Ligadura tubária ou laqueadura, é uma cirurgia para a esterilização voluntária definitiva, na qual as trompas da mulher são amarradas ou cortadas, evitando que o óvulo e os espermatozoides se encontrem. Há dois tipos de laqueadura: abdominal e vaginal.
As ligaduras de trompas feitas por via abdominal são representadas pela minilaparotomia e a videolaparoscopia.
A minilaparotomia é feita com um pequeno corte acima do púbis. Já a videolaparoscopia é realizada por meio da introdução de uma minicâmera de vídeo no abdômen.
Os tipos de laqueaduras feitas por via vaginal são representadas pela colpotomia e histeroscopia.
Na colpotomia é realizada uma incisão pelo fundo-de-saco posterior da vagina. Apresenta um risco maior de infecção. A histeroscopia permite acesso às trompas através da cavidade uterina. Em qualquer tipo escolhido é necessário internação e o uso de anestesia.
A ligadura das trompas é um método contraceptivo definitivo. Antes de realizar a cirurgia, a mulher deve analisar outras formas de evitar a gravidez, pois a Ligadura de Trompas é uma esterilização e não um método anticoncepcional.
O tempo de recuperação varia de acordo com a paciente e o tipo de anestesia utilizado. Recomenda-se atividade leve de 24 a 48 horas após a realização da cirurgia.
Para ser submetida ao procedimento a mulher deve aguardar um período de 60 dias entre a tomada de decisão e o ato cirúrgico que não pode ser realizado após o parto ou aborto, pois são momentos inadequados para essa decisão, em que o risco de infecção é maior.
A laqueadura não altera o ciclo menstrual e nem causa alteração nos níveis hormonais femininos. Acredita-se que esse procedimento diminui o risco de câncer de ovário. Apesar de ocorrer raramente é possível que a ligadura falhe e a mulher engravide, mas essa taxa é pequena, 0,1 a 0,3 por 100 mulheres por ano.
Essa cirurgia pode ser realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas somente serão indicadas a mulheres com mais de 25 anos de idade ou que já tenham ao menos dois filhos vivos, e que também possuam um planejamento familiar.
Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Freitas, Fernando. Rotinas em Ginecologia. In: Anticoncepção. P 270 – 289.2011. 6 ª Edição. Editora Artmed. São Paulo – SP
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