O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar através de verrugas na mucosa da vagina, do pênis, do ânus, da laringe e do esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames complementares. É uma doença que costuma progredir de forma lenta, podendo levar mais de 10 anos para se desenvolver.
Alguns fatores favorecem o aparecimento dessa doença:
- Sexo desprotegido com múltiplos parceiros;
- Histórico de ISTs (HPV);
- Tabagismo;
- Idade precoce da primeira relação sexual;
- Multiparidade (Várias gestações).
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.
Ao contrário do que se acredita, a endometriose e a genética não possuem relação com o surgimento desse câncer. Mas o Câncer de Colo de Útero, não tratado, pode evoluir para uma doença mais severa, o Carcinoma invasivo do colo uterino (tumor maligno).
Afeta em sua maioria mulheres entre 40 e 60 anos de idade.
Uterus – Útero
Cervix – colo do útero
Cervical Cancer – Câncer de colo do útero
Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Papilomavírus humano e o Câncer de colo uterino. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.213 – 218. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
Sintomas
Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já se encontra em estágio avançado.
Os principais sintomas são:
- Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;
- Sangramento após o ato sexual;
- Dor pélvica;
- Sangramento de causa não explicada.
Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.
Fontes:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Carcinoma invasor do colo uterino. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.255-262. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
Diagnóstico
Para detectar o Câncer do colo de útero é necessária a realização do exame Papanicolau que pode ser complementado com colposcopia e biópsia para se confirmar o diagnóstico. Eventualmente pode ser necessário realizar a pesquisa do HPV também.
Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Exames
O câncer de colo de útero, considerado um problema de saúde pública, é associado ao vírus do HPV, transmitido comumente pelo contato sexual. Ao atingir o colo uterino a partir da vagina, o HPV altera a estrutura e a reprodução das células do colo e dá origem ao câncer.
O exame ginecológico preventivo, o Papanicolau – trata-se do nome próprio do inventor do exame – é a principal ferramenta para diagnosticar as lesões precursoras do câncer. Este exame é indolor e rápido. A mulher pode sentir um pequeno desconforto caso esteja tensa ou se o profissional que realizar o procedimento não tiver a delicadeza necessária. Para garantir o resultado, 48 horas antes do exame a mulher não deve ter relações sexuais mesmo com camisinha, fazer duchas vaginais, ou aplicar produtos ginecológicos (cremes, óvulos).
Para a realização desse procedimento é inserido na vagina um instrumento chamado espéculo. O médico examina visualmente o interior da vagina e o colo do útero e com uma espátula de madeira e uma pequena escova especial é realizada a descamação do colo do útero a fim de recolher as células para a análise em laboratório.
Toda mulher que já teve ou tem relações sexuais e que esteja entre os 25 e 64 anos devem fazer o exame. O ideal é fazer dois exames com intervalo de um ano entre eles, se estiverem normais dá para espaçar mais e fazer exames a cada 3 anos.
FONTE:
INCA; “Câncer de colo de útero: detecção precoce”. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero. Disponível em Novembro/20.
ZAMITH, Roberto, LIMA, Geraldo Rodrigues de, GIRÃO, Manoel J.B. “Doenças sexualmente transmissíveis” in: Ginecologia de Consultório. São Paulo: Editora de Projetos Médicos, 2003.
Prevenção
O câncer de colo de útero já é considerado um problema de saúde pública. Atualmente, existem diversas campanhas de conscientização sobre a importância de se prevenir dessa doença que mata tantas mulheres pelo mundo todos os anos.
A enfermidade é causada principalmente por meio da infecção pelo vírus HPV, o papiloma vírus humano, que de acordo com pesquisas, está presente em mais de 90% dos casos de câncer cervical. A principal forma de transmissão do vírus é via contato sexual, seja vaginal, oral ou anal.
Para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo (camisinha), masculino ou feminino. A camisinha deve ser usada em todas as relações sexuais para garantir a proteção de ambos os parceiros.
Também é importante realizar anualmente o exame ginecológico preventivo, o popular Papanicolau. Esse procedimento é capaz de identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero possibilitando o diagnóstico no início da doença, aumentando assim as chances de sucesso no tratamento.
Está disponível a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra 4 tipos muito frequentes de HPV, são eles os tipos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Não deixe de usar preservativo em todas as suas relações sexuais e de visitar seu ginecologista periodicamente para a realização dos exames de rotina. Simples atitudes como estas podem lhe proteger contra o câncer de colo de útero.
Fonte:
INCA; “Câncer de colo de útero: como prevenir”. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero. Disponível em 11 de abril de 2014.
ZAMITH, Roberto, LIMA, Geraldo Rodrigues de, GIRÃO, Manoel J.B. “Doenças sexualmente transmissíveis” in: Ginecologia de Consultório. São Paulo: Editora de Projetos Médicos, 2003.
Tratamentos e cuidados
O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
Se descoberta de forma precoce o tratamento pode ser feito com a retirada somente da lesão sem a necessidade de anestesia geral ou ambiente hospitalar.
A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação.
Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local, para depois realizar a radioterapia interna.
A quimioterapia é indicada para tumores em estágios avançados da doença.
Fonte:
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero.
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