassom obstétrico: é indicado para confirmar a cronologia da gestação. Também pode ser usado para prognóstico de doenças cromossômicas ou malformações;
  • Papanicolau: para detectar câncer do colo de útero.

 

2º trimestre

 

  • Repete-se o exame de sangue para avaliar existência de sífilis e, se necessário, de toxoplasmose;
  • A coleta de sangue para avaliar a glicemia de jejum também é refeita, assim como o exame de tolerância à glicose. Novamente, o objetivo é avaliar se há tendência de diabetes gestacional;
  • Ultrassom obstétrico morfológico:  nessa fase, é útil para analisar a formação dos órgãos fetais.

 

3º trimestre

 

  • São repetidos os exames de sangue, como o hemograma e as sorologias que podem detectar hepatite B, toxoplasmose, HIV, rubéola e sífilis;
  • Ultrassom obstétrico: na reta final, avalia o crescimento fetal e sinaliza complicações como desnutrição ou excesso de peso;
  • Monitora também o volume de líquido amniótico e as condições da placenta.

 

Exames para uma gravidez de alto risco

 

Nestes casos, as consultas ao obstetra tendem a ser mais frequentes. O pré-natal é primordial para a grávida de alto risco, porque detecta algumas complicações em potencial no próprio consultório.

 

“Podem-se identificar condições de risco no próprio exame da gestante, como a elevação dos níveis da pressão arterial, considerada a principal causadora de complicações graves para a mulher e para o bebê”, afirma a professora Zilma Reis. “A necessidade de exames varia de acordo com o problema apresentado. Por exemplo, se a paciente é hipertensa, poderá fazer um monitoramento da pressão arterial. Se é diabética, será necessário um maior controle da glicemia”, aponta o professor Rafael Bruns.

 

A fim de evitar procedimentos invasivos, a ultrassonografia é uma grande aliada, sobretudo para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do bebê, e a quantidade de líquido amniótico. O ultrassom morfológico costuma ser recomendado para mulheres que têm casos de malformações congênitas na família (ou que já tiveram filho com problemas desse tipo), para mães com mais de 35 anos e em gravidez de gêmeos, entre outros casos. Frequentemente é feito com 20 a 24 semanas de gestação.

 

Em alguns casos, pode ser necessário submeter-se a procedimentos como a biópsia de vilo corial (retirada de fragmento placentário) ou a amniocentese (retirada de líquido amniótico com uma agulha), com o objetivo de detectar anomalias. “Outros exames, como a cardiotocografia (registro da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas) e a dopplervelocimetria fetal (mede a velocidade do fluxo sanguíneo na placenta), também são empregados no acompanhamento da gravidez de alto risco”, enumera Trajano.

 

Convivendo

 

O primeiro exame a ser realizado por uma mulher grávida é o teste de gravidez. Apesar de haver testes em farmácia, aconselha-se visitar um médico e realizar o exame de sangue para a confirmação.

 

Se a gravidez for planejada, o ideal é começar o acompanhamento antes mesmo da concepção. Desse modo, a mulher se certifica de que sua saúde está bem e que seu corpo é capaz de enfrentar uma gestação sem sustos.

 

A rotina de exames pode variar de acordo com o grau de risco da gestação. Ela inclui, além dos testes solicitados no primeiro trimestre de gravidez, visitas periódicas ao obstetra. Geralmente, até à 28ª semana a consulta é mensal; entre a 28ª e a 36ª, quinzenal. Da 36ª à 40ª, semanal. Caso a gestação ultrapasse esse período, são feitas duas consultas por semana.

 

Em todos os períodos da gestação são realizados exames que conferem como estão os elementos que garantem a qualidade de vida do bebê naquele momento, como a quantidade de líquido amniótico e a formação dos órgãos e tecidos.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

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Candidíase: Infecção comum, mas que merece atenção

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CANDIDÍASE: infecção comum, mas que merece atenção.

Infecção provocada por fungos do gênero Cândida, a candidíase pode ocorrer em qualquer estação do ano, pois é considerada oportunista, isto é, ela se aproveita de um momento de maior fragilidade do organismo e da proliferação de microorganismos no ambiente, como conta a Dra. Flávia Fairbanks, professora e ginecologista da Clínica FemCare.

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Infecção provocada por fungos do gênero Cândida, a candidíase pode ocorrer em qualquer estação do ano, pois é considerada oportunista, isto é, ela se aproveita de um momento de maior fragilidade do organismo e da proliferação de microorganismos no ambiente, como conta a Dra. Flávia Fairbanks, professora e ginecologista da Clínica FemCare.

