As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são aquelas que podem ser adquiridas durante o contato sexual.

 

Classificam-se como:

  • Obrigatoriamente de transmissão sexual;
  • Frequentemente transmitida por contato sexual;
  • Eventualmente transmitida por contato sexual.

 

Não usar a camisinha é a principal causa de contágio.

 

As ISTs mais conhecidas são:

 

Gonorreia – Infecção causada por bactéria. Na mulher, tem quadro clínico variado, desde formas quase sem sintomas até vários tipos de corrimento amarelado e com odor forte na vagina (vaginite) e uretra.

 

Sífilis – É uma infecção causada por bactéria. No homem e na mulher, 20 a 30 dias após o contato sexual, surge uma pequena ferida (úlcera) nos órgãos genitais (pênis, vagina, colo do útero, reto).

 

Cancro mole ou bubão – É causado pela bactéria Haemophilus ducrey. Nesse caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.

 

Tricomoníase – É causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher causa corrimento amarelo, fétido, com cheiro típico, que pode causar irritação urinária. Não há sintomas em homens.

 

Herpes genital – É causado por vírus. Em ambos os sexos surgem pequenas bolhas que se rompem e causam ardência ou queimação, e cicatrizam espontaneamente. O contágio sexual só ocorre quando as bolhas estão no pênis, vagina ou boca.

 

Condiloma acuminado ou crista de galo – É causado pelo HPV, uma virose que está relacionada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis. Inicialmente, é caracterizado por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher. O tratamento deve ser realizado em conjunto pelo casal.

 

Candidíase – É a infecção causada por micose ou fungo chamada de Candida albicans, que provoca corrimento semelhante a leite coalhado, que causa muita coceira e afeta 20 a 30% das mulheres jovens e adultas. No homem causa coceira no pênis, vermelhidão na glande e no prepúcio. Deve-se tratar o casal. Pode não ser uma doença adquirida por transmissão sexual.

 

Clamídia – É considerada atualmente a doença sexualmente transmissível de maior incidência no mundo, podendo atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde recém nascidos de mães contaminadas. Nas mulheres, a porta de entrada é desde recém nascidos de mães. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Doenças Sexualmente Transmissíveis. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.193-210. Editora de Projetos Médicos. São Paulo - SP.

Sintomas

O sinal de alerta deve ser ligado a diversos sintomas relacionados a possível presença de uma infecções sexualmente transmissíveis (IST). Entretanto, vale notar que, algumas ISTs não apresentam nenhum sintoma, de modo que é importante manter uma rotina de acompanhamento médico regular, com a realização dos exames indicados pelo especialista. É interessante buscar o atendimento de um médico de confiança, que possa fazer o acompanhamento de longo prazo – conhecendo seu histórico e perfil.

 

Em primeiro lugar, fazer sexo sem camisinha significa estar vulnerável às ISTs, assim como compartilhar seringas e adotar outros comportamentos de risco. Se você teve alguma atitude que pode comprometer sua saúde, procure fazer exames e se cuidar. O diagnóstico precoce pode fazer a diferença no tratamento de doenças.

 

O Ministério da Saúde elencou uma série de sintomas que podem estar relacionados a diferentes ISTs. O diagnóstico correto, entretanto, somente poderá ser realizado por um médico. Confira a lista de sintomas e prováveis ISTs associadas:

 

Sintomas: Corrimento pelo colo do útero e/ou vagina (branco, cinza ou amarelado), coceira, dor ao urinar e/ou dor durante a relação sexual, mau cheiro na região.

 

IST prováveis: Tricomoníase, gonorreia, clamídia.

 

Sintomas: Corrimento pelo canal urinário, de cor amarela purulenta ou mais clara. Às vezes com mau cheiro, pode vir acompanhado de coceira e sintomas urinários, como dor ao urinar e vontade de urinar frequente.

 

IST prováveis: Gonorreia, clamídia, tricomoníase, micoplasma, ureoplasma.

 

Sintomas: Presença de uma ou várias feridas na região genital, dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não de “íngua” na virilha. IST prováveis: Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose, linfogranuloma venéreo.

 

Sintomas: Dor na parte baixa da barriga (conhecido como baixo ventre ou “pé da barriga”) e durante a relação sexual. IST prováveis: Gonorreia, clamídia, infecção por outras bactérias.

