Como o planejamento familiar impacta a saúde mental
Estamos no mês 09, momento do ano em que celebramos um movimento muito importante: o Setembro Amarelo, uma iniciativa nacional de conscientização sobre a prevenção do suicídio, criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O principal objetivo da campanha é promover a discussão sobre saúde mental, um tema ainda cercado por tabus, e incentivar a busca por ajuda psicológica, especialmente em um contexto em que os índices de depressão e ansiedade têm aumentado consideravelmente.1
Nesse contexto, o planejamento familiar ganha destaque como uma forma de prevenir transtornos mentais associados à gravidez não planejada.
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Impacto na saúde mental feminina
A gravidez não planejada é um dos fatores que pode contribuir para o surgimento ou agravamento de transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão. Estudos apontam que mulheres que enfrentam uma gestação inesperada podem experimentar altos níveis de estresse, preocupação financeira e incertezas sobre o futuro, o que
impacta negativamente sua saúde mental. Por esse motivo, o planejamento familiar possui um papel fundamental ao permitir que as mulheres tomem decisões informadas sobre a maternidade, evitando situações de vulnerabilidade emocional.2
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Liberdade, contracepção e o planejamento familiar
O uso de métodos contraceptivos é uma das formas mais eficazes de garantir o planejamento familiar e, consequentemente, proteger a saúde mental. Contraceptivos hormonais, como pílulas anticoncepcionais, DIUs hormonais e anéis vaginais, não apenas previnem a gravidez indesejada, mas também oferecem às mulheres o controle sobre seu próprio corpo e futuro reprodutivo, promovendo liberdade de escolhas.2,3
Essa autonomia tem efeitos positivos diretos na saúde mental, uma vez que o planejamento da maternidade permite decidir o momento ideal para engravidar, o que ajuda a evitar crises emocionais associadas a gestações não desejadas.2
Além disso, estudos já mostraram que contraceptivos hormonais podem contribuir para a estabilidade hormonal, prevenindo sintomas relacionados ao desequilíbrio, como mudanças bruscas de humor, o que também beneficia o bem-estar psicológico.3,4
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Não fique sozinha, procure ajuda
Apesar dos benefícios que os métodos contraceptivos podem oferecer à saúde mental2, reforçamos a importância de buscar ajuda profissional ao enfrentar desafios emocionais. Psicólogos, psiquiatras e ginecologistas e outros profissionais da área médica são aliados na hora de cuidar da saúde mental e física das mulheres.
Lembramos também que a escolha do método contraceptivo deve ser individualizada, considerando tanto os aspectos físicos quanto emocionais.
Referências:
- Associação Brasileira de Psiquiatria. (2023). Setembro Amarelo: A campanha nacional de prevenção ao suicídio.
- Moreau C, Bonnet C, Beuzelin M, Blondel B. Pregnancy planning and acceptance and maternal psychological distress during pregnancy: results from the National Perinatal Survey, France, 2016. BMC Pregnancy Childbirth. 2022 Feb 28;22(1):162. doi: 10.1186/s12884-022-04496-3. PMID: 35227224; PMCID: PMC8883609.
- Keyes KM, Cheslack-Postava K, Westhoff C, Heim CM, Haloossim M, Walsh K, et al. Association of hormonal contraceptive use with reduced levels of depressive symptoms: a national study of sexually active women in the United States. Am J Epidemiol. 2013;178(9):1378-88.
- Toffol E, Heikinheimo O, Koponen P, Luoto R, Partonen T. Hormonal contraception and mental health: results of a population-based study. Hum Reprod. 2011;26(11):3085-93
PP-KYL-BR-1767-1
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