O tromboembolismo venoso (TEV) é caracterizado pela formação de coágulos de sangue no interior das veias, bloqueando de forma parcial ou total a passagem do sangue. Além disso, o termo é empregado para designar a combinação de duas doenças: a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). A trombose venosa profunda é causada pela formação de coágulos no interior das veias profundas, geralmente ocorrendo nos membros inferiores do corpo, enquanto a embolia pulmonar é a obstrução das artérias do pulmão causada pela formação de coágulos (trombo).

 

É uma doença decorrente de condições diversas, adquiridas ou congênitas, e dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do TEV estão aumento da idade, obesidade, cirurgia e trauma, câncer, gravidez e pós-parto, tabagismo, viagem de avião, varizes e uso de alguns hormônios. Entretanto, é uma doença rara em jovens.

 

O público feminino é mais comumente atingido pela doença devido à maior frequência de problemas genéticos que desencadeiam a trombose. Além disso, certos hormônios femininos, tanto os próprios da mulher quanto os ingeridos, tendem a provocar o aumento do processo de coagulação sanguínea em pessoas que já têm histórico familiar de trombose.
Para saber mais acesse a sessão de doenças femininas do gineco.com.br

 

Tromboembolismo Venoso e Contracepção

Fonte:

Cannegieter SC , Rosendaal FR. Pregnancy and travel-related thromboembolism. Thromb Res. 2013;131(1):S55-58.
Lensing AWA, Prandoni P, Prins MH, Büller HR. Deep-vein thrombosis. Lancet 1999; 353: 479–85.

 

Contracepção e tromboembolismo

A maioria das mulheres não possui grande chance de desenvolver tromboembolismo, visto que é uma doença rara em jovens. sendo assim por esse motivo não possuem nenhuma contra indicação para o uso de quaisquer métodos contraceptivos.

 

No entanto, existem algumas mulheres que têm aumento de chance de desenvolver trombose ou que já tiveram e assim possuem restrições a certos contraceptivos, isso porque todos os contraceptivos combinados (pílulas, adesivo, anel vaginal, injeção mensal), ou seja, que contêm 2 tipos de hormônios femininos, o estrogênio e progesterona, aumentam o risco de desenvolver a doença.

 

A gestação nessas mulheres deve ser bem planejada, pois a gravidez e o pós-parto aumentam ainda mais o risco de desenvolver tromboembolismo.

 

Para essas mulheres, opções seguras são as opções sem hormônios ou contendo somente progesterona. Sendo que a eficácia é muito importante, os métodos mais indicados são os métodos de longa ação (LARCs da silga em inglês). são eles: DIU hormonal também conhecido como DIU Hormonal, DIU de cobre e implante.

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Vale ressaltar que algumas mulheres com alto risco de desenvolver tromboembolismo às vezes utilizam anticoagulantes que podem aumentar o fluxo menstrual. assim a opção do DIU Hormonal torna-se interessante já que também é indicado para reduzir o fluxo menstrual.

 

Caso você deseje saber se tem um aumento do risco para tromboembolismo ou deseja discutir mais sobre as características de cada método, procure o seu ginecologista; ele é a pessoa mais indicada para fazer essa avaliação.

 

Fonte:

Lensing AWA, Prandoni P, Prins MH, Büller HR. Deep-vein thrombosis. Lancet 1999; 353: 479–85.

Dhont M. History of oral contracception. Eur J Contracep Reprod Health Care. 2010;15(S2):S12-18.

Braga GC, Brito MB, Ferriani RA, et al. Oral anticoagulant therapy does not modify the bleeding pattern associated with the levonorgestrel-releasing intrauterine system in women with thrombophilia and/or a history of thrombosis. Contraception.2014;89(1):48-53.

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