 

A médica explica que, no verão, a candidíase é comum devido à alta frequência a praias e piscinas, além do uso contínuo de biquínis molhados, contatos com areia e cloro, podendo estas situações mudar o pH ou alterar a flora vaginal, permitindo a instalação da infecção.

 

Já no inverno, a situação é outra: roupas justas e abafadas em excesso prejudicam a oxigenação vulvovaginal e também podem propiciar as infecções. Além disso, o abuso de álcool (vinhos, espumantes) e carboidratos devido ao frio (até os chocolates) também auxilia na acidificação vaginal e favorece as infecções fúngicas. “Por fim, a maior incidência de infecções nessa época, como gripes e resfriados, principalmente se tiverem sido acompanhados da necessidade de uso de antibióticos, também pode contribuir para a ocorrência da candidíase”, destaca.

 

Candidíase

Vale saber que este fungo, em níveis e condições normais, vive em nosso organismo sem causar maiores danos, mas ao encontrar ambiente propício para sua reprodução e um sistema imunológico deficiente, se multiplica, causando os sintomas de candidíase.

 

Grandes estudiosos da ginecologia afirmam que 75% das mulheres teriam, pelo menos, um episódio de candidíase na vida e 5% delas teriam o quadro de candidíase recorrente (mais de quatro episódios por ano). Apesar de não ser considerada uma doença sexualmente transmissível, ela pode ser transmitida através de relações sexuais, afetando homens e mulheres. Nas mulheres, os sintomas são dor, coceira, ardência, inchaço e vermelhidão na vulva, associados a dor para urinar e durante a relação sexual e, principalmente, corrimento esbranquiçado tipo leite talhado.

 

O primeiro passo para o tratamento é determinar as causas, combatê-las e evitar recidivas. O médico pode indicar antimicóticos e pomadas antifúngicas de uso local. Quando não são suficientes, ele prescreve medicamentos por via oral por tempo mais prolongado. Cabe ao ginecologista escolher o que é melhor para cada paciente.

 

Quando a candidíase vaginal não é tratada corretamente, ela pode se tornar um quadro persistente, repetindo em intervalos cada vez menores. Em casos mais sérios, em que existe depressão do sistema imunológico, a infecção é capaz de atingir órgãos vitais e, inclusive, gerar complicações nos rins, pulmões e levar a óbito.

 

Muitas mulheres sentem vergonha em falar sobre o assunto, mas a Dra. Flávia Fairbanks diz que não há nenhum motivo para isso, pois se trata de um problema de saúde que merece tratamento adequado. “O importante é ter informação, conhecimento, bom acesso ao serviço de saúde e cuidar/gostar bastante de si mesma. Isso vence qualquer obstáculo”, destaca.

 

Gravidez

 

Na gravidez existe aumento da incidência de candidíase devido à liberação dos hormônios da placenta que determinam o aumento da acidez vaginal, tornando o ambiente ideal para o fungo, além de existir uma diminuição da imunidade naturalmente nessa fase. Uma mulher grávida é dez vezes mais suscetível do que quando não está esperando bebê.
Importante ressaltar que a infecção por Cândida na mãe não prejudica o bebê. Se no momento do parto a mulher ainda tiver a infecção, há uma pequena chance de contágio quando a criança passar pelo canal vaginal. No entanto, não é grave e é facilmente tratável.

 

Durante os três primeiros meses de gravidez, os médicos não recomendam o uso de medicamentos. por isso, neste período, é preciso utilizar métodos naturais e o reforço da imunidade através de alimentos saudáveis.

 

Prevenção

 

Tudo o que permitir uma boa ventilação dos órgãos genitais é benéfico como forma de prevenir a infecção: dormir sem calcinha, utilizar calcinhas de algodão e evitar roupas de tecidos sintéticos e muito justas. Além disso, não consumir antibióticos sem necessidade, evitar o uso contínuo de absorventes internos, cuidar da higiene íntima, preferir o uso de papel higiênico branco e sem perfume, usar camisinha em todas as relações sexuais, bem como realizar as consultas preventivas periodicamente e seguir as recomendações do médico.

