Cistite

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Também chamada de infecção urinária baixa, a cistite é uma doença inflamatória e/ou infecciosa da bexiga.

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Também chamada de infecção urinária baixa, a cistite é uma doença inflamatória e/ou infecciosa da bexiga. Em mais de 80% dos casos, é causada pela bactéria Escherichia coli, presente no intestino. Entretanto, no trato urinário, essa bactéria pode infectar a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins (pielonefrite), conforme explica o médico cancerologista Drauzio Varella, alertando que outros microrganismos também podem provocar a doença.
Tanto homens quanto mulheres, inclusive crianças, estão sujeitos ao problema. No entanto, ele acomete com mais frequência as mulheres, principalmente na idade adulta, pois a uretra feminina é mais curta que a masculina e está próxima ao ânus. Outra hipótese é a ocorrência de predisposição genética. Algumas mulheres seriam mais suscetíveis às cistites, porque possuem alterações nas células que revestem o aparelho urinário e menor capacidade para prevenir infecções.
A cistite é mais comum em três fases da vida feminina: no início da atividade sexual, fase em que aumenta a presença de bactérias/ durante a gravidez, devido à alteração da flora vaginal, e na menopausa, em razão de alterações hormonais, além da baixa imunidade.
No geral, não é uma doença complicada, porque não há obstruções, cálculos e malformações do trato urinário. De acordo com o nefrologista Paulo Ayrosa Galvão, uma a cada quatro mulheres terá cistite no decorrer da vida.
As cistites podem ser de dois tipos: aguda, mais facilmente tratada e pouco frequente, e crônica, que pode acontecer de 4 a 5 vezes ao ano ou mais, e exige tratamento mais prolongado.

 

Cistite
Sintomas
  • Necessidade urgente e não habitual de urinar com frequência, inclusive à noite.
  • Pouco volume de urina em cada micção.
  • Ardor ou dor durante a micção.
  • Dor na bexiga, nas costas e no baixo ventre.
  • Desconforto geral.
  • Febre (mais presente nas crianças).
  • Sangue na urina nos casos mais graves.

 

A cistite pode vir acompanhada de outras doenças, como a vaginite, quando também estão presentes corrimento, mau cheiro, coceira, dor e ardência vaginal ao urinar.
Importante ressaltar que ter cistite não significa maus hábitos de higiene; a higiene íntima excessiva, inclusive, pode causar um desequilíbrio na flora vaginal normal, facilitando o aumento de germes causadores de infecção.
O nefrologista Paulo Ayrosa Galvão lembra que a doença pode ser assintomática, o que tem gerado intensa discussão a respeito da conveniência ou não de instituir um tratamento.

 

Para aliviar os sintomas de cistite algumas medidas eficazes são calor local e analgésico. Deve-se procurar o médico logo no surgimento dos sintomas, pois a infecção urinária pode se tornar muito grave, por exemplo, quando atinge os rins e também em suas formas crônicas.

 

Causas


Como já foi dito, as mulheres têm maior risco de invasão bacteriana na bexiga por terem a uretra curta. O uso de espermicidas, diafragma, chuveirinho e absorventes internos facilitam a contaminação da bexiga por bactérias da região perianal.
A baixa imunidade também é um caminho para a doença e pode ser causada por estresse, diabetes, pneumonia, AIDS, câncer, leucemias e hepatite crônica. A prática regular de exercícios físicos e uma boa alimentação podem ajudar nesses casos.
Vale lembrar que não existe qualquer relação entre infecção urinária e uso compartilhado de toalhas, banhos de piscina, etc., pois se trata de uma doença não contagiosa.

 

Como evitar


Em alguns casos, a mulher tem mais de três episódios durante o ano, caracterizando infecção urinária recorrente, que pode estar relacionada a comprometimento da imunidade.
O Prof. Dr. Emil Sabbaga cita na obra “Medicina Mitos e Verdades”, de Carla Leonel, que, nos casos de cistite de repetição, devem ser seguidas as seguintes orientações:

 

  • Urinar com frequência para evitar a proliferação de bactérias que pode acontecer quando a urina fica retida por períodos longos.
  • Evitar absorventes internos. Optar pelos externos e trocá-los com frequência.
  • Utilizar água e sabão para a higiene após evacuação. Se utilizar papel higiênico, a limpeza deve ser sempre feita de frente para trás.
  • Evitar o consumo de temperos fortes, álcool e cafeína, que são irritativos para o trato urinário.
  • Urinar após a relação sexual, pois a urina é estéril e ajuda a limpar a uretra feminina.

