Gravidez planejada x não planejada: prevenções possíveis
Gravidez planejada x não planejada: prevenções possíveis
A falta de planejamento familiar impacta famílias, a saúde da mulher e a sociedade
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A falta de planejamento familiar impacta famílias, a saúde da mulher e a sociedade
Os impactos de uma gravidez planejada versus uma não planejada passam por aspectos que vão da saúde ao financeiro. Estima-se que, a cada ano, 6 milhões de gestações não planejadas, 2,1 milhões de partos não planejados, 3,2 milhões de abortos e 5.600 mortes maternas seriam reduzidas, evidenciando a necessidade não atendida de orientação sobre métodos contraceptivos eficazes.1
De acordo com o estudo"Influência da utilização de métodos contraceptivos sobre as taxas de gestação não planejada em mulheres brasileiras2", a gravidez não planejada é uma preocupação de saúde pública no mundo.
No Brasil, pesquisas mostram que mais de 55% das mulheres não planejaram a gravidez.1 Acredita-se que, a cada ano, 6 milhões de gestações não planejadas, 2,1 milhões de partos não planejados, 3,2 milhões de abortos e 5.600 mortes maternas seriam reduzidas com orientação sobre métodos contraceptivos, acesso a médicos e orientação para o planejamento familiar.3
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Entendendo as diferenças
Entender o que é uma gestação planejada em relação a uma não planejada é essencial, uam vez que os métodos contraceptivos se tornam importantes aliados na prevenção de gravidezes indesejadas e suas consequências para a mulher e a sociedade.
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1. Gravidez planejada
Uma gravidez planejada ocorre quando um casal ou a mulher decide conscientemente conceber uma criança. Isso permite preparações antecipadas, como consultas pré-gestacionais, ajustes no estilo de vida e planejamento financeiro.4
Impactos positivos:
• Saúde da mãe e do bebê: o acompanhamento pré-natal inicia logo no primeiro trimestre de gestação, reduzindo riscos de complicações para mãe e bebê5.
• Preparo emocional e financeiro: permite ao casal ou à mulher um preparo emocional, social e financeiro adequado para a chegada do novo membro da família6.
• Padrão de sangramento: muitas mulheres relatam períodos menstruais mais leves e menos dolorosos.3
• Eficácia e Duração: mais de 99% de eficácia com duração de 5 anos.
• Risco: por ter não conter estrogênio na composição, os DIUs hormonais não aumentam o risco de trombose e não são contraindicados para quem tem o histórico da condição. 2
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2. Gravidez não planejada
Uma gravidez não planejada ocorre sem planejamento prévio, podendo trazer consigo uma série de desafios.
Impactos negativos:
• Saúde Materno-Infantil: pode comprometer a saúde da mãe e do bebê devido ao início tardio do acompanhamento pré-natal7.
• Desafios psicossociais: pode levar a estresse, ansiedade e depressão, afetando a qualidade de vida da mulher e de sua família8.
• Impacto socioeconômico: a sociedade é afetada pelas consequências da gravidez não planejada, incluindo aumento dos custos em saúde pública e impactos no desenvolvimento socioeconômico9.
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3. Métodos contraceptivos como aliados
A utilização adequada de métodos contraceptivos é crucial na prevenção de gravidezes não planejadas. Eles oferecem às mulheres e aos casais a oportunidade de decidir quando e se desejam ter filhos, promovendo saúde e bem-estar10
Existem várias opções disponíveis, como preservativos e pílulas e os LARCs, que são métodos contraceptivos de longa duração como o DIU de cobre, DIU hormonal e implante hormonal.11
Escolha o método contraceptivo que melhor se adequa ao seu planejamento familiar ou estilo de vida. Converse sempre com quem cuida da sua saúde reprodutiva e não deixe de procurar aconselhamento profissional se achar necessário antes de tomar qualquer decisão.
Referências:
1.Brandão ER, Cabral CD. From unplanned pregnancy to contraception: contributions to the debate. Cad Saúde Pública. 2017;33(2):e00211216. doi: 10.1590/0102-311X00211216.
2. Wender MCO, Machado RB, Politano CA. Influência da utilização de métodos contraceptivos sobre as taxas de gestação não planejada em mulheres brasileiras. Femina. 2022;50(3):134-141.
3.Ganatra B, Gerdts C, Rossier C, Johnson BR Jr, Tunçalp Ö, Assifi A, et al. Global, regional, and subregional classification of abortions by safety, 2010-14: estimates from a Bayesian hierarchical model. Lancet. 2017;390(10110):2372-81. doi: 10.1016/S0140-6736(17)31794-4.
4. Darroch JE, Woog V, Bankole A, Ashford LS. Adding it up: costs and benefits of meeting the contraceptive needs of adolescents [Internet]. New York: Guttmacher Institute; 2016 [cited 2022 Jan 10]. Available from: https://www.guttmacher.org/report/adding-it-meeting-contraceptive- needs-of-adolescents.
5. American College of Obstetricians and Gynecologists. "Good Prenatal Care," ACOG, 2019.
6.World Health Organization. "Pregnancy," WHO, 2021. 6. Lau YK, et al. "Antenatal Health-Related Quality of Life among Women with Planned Pregnancy," Obstet Gynecol Int, 2012.
7. Singh S, et al. "Unintended Pregnancy: Worldwide Levels, Trends, and Outcomes," Stud Fam Plann, 2010. 8.Gipson JD, et al. "The effects of unintended pregnancy on infant, child, and parental health," Am J Public Health, 2008.
9. Logan C, et al. "The consequences of unintended childbearing," Child Trends and The National Campaign to Prevent Teen and Unplanned Pregnancy, 2007.
10. World Health Organization. "Contraception," WHO, 2021.
11. Centers for Disease Control and Prevention. "Contraception," CDC
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