 

Ter uma rotina saudável e sem estresse também é fundamental para manter o sistema imunológico fortalecido. Algumas mudanças no cardápio podem prevenir a infecção e colaborar para acelerar o tratamento. A nutricionista da UNG Universidade, de Guarulhos, SP, Cristiane Botelho da Silva, lembra que a multiplicação fúngica descontrolada, se presente também no intestino, faz com que haja uma liberação de subprodutos que passam pela parede intestinal, causando uma variedade de sintomas como fadiga, gases, diarreia, infecções repetitivas, irregularidades menstruais, alergias, sensibilidade a medicamentos e até mesmo depressão.

 

Embora o primeiro passo seja uma avaliação médica, Cristiane Botelho da Silva diz que o nutricionista em conjunto com o médico pode orientar na melhoraria dos sintomas. A seguir, ela dá algumas dicas de alimentação para ajudar a lidar com o problema.

 

O que evitar:

 

  • Açúcares e carboidratos refinados e simples como biscoitos, arroz branco, macarrão e pão branco. Além de nutrir a Cândida, o doce modifica o pH intestinal.
  • Vinho, cerveja e outras bebidas fermentadas pela ação dos fungos. Enquanto estiver com candidíase, todos os alimentos que contém fungos devem ficar de fora do cardápio, como cogumelos, vinagres e produtos que o incluem (ketchup, mostarda, azeitona e picles) e massas com fermento biológico (pão, pizza e torta).
  • Alimentos ácidos, como arroz polido (branco), bebidas alcoólicas, café, doces (chocolates, bolos, tortas, sorvete, bala, adoçados com açúcar), refrigerantes normais e todos os cereais refinados.

 

Cristiane Botelho da Silva salienta que os probióticos são excelentes para a saúde intestinal e global do organismo e cabe ao médico receitar o melhor. Já a cebola e o alho são ótimos no combate tanto da Cândida quanto de outros parasitas, e devem ser consumidos na forma crua ou em suplementos de óleo ou extrato de alho.

 

“Uma alimentação equilibrada, com muita salada nas refeições, que são excelentes para a saúde intestinal, ajuda no controle da candidíase. A folha verde escura tem muitas fibras que auxiliam na fermentação das boas bactérias, mantém o pH do intestino adequado e, por consequência, controla os fungos”, explica.

 

Ela também indica o consumo de vitaminas e minerais, pois o sistema imunológico necessita de alguns nutrientes para o seu bom funcionamento, ajudando na prevenção e no tratamento da candidíase vaginal.

 

A nutricionista lembra que essas orientações são gerais e que o controle da infecção deve ser conduzido por um profissional, conciliando orientação dietética ao cuidado médico de um ginecologista.

 

Fontes:

Dra. Flávia Fairbanks, professora e ginecologista da Clínica FemCare. CRM 93.879/SP.

Cristiane Botelho da Silva, nutricionista da UNG Universidade, de Guarulhos, SP. CRN: 31847

Site do Dr. Drauzio Varella: https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/candidiase/, acessado em 07/06/2017.

Site Baby Center: https://brasil.babycenter.com/a1500664/infec%C3%A7%C3%A3o-por-c%C3%A2ndida-candid%C3%ADase-na-gravidez, acessado em 07/06/2017.

Site Minha Vida: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/candidiase, acessado em 07/06/2017.

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Cuidados com o Bebê

Após o nascimento, o bebê merece muito cuidado e atenção. Nessa fase inicial da vida é necessário tomar algumas precauções, pois a criança é mais sensível e muito influenciada pelo ambiente e pelas pessoas de seu convívio.

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Após o nascimento, o bebê merece muito cuidado e atenção. Nessa fase inicial da vida é necessário tomar algumas precauções, pois a criança é mais sensível e muito influenciada pelo ambiente e pelas pessoas de seu convívio.

 

Os principais cuidados com o recém-nascido são:

 

Pele

 

– A pele do bebê deve ser higienizada com produtos não tóxicos, e neutros. A limpeza das nádegas e da região perianal deverá ser feita com água e algodão. Um sabonete suave, com posterior enxágue, deve ser utilizado quando for necessária troca de fraldas.

 

 

Principais cuidados com o bebê

Umbigo

 

– O coto umbilical é uma parte muito sensível em bebês recém-nascidos, que pode acumular secreções se você não mantiver a área limpa. Pediatras recomendam a higiene frequente de até três vezes por dia. Quando for trocar as fraldas do bebê, faça primeiro a limpeza do coto umbilical com álcool 70% e cotonetes flexíveis de algodão. A região é delicada, mas pode ficar tranquila ao realizar a higienização, pois o bebê não tem sensibilidade na área. Feito isso, volte à troca do bebê. Entre uma ou duas semanas, o coto pode cair, mas a desinfecção da área deve ser mantida até a autorização do seu pediatra.

