A idade média da instalação da menopausa é por volta dos 45 anos. Este é o período em que a mulher deixa de produzir hormônios e poderá ter sintomas muito fortes, o que interfere no dia a dia e na qualidade de vida. Continue a leitura e conheça os principais sintomas da menopausa e como tratá-los.
Sintomas da menopausa
A interrupção na produção de estrogênio, hormônio responsável pelo controle da ovulação, é a principal responsável pelos sintomas da menopausa. Saiba quais são as principais alterações que a ausência desse hormônio pode causar:
- Sintomas vasomotores (SVM) – são as ondas de calor no pescoço, face e peitos que atingem até 80% das mulheres;
- Síndrome geniturinária (SGM) – alterações na vulva, vagina, uretra e bexiga. A mulher pode apresentar desconforto vaginal, dificultando manter relações sexuais.
- Irritabilidade e depressão – o estrogênio está associado a sentimentos de bem-estar e autoestima elevada, a falta dele pode causar depressão;
- Osteoporose – por causa da ausência de estrogênio, após a menopausa a mulher pode ter osteoporose, doença que causa enfraquecimento ósseo, o que pode levar à fraturas;
- Alterações no corpo – é possível que a falta do hormônio cause a diminuição do brilho da pele e favoreça a concentração de gordura na barriga;
- Descontrole do colesterol – o estrogênio também está relacionado ao equilíbrio entre colesterol bom (HDL) e colesterol ruim (LDL) no sangue.
Tratamento para a menopausa
A terapia hormonal (TH), que é a reposição dos hormônios estrogênio e progesterona por meio de medicamentos, alivia efetivamente os sintomas da menopausa e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da mulher nessa nova fase.
Entretanto, é preciso manejar os riscos. A terapia hormonal aumenta as chances do desenvolvimento de algumas doenças, como tromboembolia pulmonar, câncer de mama, câncer de endométrio e doença hepática, além de apresentar sangramento vaginal não diagnosticado ou porfiria (distúrbio provocado por deficiências de enzimas).
O tratamento deve ser individualizado e é preciso acompanhar a manutenção dos benefícios, a melhora da qualidade de vida e o aparecimento de efeitos adversos nas mulheres que optarem por este tratamento. Converse com um médico de confiança para entender o que é melhor para o seu caso.
Referências:
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