 

A ginecologista Regina Paula Ares lembra, ainda, que o hábito de usar roupas justas ou de fibras sintéticas pode contribuir para o aparecimento de infecção, uma vez que a falta de ventilação facilita a proliferação das bactérias.
É importante, ainda, beber muita água, para ajudar a eliminar as bactérias da bexiga. As duchas vaginais não são indicadas, pois podem empurrar as bactérias em direção à bexiga e favorecer o aparecimento de cistite.

 

Tratamento


Para tratar as cistites infecciosas são utilizados antibióticos ou quimioterápicos de acordo com o tipo de bactéria encontrada no exame laboratorial de urina. Dr. Drauzio Varella alerta que é preciso tomar os medicamentos respeitando a duração recomendada pelo médico, mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as primeiras doses. O tratamento para cistite não complicada em mulheres geralmente é feito com três dias de antibiótico.
As mulheres geralmente têm dúvidas se os antibióticos interferem na eficácia da pílula anticoncepcional . Os estudos mostram que os antibióticos que podem causar este efeito sâo a rifampicina, as penicilinas e as tetraciclinas.

 

Fontes:

 Leonel, Carla. Medicina Mitos e Verdades. Editora CIP. Capítulo de Nefrologia. Médico responsável Prof. Dr. Emil Sabbaga –www.medicinamitoseverdades.com.br/blog/cistite-e-a-infeccao-na-bexiga-por-bacterias

 Site do Dr. Drauzio Varella (cistite – doenças e sintomas) – www.drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/cistite/ e drauziovarella.com.br/mulher-2/cistite-3/

 Site ABC da Saúde (infecção urinária – cistite) – www.abcdasaude.com.br/nefrologia/infeccao-urinaria-cistite

 Site do Dr. Antonio Sproesser (como funciona o nosso sistema urinário) – www.drantoniosproesser.com/website/index.php/noticias/161-saiba-como-funciona-o-nosso-sistema-urinario

 Dra. Regina Paula Ares CRM 59.878 – SP

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A chegada do verão requer cuidados especiais com a saúde

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A chegada do verão requer cuidados especiais com a saúde

O verão é uma das estações do ano mais esperadas pelos brasileiros.

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A chegada do verão requer cuidados especiais com a saúde

O verão é uma das estações do ano mais esperadas pelos brasileiros. No verão é possível aproveitar ainda mais as lindas praias do litoral brasileiro, além de piscinas e outras atividades ao ar livre. O aumento do calor e em alguns lugares, da umidade, também acarretam alguns problemas para a saúde típicos dessa estação do ano.

 

Para se proteger dos raios solares é preciso usar protetor solar com o fator indicado para a sua tonalidade de pele: quanto mais clara, mais alto deve ser o fator de proteção. Para peles mais oleosas são recomendados os protetores em gel ou creme, sem óleo, para evitar o aparecimento de cravos e espinhas. Além disso, é importante evitar a exposição ao sol das 10h às 16h, intervalo em que os raios são mais fortes e prejudiciais.

 

Mas não é só a pele que sofre no verão. As altas temperaturas também podem causar insolação e desidratação, provocando fraqueza, diarreia e febre. Por isso é importante manter uma alimentação equilibrada, ingerir muito líquido e dar preferência a alimentos leves e frescos.

A chegada do verão requer cuidados especiais com a saúde

 

Outro fator característico dessa época é a umidade, que na mulher aumenta as chances do surgimento de doenças ginecológicas causadas por fungos e bactérias, como a candidíase e a vaginose bacteriana, que geram muito desconforto pela ardência, coceira e corrimento que provocam.

 

Para evitar o surgimento dessas infecções é preciso redobrar a atenção com a higiene, evitar roupas íntimas de tecido sintético, não ficar muito tempo com o biquíni molhado e, se possível, dormir com roupas confortáveis, que evitem o aumento de temperatura e de umidade e, consequentemente, a proliferação de fungos e bactérias na região vulvovaginal.