 

Mãos e Unhas

 

– as  mãos e unhas do recém-nascido são áreas que também precisam de atenção e limpeza, pois os bebês costumam levar as mãos até a boca com muita frequência. Mantenha as unhas sempre limpas e curtas. Nos primeiros dias, elas ainda estão moles. Nesse caso, uma lixa pode ser utilizada para mantê-las curtas. Quando endurecerem, recomendamos o uso de tesoura sem ponta.

 

Orelhas

 

– Muita atenção com a higienização das orelhas do bebê. Assim como nós, eles também produzem cera de ouvido como mecanismo de defesa. Mesmo assim, nunca utilize cotonetes de algodão para a limpeza interna dessa região, apenas para secar a parte externa. A melhor maneira de limpar as orelhas do bebê é higienizá-las na hora do banho e secar bem a parte externa com uma toalha macia.

 

Trocando as fraldas

 

– Trocar as fraldas do seu bebê não é importante apenas para o conforto, mas também para evitar assaduras e claro, garantir a higiene do bebê. Então, sempre troque imediatamente as fraldas ao perceber que estão molhadas ou sujas.

 

A hora do banho

 

– Quando a hora do banho chegar, é importante prezar pela segurança e o prazer do bebê e da mãe. Confira algumas dicas que vão facilitar o processo e tornar o momento mais gostoso:

 

  • Tente escolher sempre o mesmo horário e o melhor momento para dar o banho, para que você possa se dedicar em tempo integral ao bebê;
  •  Sempre utilize sabonetes neutros;
  •  Comece o banho lavando apenas com água o rosto do bebê. Após o rosto, siga pela cabeça e o resto do corpo. Dê uma atenção especial ao coto umbilical, limpando também seu entorno;
  • Após o banho, seque o bebê com uma toalha macia e absorvente, com bastante calma e cuidado. Faça o curativo do coto umbilical conforme as orientações pediátricas;
  • Por fim, faça a higienização da banheira.

 

Fontes:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Lamare, Rinaldo. A vida bebê.2001. 41ª Edição. Ediouro Publicações. Rio de Janeiro – RJ.

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Problemas na Gravidez

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Problemas na Gravidez

No primeiro trimestre, podem aparecer sintomas típicos, devido à fase de adaptação do organismo às mudanças hormonais.

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No primeiro trimestre, podem aparecer sintomas típicos, devido à fase de adaptação do organismo às mudanças hormonais.

 

Os problemas mais comuns são:

 

  • Enjoos e vômitos;
  • Azia;
  • Inchaços.

 

Entretanto, é possível também que ocorram problemas mais sérios durante a gestação, como descolamento da placenta, placenta baixa, placenta prévia total, eclâmpsia e pré-eclâmpsia; ou aborto espontâneo.

 

O descolamento de placenta é uma eventualidade grave. Pode ocorrer em qualquer época da gravidez acima da 20ª semana e necessita intervenção urgente para salvar o bebê.

 

Principais problemas na gravidez

Ocorre em aproximadamente 1% das gestações, ou em 6,5 para cada 1.000 partos. Existem causas traumáticas (acidentes, por exemplo) e causas não traumáticas. Dentre estas últimas está a hipertensão materna como a principal.

 

Há dois tipos de descolamento:

 

  • Descolamento com hemorragia visível: quando uma quantidade de sangue é expelida pela vagina e há uma forte dor ou contração uterina. Ocorre em aproximadamente 80% dos casos;
  • Descolamento com hemorragia invisível: quando não há sangramento visível e o único sintoma é uma forte dor ou contração uterina. A operação cesariana de urgência é geralmente indicada e há necessidade de cuidados intensivos da mãe durante e após o parto pelo risco de hemorragia grave. 

 

Placenta prévia parcial ou placenta baixa trata-se de uma implantação anormal da placenta próxima ao colo do útero. Na maioria das vezes o crescimento do útero faz com que a placenta se afaste do colo, adquirindo uma localização normal. Caso haja sangramento no início da gravidez, ou em qualquer época, o repouso, geralmente absoluto, é fundamental. Se não houver a migração para uma localização normal, o parto via abdominal (cesariana) deve ser considerado.

