A cólica, também conhecida por dismenorreia, é o sintoma mais natural e comum que acompanha a menstruação. Juntamente com a tensão pré-menstrual, é uma das principais queixas das mulheres.

 

Há dois tipos de cólica: a primária, que existe desde a menarca (nome dado à primeira menstruação) juntamente com o início dos ciclos ovulatórios; e a secundária, que surge após um período sem dor.

 

A cólica primária é de natureza desconhecida e inata ao organismo feminino. Já a cólica secundária pode ser provocada por doenças como inflamações pélvicas, endometriose e fibromiomas.

 

Não há como prever a duração da cólica, mas geralmente a dismenorreia precede a menstruação por alguns dias e se intensifica com a chegada do fluxo menstrual.

 

Fonte:

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Dismenorréia. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.63. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.

Colica
Sintomas

Os principais sintomas que acompanham a cólica são:

 

  • Enjoos;
  • Diarreia;
  • Vômitos;
  • Cansaço;
  • Dor de cabeça;
  • Nervosismo;
  • Vertigem e desmaios.

 

Nas cólicas secundárias, os sintomas aparecem após algum tempo de uma doença orgânica ou de algum fato específico. As causas mais comuns da dismenorreia secundária são: endometriose, alteração nos ovários e/ou útero, uso de DIU, miomas, doença inflamatória pélvica, má formações uterinas e hímen não perfurado (que não permite a saída do fluxo menstrual).

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Diagnóstico

Para as sortudas ela nem dá as caras, para outras se trata apenas de um pequeno incômodo, já para algumas ela é uma verdadeira tortura. A cólica menstrual ou dismenorreia é uma dor na região pélvica que aparece um pouco antes ou junto com a menstruação e pode variar de intensidade. Em alguns casos ela pode ser tão forte que incapacita as mulheres de seguir com suas rotinas, podendo causar até mesmo transtornos gastrointestinais e cefaleia.

 

Nesses casos mais severos é preciso procurar um ginecologista para que, através de exames clínicos e laboratoriais, possa realizar um diagnóstico correto sobre o motivo das fortes dores. Cólicas sem causa patológica, ou seja, que são exclusivamente provocadas pelas contrações uterinas normais do período menstrual, têm início de 6 a 12 meses após a primeira menstruação e ocorrem de 8 a 72 horas do início do fluxo sanguíneo e são diagnosticadas através do exame clínico em consultório e conversa com a paciente. Quando a dor é muito intensa e foge dos padrões de duração anteriormente mencionados é preciso realizar alguns exames como ultrassonografia pélvica ou transvaginal, tomografia computadorizada ou bacterioscopia da secreção vaginal para investigar possíveis patologias como inflamações do colo do útero, miomas, endometriose, entre outras.

 

Procurar ajuda médica quando as cólicas menstruais passam de um simples incômodo para um problema que afeta sua rotina é o primeiro passo para obter um diagnóstico. As dores muitas vezes escondem problemas que podem até mesmo afetar a fertilidade feminina, mas que quando diagnosticados precocemente são resolvidos com o uso de medicamentos ou intervenções cirúrgicas simples.

 

Fonte:

FEBRASGO; Endometriose. Disponível em: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13162/material/Manual%20Endometriose%202015.pdf. Acesso em Novembro/20.

UNASUS/UNIFESP-SP; Dismenorreia. Disponível em: http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Amelia/Complexo_05_Amelia_Dismenorreia.pdf. Acesso em Novembro/20.

Exames

A cólica menstrual é um dos motivos mais frequentes de visitas aos consultórios ginecológicos. Conhecida também como dismenorreia, ela consiste na dor pélvica antes ou durante a menstruação que atinge cerca de 90% das mulheres em idade reprodutiva, sendo que 10% dessas sentem dores incapacitantes.

 

A cólica pode coincidir apenas com o ciclo menstrual ou estar associada a alguma enfermidade orgânica. Doenças como adenomiose, inflamação pélvica e endometriose podem estar diretamente relacionadas às fortes dores que podem até mesmo causar náuseas, vômitos, cefaleia e vertigens.

