DIU no pós-parto: uma conversa que vale a pena

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DIU no pós-parto: uma conversa que vale a pena

São muitas mudanças no pós-parto, e as preocupações agora passam a ser em dobro: além de um recém-nascido que depende integralmente da atenção da mãe, há também junto com a retomada da vida do casal o receio de engravidar novamente. Por isso, muitas mulheres buscam métodos contraceptivos eficazes e convenientes, e o DIU surge como uma opção atraente. Mas quais são as principais considerações sobre a colocação do DIU após o parto? Há alguma restrição? Vamos entender.

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Conheça os benefícios deste método contraceptivo para o puerpério

 

São muitas mudanças no pós-parto, e as preocupações agora passam a ser em dobro: além de um recém-nascido que depende integralmente da atenção da mãe, há também junto com a retomada da vida do casal o receio de engravidar novamente. Por isso, muitas mulheres buscam métodos contraceptivos eficazes e convenientes, e o DIU surge como uma opção atraente. Mas quais são as principais considerações sobre a colocação do DIU após o parto? Há alguma restrição? Vamos entender.  

 

 

1. Quem pode colocar  

 

De maneira geral, quase todas as mulheres podem optar pelo DIU no pós-parto, independentemente de terem passado por um parto vaginal ou cesárea. O importante é garantir que não haja contra-indicações específicas, como infecções puerperais (relacionadas ao parto) ou que não tenham ocorrido complicações durante a gravidez que não recomendem o uso.1

 

2. Quando é recomendado: janelas de tempo  

 

  • Imediatamente após o parto: pode ser inserido dentro de minutos a horas após o parto, seja vaginal ou cesárea.2
  • 4 a 6 semanas após o parto: essa é a recomendação comum para aquelas que decidem não colocar o DIU logo após o nascimento.2

 

3. Benefícios

 

  • Conveniência: depois de inserido, o DIU requer manutenção mínima e pode durar até 5 anos o hormonal e hormonal de baixa dosagem, e ate 10 anos o de cobre ou prata.1
  • Não interfere na amamentação: o DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, não tem impacto sobre a produção de leite ou a amamentação.1
  • Retorno rápido à fertilidade: se uma mulher decide tentar engravidar novamente, a remoção do DIU permite um retorno rápido à fertilidade.4

 

4. Pontos de atenção

 

  • Verificação do posicionamento: após a colocação, é importante verificar periodicamente (por exemplo, mensalmente no início) se o DIU está no lugar.3
  • Sintomas a observar: embora raro, o deslocamento ou perfuração são possíveis. Dor abdominal intensa, sangramento anormal ou a incapacidade de sentir os fios podem ser sinais de que algo está errado e é fundamental procurar um médico.3
  • Controle de infecções: enquanto o DIU é seguro no pós-parto, o acompanhamento regular são essenciais para prevenir infecções.1

 

 

O que você pode levar em conta…

O DIU é um método contraceptivo eficaz e conveniente para muitas mulheres no pós-parto. 
Na hora de decidir qual opção você irá escolher, leve em conta o seu contexto, planejamento familiar e converse com quem cuida da sua saúde reprodutiva.

 

Referências:

1. American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). (2011). Long-Acting Reversible Contraception: Implants and Intrauterine Devices. Practice Bulletin, (121).

2. World Health Organization (WHO). (2016). Medical eligibility criteria for contraceptive use. 5th edition.

3. National Institute for Health and Care Excellence (NICE). (2015). Long-acting reversible contraception. Clinical guideline [CG30].

4. Mansour, D., Bahamondes, L., Critchley, H., Darney, P., & Fraser, I. S. (2011). The management of unacceptable bleeding patterns in etonogestrel-releasing contraceptive implant users. Contraception, 83(3), 202-210.

 

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Existem dois tipos de parto: o parto cirúrgico (a cesárea/ cesariana) e o parto vaginal (ou natural).