 

Placenta prévia total é quando a placenta encobre totalmente o colo do útero. A possibilidade de migração da placenta para uma localização normal é muito pouco provável. Caso haja sangramento no início da gravidez, ou em qualquer época, é necessário o repouso absoluto. Se não houver a migração para uma localização normal, o parto via abdominal (cesariana) deve ser considerado. Há uma grande possibilidade de descolamento da placenta e hemorragia grave.

 

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia são doenças caracterizadas pelo aumento da pressão arterial durante a gravidez, perda de proteína na urina e aumento de peso acima de 500 g por semana, causando riscos para a mãe e para o concepto.

 

Aborto espontâneo é a morte do feto. As causas do aborto são variadas. Distúrbios da coagulação, alterações cromossômicas e doenças infecciosas são as causas mais conhecidas.

 

Fontes:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

RAY, J. G.; LASKIN, C. A. Folic acid and homocyst (e) ine metabolic defects and the risk of placental abruption, pre-eclampsia and spontaneous pregnancy loss: a systematic review. Placenta, v. 20, n. 7, p. 519-529, 1999.

RAYMOND, Elizabeth G.; MILLS, James L. Placental abruption: maternal risk factors and associated fetal conditions. Acta obstetricia et gynecologica Scandinavica, v. 72, n. 8, p. 633-639, 1993.

ANANTH, Cande V.; SAVITZ, David A.; WILLIAMS, Michelle A. Placental abruption and its association with hypertension and prolonged rupture of membranes: a methodologic review and meta-analysis. Obstetrics & Gynecology, v. 88, n. 2, p. 309-318, 1996.

GLANTZ, Chris; PURNELL, Leslie. Clinical utility of sonography in the diagnosis and treatment of placental abruption. Journal of ultrasound in medicine, v. 21, n. 8, p. 837-840, 2002.

FERGUSON, JAMES HENRY. Severe abruptio placentae. Clinical obstetrics and gynecology, v. 3, n. 1, p. 68-75, 1960.

BRONSTEEN, R. et al. Effect of a low‐lying placenta on delivery outcome.Ultrasound in Obstetrics & Gynecology, v. 33, n. 2, p. 204-208, 2009.

CLARK, Steven L.; KOONINGS, PAUL P.; PHELAN, JEFFREY P. Placenta previa/accreta and prior cesarean section. Obstetrics & Gynecology, v. 66, n. 1, p. 89-92, 1985.

COMEAU, JAMES et al. Early placenta previa and delivery outcome.Obstetrics & Gynecology, v. 61, n. 5, p. 577-580, 1983.

ROBERTS, James M.; REDMAN, C. W. G. Pre-eclampsia: more than pregnancy-induced hypertension. The Lancet, v. 341, n. 8858, p. 1447-1451, 1993.

ALBERMAN, Eva. Spontaneous abortions: epidemiology. In: Spontaneous Abortion. Springer London, 1992. p. 9-20.

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PROBLEMAS NA GRAVIDEZ
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Tudo Sobre o Parto

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Tudo Sobre o Parto

Existem dois tipos de parto: o parto cirúrgico (a cesárea/ cesariana) e o parto vaginal (ou natural).

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Existem dois tipos de parto: o parto cirúrgico (a cesárea/ cesariana) e o parto vaginal (ou natural).

 

Os partos vaginais podem ser diferenciados em: partos vaginais cirúrgicos – que acontecem normalmente nos hospitais com intervenções médicas como anestesia, aplicação de ocitocina (hormônio sintético que induz as contrações uterinas), episiotomia (corte vaginal) etc.; e partos vaginais naturais – quase sem intervenções ou apenas se necessárias.

 

O parto normal pode ser realizado em posições variadas, como deitada, de cócoras, ou utilizando uma cadeira de parto. Há também a possibilidade de ser realizado na água, em uma banheira apropriada.

 

Quanto aos locais, em maternidades há mais recursos de assistência para a mãe e o recém-nascido, mas há quem opte por ter o bebê em casas de parto ou no domicílio.

 

Veja sobre parto

Nem sempre o parto normal é possível. Nesses casos, a cesariana é uma cirurgia decisiva para garantir segurança à mãe e ao bebê. A operação consiste em um corte na parede abdominal e no útero. O bebê é retirado através desta abertura, que é fechada com pontos. A cesárea é uma cirurgia e, por isso, a recuperação da mãe é mais lenta que a do parto normal, mas atualmente é considerado um procedimento seguro.

