Também conhecida por monilíase vaginal, a candidíase vaginal é uma infecção ocasionada principalmente por um fungo denominado Candida albicans ou Monília, que causa um corrimento espesso, grumoso e esbranquiçado, acompanhada geralmente de irritação no local.
Para alguns especialistas, raramente a candidíase é uma infecção sexualmente transmissível porque estudos mostram que o fungo já está na flora vaginal e, por um desequilíbrio da mesma, é que a Candidíase vem a se manifestar. A doença aparece quando a resistência do organismo cai ou quando a resistência vaginal está baixa, facilitando a multiplicação do fungo.
Estudos mostram que
alguns fatores são facilitadores dessa micose:
- Antibióticos;
- Gravidez;
- Diabetes;
- Outras infecções (por exemplo, pelo vírus HIV);
- Deficiência imunológica;
- Medicamentos como anticoncepcionais e corticoides;
- Relação sexual desprotegida com parceiro contaminado;
- Vestuário inadequado (roupas apertadas e biquínis molhados; lycra e roupa de academia que aumentam a temperatura vaginal);
- Duchas vaginais em excesso.
Entre 20% a 25% dos casos de corrimentos genitais de natureza infecciosa têm como causa a Candidíase. Diz-se que 75% das mulheres têm essa infecção pelo menos uma vez na vida.
Referências:
Epidemiology and pathogenesis of recurrent vulvovaginal candidiasis
Jack D. Sobel, M.D.
Department of Medicine, The Medical College of Pennsylvania, Philadelphia, Pennsylvania
H. Curtis. “What is normal vaginal flora”. Genitourin Med 1997;73:3 230doi:10.1136/sti.73.3.230
Sobel, Jack D. “Epidemiology and pathogenesis of recurrent vulvovaginal candidiasis, realizado por Jack D. Sobel, do The Medical College of Pennsylvania”. American journal of obstetrics and gynecology 1985 – 152, no. 7 (1985): 924-935.
Sintomas
Os sinais mais comuns para essa doença são:
- Corrimento esbranquiçado;
- Coceira;
- Escoriações na região vulvar;
- Coloração vermelha na vagina.
Em casos extremos, a candidíase pode causar úlceras.
Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Doenças Sexualmente Transmissíveis. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.193-210. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
Diagnóstico
Para detectar corretamente a candidíase é necessário um exame clínico, isso porque os sintomas da doença podem aparecer somente no período menstrual. O diagnóstico é realizado também pelo exame microscópico do corrimento.
Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Doenças Sexualmente Transmissiveis. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.193-210. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
Exames
Mais comumente causada pelo fungo Candida albicans, a candidíase é uma doença que pode acometer várias partes do corpo humano, mas atinge mais frequentemente os órgãos genitais gerando grande incômodo como coceira, ardência ou dor ao urinar, vermelhidão, dor durante as relações sexuais e corrimento branco e espesso. Ela não é considerada uma IST (infecções sexualmente transmissíveis), pois o fungo vive naturalmente na flora vaginal e só se torna um problema quando se prolifera de maneira desenfreada.
O método diagnóstico mais comum é o exame realizado em consultório ginecológico. O médico, com base nas queixas da paciente, no exame clínico, que identifica o tipo de corrimento característico que, combinado aos sintomas presentes e eventualmente após a realização de exames adicionais, caracteriza a enfermidade. O fungo causador da candidíase pode ser encontrado no exame de Papanicolaou, no qual é feita a raspagem do canal vaginal e colo do útero para análise laboratorial. Encontrar o fungo no laudo não significa que a paciente tenha a candidíase. A bacterioscopia, exame em que a secreção vaginal é analisada em laboratório, também pode auxiliar no diagnóstico.
Fonte:
Rosa MI, Rumel D. Fatores associados à candidíase vulvovaginal: estudo exploratório. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2004;26(1):65-70.
TUA SAÚDE; Candidíase. Disponível em: http://www.tuasaude.com/candidiase/. Acesso em: 12/03/2018.
Tratamentos e cuidados
Para o tratamento da doença são recomendadas medidas simples:
- Deve-se evitar vestuários inadequados;
- Evitar duchas vaginais;
- Não utilizar desodorantes íntimos;
- Abstinência sexual durante o tratamento;
- Usar camisinha.
juntamente com essas medidas é recomendado o uso de antimicóticos via oral, além da utilização de creme vaginal de uso tópico. Todo tratamento deve ser indicado por um especialista.
Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Doenças Sexualmente Transmissíveis. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.193-210. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
Convivendo
A candidíase é uma condição causada pela proliferação excessiva de fungos do gênero Candida, que normalmente existem na flora vaginal em pequenas quantidades. Sua aparição recorrente, na maioria dos casos, pode ser causada por fatores não ginecológicos, como estresse, baixa imunidade, má alimentação ou alguma outra doença. Por esse motivo, quando a candidíase se torna recorrente e a mulher passa a ter que conviver e tratar constantemente o problema. Outras causas devem ser investigadas.
Para evitar a candidíase recorrente, além do uso de medicamentos nos momentos de crise, é preciso seguir uma dieta pobre em açúcares e carboidratos, consumir em abundância alimentos ricos em vitamina A e D. Dormir bem e levar uma vida sem estresse também são atitudes fundamentais. Lembre-se também que existem outras condições que podem provocar sintomas semelhantes aos da candidíase, somente um ginecologista poderá diagnosticar e decidir o melhor tratamento para cada caso.
Fonte:
Rosa MI, Rumel D. Fatores associados à candidíase vulvovaginal: estudo exploratório. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2004;26(1):65-70.
TUA SAÚDE; Candidíase. Disponível em: http://www.tuasaude.com/candidiase/.Acesso em 12/03/2018.
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