O sangramento menstrual faz parte da fisiologia feminina e é um sinal de saúde e fertilidade, mas com ele surge um problema que afeta 76% das mulheres desde a primeira menstruação: a cólica menstrual.
Trata-se de uma dor pélvica provocada pela liberação da prostaglandina, hormônio responsável pela contração uterina para a eliminação do endométrio, a camada interna nutritiva do útero que é eliminada na menstruação quando não houve a fecundação do óvulo. Sua intensidade e duração são variáveis e a cólica pode vir acompanhada de dores de cabeça, náuseas, vómitos e dores no corpo.
A cólica, também conhecida como dismenorreia, vai muito além de uma mera dor ou de um simples charme de mulher. Ela é primária, quando causada pelas contrações uterinas, sendo o tipo mais comum de dor, e secundária quando são causadas por alguma doença do aparelho reprodutivo, como endometriose, miomas, pólipos, má formação uterina, doenças sexualmente transmissíveis (IST’s), inflamações ou tumores pélvicos, enfermidades que colocam a fertilidade em risco.
Quando a cólica passar de um leve desconforto para um dor forte e limitante, é preciso procurar profissional de saúde, é o que diz a médica, especialista em ginecologia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Dra. Taluana Franchi Rizzo.
Para amenizar o problema que afeta tantas mulheres todos os meses, a especialista listou uma série de medidas que amenizam o desconforto das cólicas, como o uso de bolsa térmica quente na região abdominal e pélvica no momento da dor e, no longo prazo, a prática frequente de exercícios físicos, pois libera a endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar e
alívio da dor. Anti-inflamatórios e analgésicos podem ser utilizados em caso de dores fortes, desde que sejam receitados por médicos.
Os anticoncepcionais orais, como a pílula, e de longo prazo, como o dispositivo intrauterino (DIU) medicado com progesterona também são eficientes no tratamento das cólicas menstruais. “A liberação hormonal constante por um período prolongado acaba causando a atrofia do endométrio e, consequentemente, menor produção da prostaglandina, reduzindo as contrações uterinas e, com isso, as cólicas”, afirma a especialista.
O diagnóstico de patologias relacionadas às cólicas menstruais e o tratamento indicado só deve ser feito pelo ginecologista. Portanto, ao perceber que as dores mensais estão mais intensas ou qualquer outro tipo de alteração na sua saúde, procure por um especialista. A cólica pode ser um problema sério e tem tratamento. portanto, não deixe de cuidar da sua saúde.
Fonte:
R7. Cólica menstrual e dor de cabeça são dores que mais afetam as mulheres, diz pesquisa. Disponível em: http://noticias.r7.com/saude/colica-menstrual-e-dor-de-cabeca-sao-as-dores-que-mais-afetam-as-mulheres-diz-pesquisa-27092014. Acesso em 15 de junho de 2015.
Dra.Taluana Franchi Rizzo (CRM 122.010) – Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícias e Especialização em Uroginecologia e Ginecologia e Obstetrícia ela Faculdade de Medicina do ABC. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
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