 

No entanto, o melhor tipo de parto é aquele em que tanto a mãe quanto o bebê saem nas melhores condições possíveis. Por isso o pré-natal é importante, pois fornece informações essenciais para ajudar o médico a decidir junto com o casal a opção de parto mais adequada para aquela gestante em particular e seu bebê.

 

Tratamento e cuidados

 

No parto cirúrgico e normal podem ser utilizados anestésicos para amenizar a dor do trabalho de parto. A anestesia dependerá do tipo do parto e da indicação médica.

 

As anestesias mais utilizadas são:  local, peridural, e raquidiana. A local é aplicada diretamente na região genital e indicada para o período expulsivo do trabalho de parto, quando o bebê está nascendo. Tendência atual, a peridural é uma associação de anestésicos que possibilitam boa analgesia e um mínimo de efeito nas fibras nervosas motoras, mas pode requerer a colocação de um cateter para aplicação continua.

 

A paciente participa ativamente do trabalho de parto, especialmente durante o período expulsivo. A raquidiana proporciona rapidez e simplicidade na aplicação, que é única, de efeito mais rápido e mais potente.

 

Em geral, para o parto normal é administrada a anestesia local ou a raqui/peridural contínua e baixa, utilizando-se pequena dose de anestésico. Para a cesariana, pode ser utilizada a raquidiana ou a peridural.

 

A indicação vai depender de fatores como o estágio do trabalho de parto, o quadro clínico e a tolerância da paciente à dor.

 

Convivendo

 

Para decidir qual é o melhor tipo de parto, a mulher deve conversar com o obstetra e expor seus medos e desejos em relação ao grande momento. O parto deve ser escolhido baseado principalmente na saúde da grávida.

 

Confira abaixo algumas dúvidas sobre os tipos de partos e qual pode ser o melhor para você e o bebê.

 

As informações foram respondidas pelo obstetra e especialista em reprodução humana, Renato Kalil.

 

Quais as vantagens e desvantagens do parto normal?

 

Renato Kalil: A vantagem é a que o nome já diz: o parto é normal, a criança nasce por via normal, sem ninguém interferir. No parto normal, em três dias a mulher já está “nova”.  A compressão que o tórax da criança sofre ao passar pelo canal de parto ajuda a eliminar o líquido amniótico. A ligação mãe e filho é maior, porque o trabalho dela é ativo, participando do nascimento. Além disso, apenas 3% das crianças nascidas dessa forma passam pela UTI neonatal por conta de desconforto respiratório transitório.
A desvantagem é que se o trabalho for muito longo, a criança pode nascer cansada, com a escala de Apgar – que é a “nota” do nascimento – muito baixa. Já para a mãe, o ponto negativo é que ele pode levar à ruptura de períneo e piorar um quadro hemorroidário.

 

Quais as vantagens e desvantagens da cesariana?

 

Kalil: A cesárea é uma cirurgia e, como tal, tem indicações para ser realizada. A vantagem é que, por isso mesmo, é um procedimento rápido e com hora marcada. Na intercorrência de parto normal, é a melhor indicação. Na cesárea, em 15 dias se tem uma recuperação boa. Em 30 a 40 dias, os tecidos estarão cicatrizados e a mulher está liberada para fazer as atividades cotidianas. Mas a cicatrização completa ocorre apenas em seis meses. As contrapartidas são os riscos inerentes a uma cirurgia: abertura da cicatriz, infecção e hemorragia. 
Além disso, a chance de gravidez ectópica – aquela em que o embrião é fixado na tuba uterina- no futuro é maior.

 

Como saber qual é o melhor parto para a gestante?

 

Kalil: Se a mulher for hipertensa, tiver problemas ósseos na pélvis ou nos rins, a cesárea aparece como a melhor opção. De qualquer forma, o ideal é que, mesmo nesse caso, ela entre em trabalho de parto, com dilatação e contração. 
Se a grávida tem pré-eclâmpsia ou está com a pressão alta fora de controle, primeiro o médico compensa a patologia e só depois faz o parto. A menos que haja sofrimento fetal, é feito o parto pela via mais rápida. Se o médico precisa acelerar o parto por conta de qualquer problema e já há dilatação, a equipe faz o parto normal. Se não, faz cesariana.

 

Que exames a mulher deve fazer antes de decidir qual será o tipo de parto?