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Existem dois tipos de parto: o parto cirúrgico (a cesárea/ cesariana) e o parto vaginal (ou natural).

 

Os partos vaginais podem ser diferenciados em: partos vaginais cirúrgicos – que acontecem normalmente nos hospitais com intervenções médicas como anestesia, aplicação de ocitocina (hormônio sintético que induz as contrações uterinas), episiotomia (corte vaginal) etc.; e partos vaginais naturais – quase sem intervenções ou apenas se necessárias.

 

O parto normal pode ser realizado em posições variadas, como deitada, de cócoras, ou utilizando uma cadeira de parto. Há também a possibilidade de ser realizado na água, em uma banheira apropriada.

 

Quanto aos locais, em maternidades há mais recursos de assistência para a mãe e o recém-nascido, mas há quem opte por ter o bebê em casas de parto ou no domicílio.

 

Veja sobre parto

Nem sempre o parto normal é possível. Nesses casos, a cesariana é uma cirurgia decisiva para garantir segurança à mãe e ao bebê. A operação consiste em um corte na parede abdominal e no útero. O bebê é retirado através desta abertura, que é fechada com pontos. A cesárea é uma cirurgia e, por isso, a recuperação da mãe é mais lenta que a do parto normal, mas atualmente é considerado um procedimento seguro.

 

No entanto, o melhor tipo de parto é aquele em que tanto a mãe quanto o bebê saem nas melhores condições possíveis. Por isso o pré-natal é importante, pois fornece informações essenciais para ajudar o médico a decidir junto com o casal a opção de parto mais adequada para aquela gestante em particular e seu bebê.

 

Tratamento e cuidados

 

No parto cirúrgico e normal podem ser utilizados anestésicos para amenizar a dor do trabalho de parto. A anestesia dependerá do tipo do parto e da indicação médica.

 

As anestesias mais utilizadas são:  local, peridural, e raquidiana. A local é aplicada diretamente na região genital e indicada para o período expulsivo do trabalho de parto, quando o bebê está nascendo. Tendência atual, a peridural é uma associação de anestésicos que possibilitam boa analgesia e um mínimo de efeito nas fibras nervosas motoras, mas pode requerer a colocação de um cateter para aplicação continua.

 

A paciente participa ativamente do trabalho de parto, especialmente durante o período expulsivo. A raquidiana proporciona rapidez e simplicidade na aplicação, que é única, de efeito mais rápido e mais potente.

 

Em geral, para o parto normal é administrada a anestesia local ou a raqui/peridural contínua e baixa, utilizando-se pequena dose de anestésico. Para a cesariana, pode ser utilizada a raquidiana ou a peridural.

 

A indicação vai depender de fatores como o estágio do trabalho de parto, o quadro clínico e a tolerância da paciente à dor.

 

Convivendo

 

Para decidir qual é o melhor tipo de parto, a mulher deve conversar com o obstetra e expor seus medos e desejos em relação ao grande momento. O parto deve ser escolhido baseado principalmente na saúde da grávida.

 

Confira abaixo algumas dúvidas sobre os tipos de partos e qual pode ser o melhor para você e o bebê.

 

As informações foram respondidas pelo obstetra e especialista em reprodução humana, Renato Kalil.

 

Quais as vantagens e desvantagens do parto normal?

 

Renato Kalil: A vantagem é a que o nome já diz: o parto é normal, a criança nasce por via normal, sem ninguém interferir. No parto normal, em três dias a mulher já está “nova”.  A compressão que o tórax da criança sofre ao passar pelo canal de parto ajuda a eliminar o líquido amniótico. A ligação mãe e filho é maior, porque o trabalho dela é ativo, participando do nascimento. Além disso, apenas 3% das crianças nascidas dessa forma passam pela UTI neonatal por conta de desconforto respiratório transitório.
A desvantagem é que se o trabalho for muito longo, a criança pode nascer cansada, com a escala de Apgar – que é a “nota” do nascimento – muito baixa. Já para a mãe, o ponto negativo é que ele pode levar à ruptura de períneo e piorar um quadro hemorroidário.