 

Sintomas: Verrugas genitais ou “crista de galo” (uma ou várias), que são pequenas no início e podem crescer rapidamente e ter aspecto de couve-flor. IST prováveis: Infecção pelo papilomavírus humano (HPV).

 

Fontes:

Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Diagnóstico de infecção pelo HIV. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/hiv/diagnostico-de-infeccao-pelo-hiv

Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. O que é HIV - Sintomas e Fases da Aids. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/sintomas-e-fases-da-aids. Acesso em: 12 de jun. 2013.

Diagnóstico

Um diagnóstico confiável das infecções sexualmente transmissíveis (IST) somente pode ser feito depois da realização de exames específicos, prescritos pelo médico. Como as ISTs são uma preocupação importante na vida das pessoas, pode ser uma tentação buscar na internet a resposta para algum sintoma desconhecido que apareça. Entretanto, o excesso de informações oferecidas na internet pode mais confundir que auxiliar você a entender o que está acontecendo. Desse modo, procure sempre atendimento médico adequado antes de tirar conclusões precipitadas.

 

O diagnóstico precoce de qualquer doença pode fazer a diferença no tratamento. Assim, não se esqueça de manter a regularidade das consultas em dia.

 

Vamos falar sobre a importância do diagnóstico precoce de uma das ISTs mais relevantes para a saúde pública: a AIDS.

 

Diagnóstico do HIV

 

(Retirado do site Aids.gov.br)

 

"Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida.

 

Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o exame!

 

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento. Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

 

A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica."

 

Fonte:

Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Diagnóstico de infecção pelo HIV. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/hiv/diagnostico-de-infeccao-pelo-hiv. Acesso em: 15 de jun. 2013.

Exames

Existem vários exames para diagnosticar as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Eles podem ser realizados por rotina, para checagem após algum comportamento de risco, ou quando você perceber algum sintoma ginecológico diferente.

 

Durante o exame clínico, o médico ginecologista leva em conta diversos fatores para fazer a avaliação da paciente. Isso inclui a investigação sobre os sintomas apresentados, o histórico pessoal de doenças e atividade sexual, os resultados de exames anteriores, os hábitos de saúde e a prática sexual. Todas essas informações ajudarão a compor o quadro individual de saúde.

 

Os exames ginecológicos de consultório já permitem ao médico levantar algumas hipóteses sobre o que pode estar causando a alteração vaginal percebida pela paciente – corrimentos, verrugas, ardência, prurido, entre outros. Colhendo as “pistas” que indicam a possibilidade de uma doença sexualmente transmissível, o profissional pode prescrever os exames necessários para o diagnóstico preciso.

 

Esses indícios têm relação com a observação dos sintomas, por isso é importante toda mulher conhecer os sinais normais do próprio corpo ao longo do ciclo menstrual – e assim poder perceber quando algo não está bem. Entre o início e o final do ciclo, ocorrem alterações importantes que podem ser conhecidas por cada mulher, como por exemplo a variação da secreção vaginal. O muco geralmente varia em cor, cheiro, consistência e quantidade em cada período. Conhecendo as secreções normais, é possível identificar mais facilmente a secreção vaginal patológica, ou corrimento.

 

Para realizar os exames de IST, é possível recorrer aos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Os CTA são serviços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção das ISTs. Neles, é possível realizar gratuitamente testes para HIV, sífilis e hepatites B e C. Segundo o site do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o atendimento nesses centros é inteiramente sigiloso e oferece a quem faz o teste a possibilidade de ser acompanhado por uma equipe de profissionais de saúde. Eles vão orientar a paciente sobre o resultado final do exame, independente de ser positivo ou negativo. Quando os resultados são positivos, os CTA são responsáveis por encaminhar as pessoas para tratamento nos serviços de referência.

 

Fonte:

Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Diagnóstico de infecção pelo HIV. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/hiv/diagnostico-de-infeccao-pelo-hiv. Acesso em: 12 de jun. 2013.

Prevenção

Quando se fala em prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), existem duas estratégias principais: a primária e a secundária. A primeira diz respeito à prevenção do contágio pelas ISTs, o que basicamente se faz pelo uso correto da camisinha masculina ou feminina em todo contato sexual. A segunda tática da prevenção se refere às pessoas já contaminadas, que precisam ser diagnosticadas e receber orientação correta, evitando a complicação da doença e a transmissão para seus parceiros. Esse cuidado é muito importante, pois uma vez diagnosticada uma enfermidade, ela precisa ser tratada, de modo a minimizar seus efeitos.