 

Kalil: Ela deve fazer um exame ginecológico, para avaliar o colo uterino. Ou seja, se o colo está grosso ou se já está se preparando para o nascimento do bebê. Os exames vão avaliar também a posição da criança: se ele está alto, encaixado, sentado ou transverso, e também se existe desproporção cefalo-pélvica, ou seja, se a cabeça da criança é muito grande para passar pela pélvis da mãe. Agora, tudo isso tem de ser feito levando em conta também o período da gestação. É preciso esperar 40 semanas. Até lá, a posição do bebê pode mudar. E mesmo um pouco depois disso. Por essa razão, é importante analisar as condições fetais enquanto se espera para fazer o parto.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

CARE, Providing Prenatal. Evidence-based prenatal care: Part I. General prenatal care and counseling issues. Am Fam Physician, v. 71, n. 7, p. 1307-1316, 2005.

COMBS, C. ANDREW; MURPHY, Edward L.; LAROS JR, Russell K. Factors associated with postpartum hemorrhage with vaginal birth. Obstetrics & Gynecology, v. 77, n. 1, p. 69-76, 1991.

SCHINDL, Monika et al. Elective cesarean section vs. spontaneous delivery: a comparative study of birth experience. Acta obstetricia et gynecologica Scandinavica, v. 82, n. 9, p. 834-840, 2003.

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PARTO E PÓS PARTO
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Calculadora de Gravidez

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Calculadora de Gravidez

A calculadora da gravidez é simples!

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A calculadora da gravidez é simples! Para saber a data provável do parto e alguns dados sobre a sua gravidez, preencha o aplicativo abaixo com os seguintes dados:

 

  • O dia em que sua última menstruação começou;
  • Quantos dias o seu ciclo menstrual dura (em média, são 28 dias e devem-se contar todos os dias do período, não apenas os dias da menstruação);
  • Coloque o dia estimado em que ocorreu sua ovulação. Para saber com precisão a data, pegue o total de dias do seu ciclo e subtraia 14 dias.

 

Agora é só clicar no botão “calcular” e pronto! Para saber o período correto da sua gravidez, recomendamos a visita ao seu médico pessoal.

 

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PARTO E PÓS PARTO
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Amamentação e a Gravidez

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Amamentação e a Gravidez

No último mês de gravidez, as mulheres estão preparadas para amamentar.

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No último mês de gravidez, as mulheres estão preparadas para amamentar. Durante a amamentação, a mãe produz três tipos de leite:

 

– Colostro – é o primeiro leite na amamentação do bebê e pode durar até 12 dias. É espesso e amarelado, rico em anticorpos e proteínas.

 

– Leite de transição – é a transição entre o colostro e o leite maduro, em que a quantidade de calorias do leite aumenta.

 

– Leite maduro – é o leite produzido até o final da amamentação, que contém todos os componentes necessários para o bebê e que protege contra doenças infecciosas e diarreias. Em uma mamada, o primeiro terço do leite maduro é chamado de leite anterior. Os outros dois terços são leite posterior, com mais gordura. É importante que a cada mamada o bebê esvazie pelo menos uma das mamas para ter acesso a todos os nutrientes.

 

Amamentação na Gravidez

A amamentação é essencial para o fortalecimento da musculatura da face e da boca do bebê, o que contribui com a fala e a oclusão dos dentes. A mãe também se beneficia, porque o ato está relacionado com menor risco de desenvolver câncer e osteoporose, além de ser um excelente aliado na recuperação do peso anterior à gravidez.

 

Afinal, produzir leite gasta muita energia. A alimentação é extremamente importante nesta fase, por isso começar uma dieta de emagrecimento pode comprometer a produção e a quantidade de leite e, consequentemente, prejudicar a nutrição do bebê. A mulher necessita de uma alimentação balanceada, com aproximadamente 300 calorias adicionais por dia, e uma boa ingestão de líquidos como água, sucos e chás naturais (erva-doce ou camomila).

 

Prevenção

 

Para evitar o leite “empedrado”, é preciso esvaziar as mamas corretamente. Após amamentar seu bebê, apalpe as mamas e, se sentir que ainda há “leite reserva”, esvazie-as com a bomba de sucção.

 

Sempre amamente o bebê com as duas mamas, lembrando que só se deve trocar para a segunda mama quando a primeira for recusada. Caso o bebê recuse a segunda mama, alterne nas próximas mamadas a mama inicial.

 

Para não atrapalhar a amamentação do bebê ou se machucar, perceba a hora exata de trocar de peito, que é quando a sucção torna-se ineficiente. Coloque a ponta do dedo mínimo no canto da boca dele, desfaça a pressão e solte o peito sem machucar.