 

Quais as vantagens e desvantagens da cesariana?

 

Kalil: A cesárea é uma cirurgia e, como tal, tem indicações para ser realizada. A vantagem é que, por isso mesmo, é um procedimento rápido e com hora marcada. Na intercorrência de parto normal, é a melhor indicação. Na cesárea, em 15 dias se tem uma recuperação boa. Em 30 a 40 dias, os tecidos estarão cicatrizados e a mulher está liberada para fazer as atividades cotidianas. Mas a cicatrização completa ocorre apenas em seis meses. As contrapartidas são os riscos inerentes a uma cirurgia: abertura da cicatriz, infecção e hemorragia. 
Além disso, a chance de gravidez ectópica – aquela em que o embrião é fixado na tuba uterina- no futuro é maior.

 

Como saber qual é o melhor parto para a gestante?

 

Kalil: Se a mulher for hipertensa, tiver problemas ósseos na pélvis ou nos rins, a cesárea aparece como a melhor opção. De qualquer forma, o ideal é que, mesmo nesse caso, ela entre em trabalho de parto, com dilatação e contração. 
Se a grávida tem pré-eclâmpsia ou está com a pressão alta fora de controle, primeiro o médico compensa a patologia e só depois faz o parto. A menos que haja sofrimento fetal, é feito o parto pela via mais rápida. Se o médico precisa acelerar o parto por conta de qualquer problema e já há dilatação, a equipe faz o parto normal. Se não, faz cesariana.

 

Que exames a mulher deve fazer antes de decidir qual será o tipo de parto?

 

Kalil: Ela deve fazer um exame ginecológico, para avaliar o colo uterino. Ou seja, se o colo está grosso ou se já está se preparando para o nascimento do bebê. Os exames vão avaliar também a posição da criança: se ele está alto, encaixado, sentado ou transverso, e também se existe desproporção cefalo-pélvica, ou seja, se a cabeça da criança é muito grande para passar pela pélvis da mãe. Agora, tudo isso tem de ser feito levando em conta também o período da gestação. É preciso esperar 40 semanas. Até lá, a posição do bebê pode mudar. E mesmo um pouco depois disso. Por essa razão, é importante analisar as condições fetais enquanto se espera para fazer o parto.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

CARE, Providing Prenatal. Evidence-based prenatal care: Part I. General prenatal care and counseling issues. Am Fam Physician, v. 71, n. 7, p. 1307-1316, 2005.

COMBS, C. ANDREW; MURPHY, Edward L.; LAROS JR, Russell K. Factors associated with postpartum hemorrhage with vaginal birth. Obstetrics & Gynecology, v. 77, n. 1, p. 69-76, 1991.

SCHINDL, Monika et al. Elective cesarean section vs. spontaneous delivery: a comparative study of birth experience. Acta obstetricia et gynecologica Scandinavica, v. 82, n. 9, p. 834-840, 2003.

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A calculadora da gravidez é simples!

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A calculadora da gravidez é simples! Para saber a data provável do parto e alguns dados sobre a sua gravidez, preencha o aplicativo abaixo com os seguintes dados:

 

  • O dia em que sua última menstruação começou;
  • Quantos dias o seu ciclo menstrual dura (em média, são 28 dias e devem-se contar todos os dias do período, não apenas os dias da menstruação);
  • Coloque o dia estimado em que ocorreu sua ovulação. Para saber com precisão a data, pegue o total de dias do seu ciclo e subtraia 14 dias.

 

Agora é só clicar no botão “calcular” e pronto! Para saber o período correto da sua gravidez, recomendamos a visita ao seu médico pessoal.

 

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Voltando ao Trabalho Após a Licença Maternidade

A maternidade é um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher.