 

Para detectar a causa desse incômodo é possível que o ginecologista realize o exame físico geral e ginecológico buscando identificar uma possível causa orgânica da dor por meio da avaliação do colo, presença de hérnia, sinais de herpes, corrimentos, inflamação do colo uterino, vaginite ou uretrite (inflamação da uretra).

 

Caso haja suspeita de alguma causa orgânica o médico poderá solicitar exames complementares que podem variar de exames de sangue e urina até exames de imagem, podendo, inclusive ser necessária a realização de laparoscopia, procedimento cirúrgico que serve para entre outras coisas pesquisar e tratar a endometriose.

 

Fonte:

UNASUS/UNIFESP-SP; Desmenorreia. Disponível em: 
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Amelia/Complexo_05_Amelia_Dismenorreia.pdf. Acesso em 13/03/2018.

Prevenção

As tão indesejadas cólicas menstruais que insistem em visitar todos os meses grande parte das mulheres em idade fértil não precisam ser um transtorno eterno. Caso as fortes dores não tenham nenhuma causa orgânica ou patológica, algumas atitudes e mudanças de hábitos podem te ajudar a passar pelo período menstrual sem sofrimento.

 

É possível prevenir ou amenizar as cólicas menstruais ao longo de todo o mês. Manter uma alimentação saudável e equilibrada, ingerindo todos os nutrientes necessários e sem pular refeições auxilia a saúde como um todo. Praticar exercícios físicos com frequência também colabora para a redução do fluxo menstrual e de possíveis processos inflamatórios graças à liberação da endorfina, o hormônio que gera a sensação de satisfação.

 

Uma técnica antiga, simples e eficiente é colocar uma bolsa de água quente na região pélvica quando a cólica começar a dar sinais de que está vindo, pois o calor dilata os vasos sanguíneos, relaxando e diminuindo a dor.

 

Procure estar atenta aos sinais do seu corpo, ele é a sua casa e conhecer onde você vive e o que pode provocar alguma dor é essencial para evitar tais comportamentos e viver melhor. Se as cólicas menstruais persistirem e se mostrarem severas procure seu ginecologista, apenas um especialista pode diagnosticar a causa dor e receitar o melhor tratamento.

 

Fonte:

UNASUS/UNIFESP-SP; Dismenorreia. Disponível em: 
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Amelia/Complexo_05_Amelia_Dismenorreia.pdf. Acesso em 13/03/2018.

Tratamentos e cuidados

Por ser um mal que atinge grande parte das mulheres em idade fértil, a cólica menstrual é uma dor na região pélvica que é provocada pela liberação da prostaglandina, substância que faz com que o útero se contraia para a eliminação da sua camada interna em forma de sangramento. As fortes dores podem ter como causa o ciclo menstrual ou patologias do aparelho reprodutivo, como miomas, tumores ou endometriose.

 

Quando as dores severas passam a ser rotina na vida de uma mulher, é preciso procurar um ginecologista para investigar o motivo desse incômodo, estabelecendo o diagnóstico correto por meio de exames clínicos e laboratoriais para iniciar o tratamento.

 

Se o motivo da dor é apenas reflexo dos hormônios do período menstrual, o melhor tratamento consiste em praticar exercícios físicos para a liberação de endorfina e relaxamento do corpo, ingestão e alimentos ricos em fibra e a aplicação de bolsas de água quente já são suficientes para aliviar as dores. Mas, se a for causada por alguma patologia, é necessário tomar a ingestão de medicamentos de acordo com orientação médica.

 

Para saber o tratamento ideal para a cólica menstrual procure um médico ginecologista para que ele possa fazer o diagnóstico correto e iniciar o melhor tratamento para você.

 

Fonte:

UNASUS/UNIFESP-SP; Desmenorreia. Disponível em: 
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Amelia/Complexo_05_Amelia_Dismenorreia.pdf. Acesso em 13/03/2018.

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