 

Tomando esses cuidados será possível aproveitar ao máximo tudo o que a estação mais alegre do ano tem para oferecer.

 

Leia também sobre Vuvite e Vulvovaginite.

 

Fontes:

BARBEDO, Leonardo D; SGARBI, Diana B.G.; Candidíase. Disponível em: http://www.dst.uff.br/revista22-1-2010/4-%20Candidiase.pdf. Acesso em 04 de março de 2021.

FERRACIN, Ingryt; OLIVEIRA, Rúbia Maria Weffort de; Corrimento Vaginal: causa, diagnóstico e tratamento farmacológico. Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/18/corrimento.pdf. Acesso em 28 de outubro de 2014.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA; Cuidados com a pele no verão. Disponível em: http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/cuidados/cuidados-com-a-pele-no-verao/. Acesso em 28 de outubro de 2014.

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A recuperação após a cirurgia de videolaparoscopia

A videolaparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva e pode ser indicada para mulheres que sofrem de endometriose, doença caracterizada pela presença do endométrio - camada que reveste o útero e é eliminada na menstruação -fora da cavidade uterina, prejudicando o funcionamento do sistema reprodutor feminino e de outros órgãos.

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A recuperação após a cirurgia de videolaparoscopia

A videolaparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva e pode ser indicada para mulheres que sofrem de endometriose, doença caracterizada pela presença do endométrio – camada que reveste o útero e é eliminada na menstruação -fora da cavidade uterina, prejudicando o funcionamento do sistema reprodutor feminino e de outros órgãos. Essa intervenção cirúrgica pode ser realizada em pacientes nas quais o tratamento hormonal convencional não promoveu melhora de sintomas de maneira efetiva. Ela também pode ser realizada para identificar e eliminar os focos de endometriose, reduzindo sintomas e aumentando a chance de engravidar, além de preservar orgãos que podem ser danificados com a progressão da doença.

 

O procedimento é realizado por meio de pequenas incisões na região abdominal, onde é inserido o aparelho com uma câmera que guiará o médico durante a cirurgia, que consiste em cauterizar os tecidos danificados e retirar as aderências do endométrio ocasionadas pela endometriose. Em casos mais graves, quando a vida da paciente corre risco, é preciso retirar órgãos que tenham sido danificados pelas aderências, como ovários, útero, bexiga e partes do intestino.

 

Embora seja um procedimento minimamente invasivo e geralmente com menor duração que a cirurgia convencional, deve ser realizado em ambiente hospitalar sob anestesia geral. A alta costuma ser dada após 24 horas.

 

videolaparoscopia

A recuperação da videolaparoscopia pode variar de 1 semana a 30 dias. Durante esse período, a mulher deve evitar esforços físicos como: exercícios físicos, atividades domésticas, ter relações sexuais, dirigir e trabalhar. É permitido somente alternar o repouso com caminhadas curtas e leves, que podem ser benéficas para a eliminação de gases que se acumulam na região abdominal após esse tipo de cirurgia e que também auxiliam na circulação sanguínea, fundamental para a recuperação e bom funcionamento dos tecidos afetados pelo procedimento.

 

Mesmo se tratando de uma cirurgia minimamente invasiva, sem a necessidade de grandes incisões, ela extrai tecidos e aderências em órgãos e, por esse motivo, o repouso para cicatrização correta dos tecidos é essencial para que os resultados esperados sejam atingidos e que a saúde da paciente seja preservada. Grande parte das complicações decorrentes desse tipo de operação é provocada pela falta de repouso, que pode prejudicar a recuperação da paciente.

 

Ao realizar esse procedimento, converse com seu médico sobre todos as detalhes da cicatrização e a necessidade de repouso. O sucesso da sua cirurgia também depende de você.

 

Fontes:

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; Cartilha sobre Endometriose. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manuais_Novos/Manual_Endometriose_Bayer.pdf. Acesso em 30 de janeiro de 2015.

PROJETI DIRETRIZES – FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; Endometriose: Tratamento Cirúrgico. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/128-endometriose-profunda-e-infertilidade. Acesso em 30 de janeiro de 2015.

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