Uma dos temas mais polêmicos da intimidade feminina é a depilação íntima. Dúvidas como se a retirada dos pelos é uma questão de higiene ou estética e se faz bem ou mal para saúde ginecológica sempre surgem quando o assunto é abordado, juntamente com diversos mitos sobre ele.
Muitas mulheres consideram a depilação apenas como uma prática estética. Optam pela remoção completa ou por algum formato diferenciado, deixando apenas um filete de pelos. Esse é um costume típico da brasileiras, e que ficou conhecido no exterior como “brazilian wax” (depilação brasileira). Mas, mais do que beleza, é preciso estar atenta à saúde da região íntima.
Segundo o Guia Prático de Condutas: Higiene Genital Feminina da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a depilação é um hábito de higiene, que impede o corpo de acumular fungos e bactérias causadoras de infecções, mau cheiro e irritação. Por outro lado, os pelos da virilha não devem ser totalmente retirados, pois têm papel fundamental na proteção da região.
A pele da área genital é mais sensível que as demais. por isso, é preciso ter cuidado com a escolha da técnica de depilação, pois pode ferir o tecido, expondo-o a infecções. A lâmina pode ser mais prática, mas há o risco do corte, que aumenta as chances do pelo encravar e inflamar. A cera quente, apesar de retirar os pelos com eficiência, machuca a região e escurece a pele por causa da alta temperatura. Já a cera fria não tem o problema da temperatura, mas a dor ao depilar é maior do que com a cera quente, justamente por ser fria. Cremes depilatórios podem ser uma boa opção para quem quer evitar a dor, mas é preciso fazer o teste de alergia antes de utilizar o produto.
Os cuidados não terminam quando os pelos saem, já que até 24 horas após a depilação os poros ainda estão mais abertos do que o normal e expostos a bactérias que podem irritar a pele. Nesse período evite sabonetes perfumados, preferindo utilizar os neutros ou próprios para higiene íntima. Evite calcinhas apertadas e de tecido sintéticos que podem irritar a região.
Caso ocorra ardor e vermelhidão, utilize compressas de água gelada para amenizar o desconforto, caso ele persista, procure um ginecologista, pois pode ter ocorrido uma reação alérgica.
A depilação íntima também pode ser vista como um fator estético, mas é fundamental que sua influência na saúde genital não seja esquecida.
Fonte:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Guia prático de condutas: higiene genital feminina. Disponível em:
https://missali.site.med.br/fmfiles/index.asp/::XPR3638::/Guia_de_Higiene_Feminina.pdf. Acessado em 11.02.2021.
MINHA VIDA. Depilação íntima: mitos e verdades sobre a prática. Disponível em :
https://www.minhavida.com.br/beleza/listas/16770-depilacao-intima-mitos-e-verdades-sobre-a-pratica. Acessado em 11.02.2021.
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