 

Em uma pesquisa do Ministério da Saúde de 2004, apenas metade das pessoas entrevistadas disseram que usaram o preservativo na primeira relação sexual, embora seja alto o nível de informação da população jovem a respeito da camisinha. Muitas vezes, acreditamos que o preservativo não é necessário em um relacionamento sério, por haver confiança entre o casal. Ou então existe a ideia de que a camisinha pode ser desconfortável, “quebrar o clima” e impedir o prazer. Entretanto, não usar preservativo significa adotar voluntariamente um comportamento de risco com relação às IST. Qualquer pessoa que pratique ou tenha praticado sexo inseguro está vulnerável, independente do número de parceiros. Muitas doenças não apresentam sintomas visíveis, de modo que é importante realizar exames regularmente e se prevenir.

 

O método mais seguro para prevenir contra ISTs, é o uso correto do preservativo. A camisinha masculina deve ser desenrolada totalmente sobre o pênis ereto, apertando-se levemente a ponta entre os dedos para que não acumule ar. Já a feminina é introduzida até oito horas antes da relação. Use apenas uma por vez, e desde o início do contato sexual. Leve sempre preservativos com você, armazenando longe do calor.

 

Os postos de saúde distribuem preservativos gratuitamente, e no mercado é possível encontrar uma variedade enorme de modelos, materiais, tamanhos, texturas, espessuras e até cheiros e cores. Usar camisinha é uma demonstração de cuidado com o próprio corpo, e também com o corpo do outro. Não coloque a sua saúde e a do seu parceiro em risco.

 

Fonte:

Ministério da Saúde. Manual de Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis IST. Série Manuais, nº68. Brasília, 4ª edição. 2006. Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_das_dst.pdf‎. Acesso em 04/03/2021

Tratamentos e cuidados

Cada infecções sexualmente transmissíveis (IST) tem um tipo de tratamento específico, dependendo muitas vezes do tipo de infecção que se trata. As ISTs podem ser causadas por bactérias, fungos ou vírus, e muitas delas não apresentam sintomas. Desse modo, é fundamental realizar exames de rotina, além de usar o preservativo para prevenir a contaminação.

 

Entre as gestantes, o não tratamento de ISTs pode gerar abortos espontâneos, natimortos, baixo peso ao nascer, infecção congênita e perinatal. Nas mulheres com infecções por gonorreia ou clamídia que não são tratadas, 10 a 40% desenvolvem doença inflamatória pélvica (DIP), aumentando 6 a 10 vezes as chances de desenvolver a gravidez ectópica. O HPV está relacionado ao câncer de colo de útero, vagina, vulva e ânus. Desse modo, prevenir e tratar as ISTs é fundamental para evitar complicações das doenças.

 

Para saber qual é o procedimento indicado no caso de qualquer doença, é preciso que ela seja identificada por um médico. O diagnóstico precoce pode ser muito útil para o processo de cura, sendo recomendado consultar um especialista assim que aparecer qualquer sintoma, além de realizar os exames de rotina.

 

Com relação às ISTs, muitas vezes o paciente interrompe os cuidados assim que os sintomas desagradáveis desaparecem, acreditando que se livrou do problema. Entretanto, é fundamental seguir à risca as recomendações médicas, até que você receba a liberação do tratamento. Interromper a medicação ou tomar atitudes contrárias ao que foi recomendado pode gerar complicações no seu quadro de saúde, retrocedendo as conquistas do tratamento.

 

Para que se rompa a cadeia de transmissão da IST, é importante envolver seu parceiro sexual no tratamento, mesmo que ele não apresente sintomas. Isso serve para a maioria das doenças, exceto corrimento por vaginose bacteriana e candidíase. O médico ginecologista deverá orientar a respeito. Se você tiver qualquer dúvida, aproveite a oportunidade e pergunte. Buscar informações na internet ou com amigos pode trazer ainda mais dúvidas, então é importante manter um canal de comunicação aberto com seu médico.