  • PP-ANG-BRA-0005-1- 05/11/2018
Voltando Ao Trabalho Após A Licença Maternidade

A maternidade é um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher. Mas após curtir o bebê em seus primeiros meses de vida chega a hora de retornar ao trabalho. Essa mudança de rotina pode assustar e atrapalhar as novas mamães e para ajudar você e seu bebê a passar por esse momento com tranquilidade, vamos esclarecer as principais dúvidas que surgem.

 

O retorno ao trabalho deve ser planejado, pois uma volta precoce pode provocar alterações na amamentação, como o acúmulo ou escassez de leite devido ao estresse da rotina de trabalho. É importante amamentar seu filho por no mínimo seis meses, pois além da amamentação estabelecer um vínculo entre mãe e filho, é fundamental para fornecer anticorpos e nutrientes.

 

Se separar do convívio integral da criança e retornar ao trabalho é um momento difícil, mas a mulher pode se planejar para que essa fase de transição aconteça da melhor forma possível. É importante que ela já esteja habituada aos cuidados consigo e com o bebê para que problemas simples, como um episódio de cólica no recém-nascido não se torne motivo de urgência.

Voltando ao Trabalho Após a Licença Maternidade

 

Fonte:
GLOBO; Como se preparar para a volta ao trabalho após a licença-maternidade. Disponível em: http://gnt.globo.com/maes-e-filhos/materias/como-se-preparar-para-a-volta-ao-trabalho-apos-a-licenca-maternidade.htm. Acesso em 17 de outubro 2014.

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A gravidez e o parto são dois dos momentos mais emocionantes, desafiantes e transformadores na vida de uma mulher. Muitas mudanças ocorrem no seu corpo desde o momento da concepção, e isto cobrará uma ação, tanto física quanto emocional.

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Conhecendo o seu corpo depois de ter o bebê

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A bolsa estourou. E agora?

Com as últimas semanas da gestação se aproximando a ansiedade começa a crescer, e quando a grande hora chega e o nervosismo toma conta, muitas mulheres não conseguem identificar se a bolsa de fato se rompeu.

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A bolsa estourou e agora

Com as últimas semanas da gestação se aproximando, a ansiedade começa a crescer, e quando a grande hora chega e o nervosismo toma conta, muitas mulheres não conseguem identificar se a bolsa de fato se rompeu. Mas o que caracteriza o rompimento da bolsa amniótica é a quantidade de líquido e seu aspecto, pois o material amniótico é quase transparente e tem odor semelhante ao de água sanitária.

 

Para algumas gestantes, o líquido fica apenas gotejando, enquanto para outras o fluxo é mais intenso, mas para todas elas existe uma única sensação: a de urinar e não conseguir controlar. Caso a mulher tenha apenas acordado com a calcinha úmida, é preciso verificar se não se trata de urina, secreção vaginal, suor ou até mesmo o tampão mucoso, que pode sair aos poucos na forma de secreção com sinais de sangue, anunciando que a hora do parto está se aproximando. Mas fique atenta pois, em alguns casos a bolsa pode romper antes da hora. se desconfiar que isso pode ter acontecido, procure seu médico imediatamente.

 

A bolsa estourou. E agora?

Para que você não tenha nenhum constrangimento no caminho até à maternidade, você pode utilizar um absorvente ou uma toalha para controlar o vazamento. Observe constantemente a cor do líquido: no início ele será amarelado e depois ficará mais transparente. Se o líquido não estiver transparente avise seu médico imediatamente. Lembre-se que não há motivos para pânico. afinal, o momento do nascimento de seu filho será um dos mais felizes da sua vida.

 

Veja também alguns cuidados necessários com a saúde da gestante

 

Fonte:
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; Rotura Prematura das Membranas. Disponível em: https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/rotura-prematura-de-membranas.pdf. Acesso em 09 de outubro de 2014.

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