 

Tratamentos e cuidados

 

Para uma boa amamentação e evitar o empedramento do leite é necessário seguir alguns passos:

 

  • Faça fricção nos mamilos com uma bucha vegetal ou uma toalha grossa para deixá-los resistentes e evitar a formação de feridas e fissuras;
  • Tome de 10 a 15 minutos de sol nos seios todos os dias, antes das 10 da manhã ou depois das 4 da tarde;
  • Após cada mamada, lave bem as mamas e esvazie o restante de leite manualmente;
  • Sempre dê inicialmente ao bebê a mama mais cheia;
  • Ao tirar a boca do bebê do peito, coloque a ponta de seu dedo dentro da boquinha do bebê para desfazer o vácuo e evitar feridas;
  • Amamente sentada, para evitar que o bebê regurgite e para garantir o contato olho a olho, que fortalece a relação mãe-filho;
  • Lave as mãos antes de amamentar;
  • Escolha lugares tranquilos para amamentar;
  • Estimule o reflexo do bebê passando o bico dos seios nos cantos da boca ou no lábio inferior. Ele deve abocanhar o bico e a maior parte da aréola com os lábios virados para fora. Dessa forma estará evitando a formação de fissura mamária;
  • A amamentação dura conforme o ritmo do seu bebê. Com o tempo, você saberá quando ele está satisfeito;
  • Segure o bumbum do bebê de modo que a cabeça dele fique na dobra do seu cotovelo e a barriga esteja voltada para a sua. Assim ele engolirá menos ar e mamará melhor;
  • Depois de terminar a amamentação é recomendado fazer o bebê arrotar. Para isso, coloque-o em pé, com a cabeça apoiada no colo ou no ombro por aproximadamente dez minutos.

 

Convivendo

 

Existem diversos métodos contraceptivos à disposição da mulher. Porém, nos meses seguintes a uma gravidez, não são todos que podem ser adotados. Isso porque alguns deles podem prejudicar não apenas a quantidade, mas também a qualidade do leite produzido durante a fase de amamentação.

 

O doutor Coríntio Mariani Neto, diretor da Sogesp (Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo), recomenda anticoncepcionais que contenham progesterona para os primeiros meses de lactação.

 

Para contracepção de emergência, a pílula do dia seguinte constituída de levonorgestrel é permitida, pois este é um progestágeno que não interfere no aleitamento. Já aquelas que contêm estrógeno representam um risco, pois podem influir na produção do leite.

 

Em relação ao período ideal para se retomar a atividade sexual, o doutor Coríntio afirma que isso depende do tipo de parto realizado. Após cesáreas, a recomendação é que se aguarde pelo menos um mês. Mas, depois do parto normal e sem cortes, o fator limitante muitas vezes é a presença de sangramento genital. Fora isso, nada impede o recomeço em torno de duas semanas após o parto. Quando há pontos, recomenda-se aguardar que se desprendam e somente reiniciar três semanas depois do procedimento.

 

Com a retomada das relações sexuais, é importante utilizar algum método contraceptivo, uma vez que os médicos recomendam esperar ao menos seis meses para uma nova gestação.

 

Outros métodos

 

Além da pílula anticoncepcional, a mulher tem a opção de recorrer ao DIU (dispositivo intrauterino), que pode ser inserido logo após o puerpério, ou seja, 42 dias depois do parto, informa o doutor Carlos Serpa, diretor da Sogimig (Associação dos Ginecologistas de Minas Gerais). “É um método tão seguro quanto os contraceptivos hormonais, desde que inserido corretamente e mantido bem posicionado. Porém, ele pode causar aumento do fluxo menstrual e aumentar a dismenorreia (cólica menstrual)”, alerta o especialista.

 

Existe ainda o risco do organismo expulsar o DIU sem que a mulher perceba, tornando-a vulnerável a uma gravidez não planejada. 
A partir de seis semanas depois do parto, o diafragma também serve como método anticoncepcional. O único cuidado que se deve ter é em relação à técnica correta de introdução na vagina, que sempre deve ser facilitada por lubrificante, por exemplo, gel de nonoxinol, que possui ação espermaticida.

 

Finalmente, os casais só devem optar pela laqueadura, que é definitiva, após uma decisão bastante consciente e convicta. O momento ideal para fazer o procedimento é fora da gravidez ou, no máximo, logo no início. No caso de uma terceira cesárea consecutiva ou de risco de morte para a mulher em uma nova gestação, pode ser executada durante o próprio parto, desde que haja consentimento da paciente.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

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