 

Cuidados

 

O cuidado principal no que se refere à prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é simples: use camisinha. O preservativo, feminino ou masculino, protege contra a grande maioria das ISTs, garantindo um sexo seguro e sem preocupações. Além disso, previne a gravidez indesejada.

 

Sempre que desconfiar de alguma alteração na região vaginal, procure atendimento médico. Os exames proporcionarão informações confiáveis ao profissional de saúde que cuidará de você, indicando quais são os procedimentos necessários para restaurar seu bem-estar. Seja um quadro mais corriqueiro de infecção ou uma doença que exija maiores cuidados, ter um diagnóstico preciso em mãos é o primeiro passo para a recuperação.

 

Além disso, nesses momentos é importante também ter mais cautela nas relações sexuais. Isso porque é preciso impedir também a cadeia de transmissão da doença. Use camisinha para se proteger – e também proteger seu parceiro.

 

Os sintomas são sinais que podem indicar uma irregularidade no organismo. Entretanto, depois do diagnóstico de uma doença, é preciso fazer o acompanhamento correto do tratamento. Acreditar que o desaparecimento do sintoma significa a cura total da enfermidade é um erro comum, que pode mascarar futuras complicações. A infecção pode evoluir para formas crônicas graves, e manter-se a transmissão. Desse modo, siga inteiramente as instruções que foram passadas na consulta. Apenas um médico poderá dizer se você está realmente curada, e quais os cuidados que deve tomar a partir do fim do tratamento.

 

Estabelecer uma relação de confiança com o médico responsável pelo seu atendimento é fundamental para o cuidado da sua saúde sexual e reprodutiva. Enquanto existirem barreiras entre você e o profissional que está atendendo, as orientações que ele dará podem não se adequar a você. Assim, é preciso encontrar um médico que lhe faça sentir confortável em falar sobre assuntos íntimos como vida sexual e afetiva, que farão diferença para entender seus hábitos e preocupações mais importantes. Lembre-se que a tarefa do médico é orientar claramente, com o objetivo de maximizar sua saúde e bem-estar – e nunca julgar as pacientes.

 

Fontes:

Ministério da Saúde. Guia Prático Sobre HPV. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-repostas-MS-HPV-profissionais-saude2.pdf

Ministério da Saúde. Manual de Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis IST. Série Manuais, nº68. Brasília, 4ª edição. 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_das_dst.pdf. Acesso em 04/03/2021.

Convivendo

É possível ter uma vida saudável e prazerosa depois da descoberta de uma infecções sexualmente transmissíveis (IST). Com informação e responsabilidade, as doenças podem ser contidas. Além disso, muitas delas têm cura, e quanto mais precoce o diagnóstico, mais facilitado fica o tratamento.

 

O diagnóstico de uma IST pode trazer desconforto, baixa autoestima e ansiedade. Alguns casais enfrentam, ainda, crises de confiança quando descobrem uma doença. Em uma pesquisa feita no Ambulatório de Colposcopia da Santa Casa de São Paulo, 69% e 66% das mulheres entrevistadas relataram sentir preocupação e medo, devido ao aparecimento de verrugas genitais. Em seguida, apareceram os sentimentos de raiva (31%), tristeza (28%), vergonha (24%), culpa (17%), surpresa (14%) e impotência (7%). Apenas 3% sentiram indiferença. 41% delas tiveram alteração na atividade sexual por causa das verrugas, embora menos da metade (49%) tenha dito que passou a usar preservativos em todas as relações sexuais após o diagnóstico de contaminação pelo HPV. Uma em cada cinco mulheres relatou, ainda, conflito com o parceiro, relacionando a doença com infidelidade.

 

Assim, podemos ver que não é fácil descobrir uma IST. Nesses momentos delicados, é importante ter calma e buscar o apoio de pessoas de confiança, que podem ajudar você a enfrentar essa situação. É importante ter em mente que todas as pessoas estão sujeitas a pegar uma IST, e essas chances aumentam muito com comportamento de risco – como transar sem camisinha. Abrir mão do preservativo, mesmo em uma relação estável, é estar suscetível ao contágio por doenças que, às vezes, nem a outra pessoa sabe que tem. Previna-se.

 

Fonte:

Ministério da Saúde. Guia Prático Sobre HPV. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-repostas-MS-HPV-profissionais-saude2.pdf

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