A pílula chegou para revolucionar a vida das mulheres, dando lhes autonomia sobre seu corpo e possibilitando planejar uma gestação. Hoje, muitas mulheres fazem uso desse medicamento que evoluiu muito desde seu surgimento, mas muitas delas têm dúvidas em relação ao seu uso, principalmente sobre se tomar os anticoncepcionais de forma contínua pode trazer algum risco por excesso de hormônios ou até mesmo prejudicar a fertilidade.
A necessidade de se realizar uma pausa no uso da pílula não passa de mito. Não há nenhuma comprovação científica demonstrando que parar com a ingestão de contraceptivos orais combinados traga algum benefício para as mulheres. Na verdade, pausar o uso do medicamento pode trazer até mesmo problemas: com o hábito de estar sempre protegida por ele, ao pausar seu uso e ter uma relação sexual sem utilizar outro método contraceptivo as chances de ocorrer uma gestação não planejada são enormes. Também, os 3 primeiros meses iniciais de uso de uma nova pílula são os mais críticos pois é o período de adaptação do organismo e quando temos mais chances de apresentar efeitos colaterais.
Algumas pílulas devem ser tomadas de forma contínua, sem pausa alguma entre as cartelas. Nesses casos algumas pílulas da cartela são inativas para que durante o período de ingestão ocorra o sangramento planejado, ou são pílulas com doses hormonais idênticas as do restante da cartela, suspendendo assim o sangramento mensal.
Vale lembrar que as pílulas de terceira e quarta geração, formadas por hormônios sintéticos, costumam ter baixa dosagem hormonal, diminuindo assim as chances de efeitos colaterais. Além disso, o uso contínuo de contraceptivos orais combinados podem trazer outros benefícios para o corpo feminino, como a diminuição das cólicas e redução das espinhas.
O uso contínuo das pílulas também não afeta em nada as chances de uma mulher saudável e em idade fértil engravidar. Ao interromper o uso do contraceptivo oral, em no máximo quatro semanas o ciclo menstrual já estará normalizado e o corpo pronto para iniciar uma gestação.
Mas para aquelas que preferem não utilizar métodos hormonais, uma boa opção é o DIU, o dispositivo intrauterino, que pode ser de cobre ou de polietileno e tem o formato semelhante ao da letra T. Ele pode ou não conter hormônios, sendo que o mais comumente utilizado nesse tipo de método contraceptivo é a progesterona.
O DIU é um bom método contraceptivo, pois ao ser inserido no colo uterino pelo ginecologista pode permanecer por 5 a 10 anos dependendo do tipo, ou ser retirado quando a paciente desejar. O dispositivo atua criando um ambiente hostil à fecundação, impedindo assim uma gestação indesejada sem a utilização combinada de hormônios que devem ser ingeridos diariamente, como é o caso das pílulas.
Antes de aderir ou de trocar um método anticoncepcional, converse com o seu ginecologista. Somente um especialista será capaz de avaliar o que é melhor para você, aliado à sua qualidade de vida.
Fontes:
TERRA; Pílula de uso contínuo não traz riscos à fertilidade. Disponível em: . Acesso em 18 de março de 2014.
UNIVERSO DA MULHER; Estudo inédito revela benefícios da pílula contínua. Disponível em . Acesso em 18 de março de 2014.
UNIFESP; Dispositivo Intrauterino DIU. Disponível em . Acesso em 19 de março de 2014.
HATCHER, R. A., RINEHART, W., BLACKBURN, R., GELLER, J. S. e SHELTON, J. D.: Pontos Essenciais Da Tecnologia de Anticoncepção. Baltimore, Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, Programa de Informação de População, 2001.
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